O problema do trânsito nos grandes centros urbanos não é uma novidade. Esse é, inclusive, uma das maiores preocupações da população mundial. Gera estresse, atrasos, por vezes acidentes, problemas que já fazem parte da rotina e que precisam ser alterados.
Com o passar dos anos, as pessoas adquiriram mais carros, sendo possível observar mais de um por casa. Além disso, a ocupação média dos veículos não passa de quatro pessoas, chegando até a uma só. Isso gera um problema significativo no tráfego e uma emissão ainda maior de gases poluentes, representando o efeito estufa global.
Em São Paulo, por exemplo, de acordo com uma pesquisa do Mobility Futures, há a segunda pior mobilidade urbana entre as principais metrópoles mundiais. Isso gera uma preocupação para o futuro e necessidade de mudanças.
A falta de políticas públicas e outras formas de mobilidade instauradas na cidade geram o caos. Em Berlim, por exemplo, uma empresa alemã especializada em dados de mercado e consumidores, calculou cerca de 336 automóveis para cada mil pessoas. Isso porque a capital alemã possui boas ciclovias e um transporte público de excelência, gerando uma maior eficiência para se locomover pela cidade, menos trânsito, menos poluição e menos dor de cabeça aos moradores.
Usar a tecnologia e inovação para pensar e propor alternativas sustentáveis a respeito de diversas áreas no país, inclusive no setor de mobilidade urbana, é uma maneira de projetar um futuro com maior qualidade de vida e bem-estar. Por isso, as empresas estão pensando em veículos conectados, onde se organizaria melhor o fluxo do trânsito, reduzindo significativamente acidentes e congestionamentos. Também, a autonomia dos carros e ônibus, para que funcionassem sem a presença do homem, reduzindo as batidas que são causadas por falhas humanas. Veículos compartilhados também são uma opção, onde muitas pessoas poderiam usar o mesmo veículo para chegar a um trajeto, causando menos poluição e diminuindo o tráfego.
Grandes empresas estão investindo, também, em carros elétricos, onde não há combustão de gases, sendo uma solução para a poluição do transporte a nível global.
É claro que essas questões apresentam grandes desafios que precisam ser muito bem articulados para que sejam, de fato, eficazes e econômicos.
Visando alternativas para a mobilidade urbana, algumas empresas têm investido nos Hyperloops, que parecem metrôs, mas com uma velocidade muito mais alta, com baixa pressão de ar e com levitação magnética. Este é um projeto do bilionário Elon Musk, com previsões para que em 2027 já exista a primeira operação comercial deste transporte. Outro investimento é nos Loops, que é um sistema de túneis para carros elétricos e autônomos, para que possam transitar com alta velocidade e sem interrupções, reduzindo os congestionamentos.
Ainda, os carros voadores, que são veículos elétricos de decolagem e pouso. Apesar de parecerem impossíveis, muitas iniciativas existem em prol deste tipo de veículo, como a Uber Air, Airbus, Joby Aviation, entre outros. Esses tipos de veículos possuem algumas críticas, em virtude da poluição sonora, o estresse que podem causar nas pessoas e riscos maiores de falhas.
Apesar dos investimentos, as cidades também precisam evoluir, investindo em políticas públicas, na micromobilidade, com redes de ciclovias e compartilhamento de bicicletas, além de priorizar a diminuição do impacto ambiental.