O presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam-Brasil), Dom Evaristo Pascoal Spengler, e o presidente da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia (Cindra), o deputado João Daniel (PT-SE), entregaram ao ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, o relatório da visita técnica, realizada em dezembro do ano passado, na ilha do Marajó (PA), sobre o programa “Abrace o Marajó”.
“Era um projeto que não beneficiava ninguém que estava no Marajó, mas beneficiava quem vinha se aproveitar das riquezas do Marajó. Um programa que veio de cima pra baixo, não houve um diálogo local, sem representação oficial do estado e dos municípios”, relata Dom Evaristo.
O programa não ajudava o Marajó, entregando para os empresários a monocultura, pecuária e não era para apoiar os pescadores as pessoas que lá vivem. Nesse sentido a população local não se sentiu contemplada, então o que a gente quer é uma profunda revisão deste projeto”, destacou Dom Evaristo, presidente da Repam.
Um dos destaques do relatório, Dom Evaristo ressalta sobre a questão dos investimentos para o programa. Pelo que foi monitorado o recebimento de cestas básicas no período da pandemia, porém muitos desses benefícios são recebidos via outros programas já em andamento.
Durante a visita técnica, o grupo ouviu cerca de 150 pessoas, entre lideranças comunitárias, quilombolas, indígenas e assentados, defensores e defensoras públicas, promotoras e promotores de justiça, acadêmicos/as e políticos da região do Marajó. Os encontros foram realizados, entre os dias 8 e 9 de dezembro de 2022, em Belém e Soure, na ilha do Marajó.