Habilidades socioemocionais tendem a ser diferencial competitivo nas carreiras

Antigamente os requisitos importantes para conquistar uma vaga de emprego eram conhecimentos técnicos da área desejada, mas atualmente com as mudanças constantes na sociedade que impactam a vida pessoal, social e profissional, a tendência, principalmente para 2022, é que as habilidades socioemocionais sejam prioridade dos recrutadores e tão importante quanto as capacidades técnicas das pessoas.

Segundo a professora de Administração da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), Letícia Moraes, as habilidades socioemocionais são extremamente importantes na atualidade devido proporcionarem a capacidade de se compreender e conhecer para gerenciar os próprios sentimentos e emoções e, assim, se relacionar melhor com o mundo à sua volta, com pessoas e situações diversas e adversas.

“Em tempos de incertezas, as habilidades socioemocionais contribuem para definir e gerenciar as ações necessárias diante de acontecimentos cotidianos ou não cotidianos, para buscar respostas ágeis e efetivas, além de melhores soluções para resolução problemas simples e complexos”, ressalta a Administradora.

Letícia listou algumas das habilidades socioemocionais que serão primordiais e um diferencial para carreira em 2022. Confira.

  1. Agir com responsabilidade e colaboração na busca de soluções para questões locais e globais;
  2. Pensar criticamente, questionando o quê, por quê e para que as coisas são feitas;
  3. Ter flexibilidade cognitiva para pensar sistemicamente, fora do padrão, adaptando-se a variadas situações, agindo com atitude criativa e inovadora;
  4. Trabalhar e gerenciar pessoas – seus pares ou não – e resolver conflitos, minimizando sua interferência na qualidade da comunicação interpessoal e na resolução ágil de problemas;
  5. Manter-se atualizado sobre as questões mundiais e locais, sobre novas tecnologias e seu uso de forma crítica, ética e consciente;
  6. Agir com respeito e solidariedade em todas as relações.

A professora de Administração aponta também que esse conjunto de habilidades não se esgota e contribui principalmente para lidar com os desafios do mundo pós-pandemia.

Para desenvolver essas competências, Leticia orienta que o caminho é o incentivo aos trabalhos em equipe com o desenvolvimento de projetos coletivos, corporativos e sociais, e por meio de pesquisas, que estimulem a curiosidade para o novo e a capacidade interpretativa dos fatos. “Outro grande aliado para essas habilidades é o conhecimento de outros saberes, como atividades culturais, artísticas e sociais, que estimulam à troca de experiências e de vivências, ao diálogo e à comunicação assertiva”.

Os candidatos deverão se atentar em desenvolver não só aptidões técnicas como emocionais para esse novo cenário do mercado de trabalho. “Além das competências técnicas necessárias para o desenvolvimento profissional, – escolaridade formal, como a graduação no ensino superior, cursos de atualização, bom desempenho profissional nas experiências corporativas -, o mercado de trabalho atualmente quer profissionais atentos ao autoconhecimento e à prática dos autocuidados em relação à saúde física e mental, que se disponham ao diálogo, pratiquem o respeito e a solidariedade, que sejam éticos e responsáveis, e cautelosos quanto à sua imagem e postura”, destaca a professora.

Por fim, a docente destaca que diante dessas mudanças constantes na sociedade, o perfil do profissional do futuro será ter capacidade de liderar e de liderar-se. “Este precisará ter habilidade de assumir responsabilidades para além de suas funções, manter-se constantemente atualizado, pensar e agir sistemicamente, ter objetivos alinhados com os objetivos corporativos, assim como compartilhar e partilhar dos mesmos valores, bem como ser proativo e aberto a mudanças, e ser flexível para lidar com os desafios trazidos pela pandemia os quais impactaram as formas de se relacionar, de trabalhar e de se desenvolver”, conclui.

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