Num evento com perfil de culto evangélico organizado pelo grupo ultradireitista Yes Brasil USA em Orlando, na Flórida, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alargou mais o negacionismo que ostenta e disse que não foi “terrorismo” a depredação dos prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto por apoiadores que pediam um golpe de Estado no dia 8 de janeiro em Brasília. Dessa forma, Bolsonaro demonstra outra vez apoio aos criminosos que atentaram contra a Democracia.
Abaixo, informações da Revista Fórum:
“O que aconteceu no dia 8 de janeiro não é a nossa direita, não é nosso povo. O pessoal tem que ter consciência do que está fazendo. Mas tem muita gente sendo injustiçada lá, aquilo não é terrorismo pela nossa legislação, então tem que ser individualizadas (as condutas) e cada um pagar pelo que fez”, disse.
Na pequena sala coberta de madeira onde se concentravam apoiadores que moram nos EUA, entre eles o blogueiro Allan dos Santos – um fugitivo da Justiça -, Bolsonaro não admitiu a derrota nas eleições e voltou a insinuar que houve fraude, o motivo que levou os golpistas para frente dos quartéis antes dos atos terroristas.
“Há um choque ainda na cabeça de muita gente por ocasião das eleições. Nunca fui tão popular quanto no ano passado, muito superior a 2018, e no final das contas a gente fica com uma interrogação na cabeça”, disse.
Bolsonaro ainda atrelou sua volta ao Brasil a uma eventual vitória de Rogério Marinho (PL-RN) na eleição para presidência do Senado, que acontece nesta quarta-feira (1º).
“Amanhã (quarta-feira, 1.2, hoje) é um dia importantíssimo para todos os brasileiros, (com a) eleição da Mesa do Senado Federal, que representa para nós, de acordo com a chapa vencedora, a volta à normalidade, pacificação, nossa liberdade volta a ganhar fôlego e podemos ter certa normalidade. (…) Pretendo voltar (ao Brasil) com uma Mesa Diretora do Senado diferente da que nós temos hoje”, disse sem dar data de seu retorno.