CNJ fecha cerco sobre o bolsonarismo, câncer ideológico que também ameaça o Judiciário

Do serviço noticioso Europa Press:

Ludmila Grillo, juíza sob investigação, com o falso filósofo Olavo de Carvalho…
…E com o juiz-corrupto Sérgio Moro, ex-magistrado e hoje senador do Paraná

O Conselho Nacional de Justiça do Brasil (CNJ) começou na terça-feira a investigar uma série de juízes por alegados ataques ao sistema eleitoral, divulgando falsas notícias, ofendendo candidatos e até apoiando os ataques de 8 de Janeiro em Brasília nas suas redes sociais.

Algumas das pessoas sob investigação já receberam sanções anteriores, incluindo o bloqueio dos seus perfis nos meios de comunicação social por aquilo que consideram «conduta incompatível» com o papel de magistrado, relata o jornal «O Globo».

Entre os que foram apontados está a juíza do Tribunal de Justiça de Minas Gerais Ludmila Lins Grilo, que está sob investigação desde Setembro de 2022, quando utilizou as suas redes sociais para questionar de forma depreciativa algumas decisões judiciais tomadas pelos seus colegas do Supremo Tribunal e do Tribunal de Justiça Eleitoral.

Na sua conta no Twitter, a juíza Grilo publicou uma montagem fotográfica mostrando os juízes do Supremo Tribunal Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes sob o título «Os perseguidores gerais da República do Brasil».

Também sob investigação estão «aparentes tentativas de ajudar» o blogueiro pró-Bolsonaro Allan dos Santos, um alvo das autoridades por alegadamente divulgar falsas notícias e ataques ao Supremo Tribunal, bem como publicações em que ele encorajou a população a não seguir o mandato de usar máscaras durante a crise de saúde.

Outros membros do sistema judicial mineiro, como Fabrício Simão da Cunha Araújo, também estão a ser investigados por levantarem suspeitas sobre a fiabilidade do sistema eleitoral, um dos mantras que o ex-presidente Jair Bolsonaro e os seus apoiantes repetem interminavelmente, mesmo depois de ter sido eleito em 2018.

As investigações centram-se também no alegado apoio que alguns destes juízes têm demonstrado aos que participaram nos ataques às sedes dos três ramos do governo no Brasil a 8 de Janeiro. Este é o caso do juiz do Tribunal Regional Federal da Primeira Região Maria do Carmo Cardoso, conhecida pelas suas boas relações com a família Bolsonaro.

No entanto, nem todos os investigados têm em comum o seu alegado apoio ao Bolsonaro, alguns demonstraram uma presença prolífica em redes de apoio ao presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, como a juíza do Tribunal de Justiça do Amazonas, Rosália Guimarães Sarmento, que em mais de 70 publicações, segundo o CNJ, teria exigido o voto para o líder do Partido dos Trabalhadores (PT).

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