Uma pesquisa da multinacional Kaspersky, realizada no último ano, destacou tendência visível no mercado: a transição de carreira. O levantamento apontou que 53% dos brasileiros querem mudar de profissão, por diversas razões, que incluem a busca por funções mais significativas (31%) e salários mais altos (49%). Nesse cenário, o setor de tecnologia se tornou atrativo para muitas pessoas, já que a transformação digital, acelerada nos últimos anos, acarretou uma alta demanda por profissionais.
“A tecnologia vem sendo o caminho encontrado por muitas pessoas que buscam trabalhar com mais propósito e realização. Aqui no Grupo FCamara, estamos muito satisfeitos com resultados de pessoas que vieram de transição de carreira e hoje se destacam no setor. Nosso DNA, que chamamos de “sangues laranja”, é muito forte no sentido de transmitir conhecimento e gerar oportunidades. Acreditamos que trazer pessoas com vontade de aprender do zero, interessadas em novas experiências, possa ser a grande chave do sucesso”, explica Joel Backschat, CIO do Grupo FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa a transformação dos negócios ao prover desenvolvimento e soluções tecnológicas.
Do zero ao universo tech
Esse é o caso de Carla Mendanha, formada em Arquitetura e Urbanismo. Ela exerceu por alguns anos a profissão, mas se viu insatisfeita na carreira, ainda mais com o país passando por uma crise na construção civil. Resolveu então apostar em uma segunda faculdade, aos 25 anos, de Análise e Desenvolvimento de Software, pensando em se tornar desenvolvedora. “Porém, ao entrar na FCamara, acabei tendo oportunidade de atuar em um setor que ganhou meu coração: UX / Product Designer. Hoje, sou Lead of People Manager and Product Designer, ou seja, lidero o time de UX desde 2020. Hoje, com 5 anos de empresa, comecei uma migração nova, a de People Manager – gestão e experiência das carreiras dos sangue laranja”, comemora.
Carla explica que a decisão de migrar de carreira não foi fácil, mas era necessária. “Até eu aceitar que precisaria jogar fora cinco anos de estudos em arquitetura, não foi nada fácil. Mas não dava para continuar em algo que eu não gostava, trabalhando descontente. Hoje sei que aqueles cinco anos não foram jogados fora, porque me ajudaram a ser a profissional que sou e, com certeza, foi a melhor decisão que tomei. Fico muito feliz por terem acreditado em mim, pelo reconhecimento que me trouxe até o cargo atual e me sinto muito realizada com o que eu faço”.
Lilian Fritzen é outro exemplo. Chegou a iniciar as faculdades de economia e de contabilidade, mas não se via trabalhando com aquilo e acabou não terminando nenhuma das duas graduações. “Passei boa parte da minha vida exercendo funções ligadas ao telemarketing, área administrativa e financeira de empresas, auxiliar em escritórios e por aí vai. Na época, a área tech não fazia parte das formações tradicionais, muito menos para uma mulher. Mas eu sempre tive uma atração pela tecnologia. Lembro bem de quando tinha 12 anos e meu pai ganhou um computador bem velho no trabalho e levou para casa, para brincarmos. Pela nossa condição humilde, eu nunca tinha tido contato com um computador e para mim aquele era o brinquedo mais incrível que uma criança poderia ter”.
Foi na pandemia que Lilian sentiu pra valer a necessidade de migrar para a área que mais estava impactando a vida das pessoas. Aos 33 anos, ingressou então na faculdade de engenharia de software e também passou a fazer cursos gratuitos na internet para se especializar. Hoje, ela ocupa o cargo de Desenvolvedora Full Stack no Grupo FCamara, onde pretende se tornar engenheira de software assim que concluir a faculdade. “Minha maior realização é sentir que encontrei propósito no que eu faço”, comenta.
Cultura de compartilhamento e oportunidades gratuitas
A prática de abrir oportunidades para pessoas sem experiência com tecnologia é parte da política do Grupo FCamara. A empresa inclusive mantém um Programa de Formação gratuito, para capacitar pessoas que querem começar uma carreira na área, mesmo que do zero. Não se exige dos participantes experiência e nem formação em tecnologia e vários alunos já foram efetivados no Grupo. Entre 2021 e 2022, foram quase 18 mil inscritos, sendo 34% deles vindos de uma transição de carreira.
O Programa de Formação está vinculado à Comunidade Orange Juice, patrocinada pelo Grupo FCamara e que já conta com mais de 2 mil membros. Criada com o objetivo de compartilhar conhecimento em tecnologia e experiência de mercado, a comunidade é voltada tanto a pessoa sem experiência, quanto a profissionais experientes ou simplesmente a pessoas que se interessam pelo universo tech, e conta com podcasts, lives e um blog, que possibilitam a interação dos membros e também a interação deles com especialistas do Grupo FCamara e de outras empresas. A participação na Orange Juice é gratuita.