Artigo: “Guerra ideológica contra a informação e a inteligência repete estratégia das fake news”

Artigo do jornalista Roberto Maciel:

“Na guerra, a primeira vítima é a verdade”. Não se sabe de quem é a autoria dessa frase, mas pode-se comprovar que a cada oportunidade as palavras se fixam mais e mais, com impressionantes solidez e enraizamento. A guerra é sangrenta, sim, e fere fundo, quando não mata, a dignidade e os direitos humanos.

O conflito entre o Estado de Israel e o grupo palestino Hamas é mais um exemplo a confirmar o sentido deletério ali construído, embora não se possa saber por ora se a verdade morreu antes ou depois de crianças e idosos internados, refugiados e abrigados num hospital batista em Gaza.

O que se sabe, com certeza certeira, é que uma canalha (in)compreensão da gravidade do confronto não respeita nada nem ninguém e desembarca no Brasil inteiro, metralhando a realidade pelas costas. E que essa canalha (in)compreensão tem prevalecido em redes sociais que abrigam bolsonaristas e pastores evangélicos – ambos se julgam, parece, donatários da pátria, de Jerusalém e da Terra Santa toda.

E haja fotos e vídeos de escaramuças passadas, dados imprecisos, falas nunca proferidas e vídeos fraudados, batalhas de versões, todos artefatos tão mortíferos quanto bombas, tiros e demais violências praticadas em guerras.

Esse é um exemplo, entre muitos. Nenhum é engraçado, embora carregue o peso inegável da ironia. O caso que exibimos é do pastor Felippe Valadão, notório criador e distribuidor de fake news. Valadão livrou o próprio couro da guerra a bordo de avião de resgate enviado por Lula.

@bispadamares

Família de André Valadão foi SALVA POR LULA! #israel #palestina

♬ som original – Igreja Biscateriana

O sujeito apareceu, posteriormente, com outra conversa:


Neste momento, em que o Brasil se esforça como nação responsável, organizada e respeitada para repatriar cidadãos em segurança, projetando ações que contemplem também pessoas de países que pedem apoio – como Uruguai, Bolívia, Venezuela, Argentina e outros -, não têm importância nenhuma os ataques e as mentiras disparadas contra a gestão, qualquer que seja.

Os cadáveres insepultos são os da imoralidade e da falta de caráter. Esses voltarão sempre para assombrar quem os produz.

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