A Coluna do Roberto Maciel: “É a economia, estúpido!”

– Períodos de progresso de uma nação, um estado, uma cidade não se originam só na política ou na justiça. Há, ainda, a economia, para a qual a sociedade precisa estar atenta, é claro, pelos efeitos que produz. E há sinais positivos nesse campo. O IBGE anunciou que a prévia da inflação de novembro ficou em 0,2%. Isso fez com que a soma de 12 meses do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) voltasse a 4,5%. Esse é o limite da meta do governo Lula. A luta para colocar os números nos trilhos é vital – não apenas no trato interno, de preços de produtos e serviços, mas também nas relações externas. O aquietamento da taxa inflacionária é uma boa referência de como o Brasil tem conseguido se safar com competência do tarifaço que bolsonaristas convenceram os EUA, do aliado Donald Trump, a erguer contra a economia, os interesses e os direitos dos cidadãos brasileiros. Tentou-se um golpe mexendo em dinheiro e projetos. E danou-se quem acreditou que poderia destruir a nação, impondo-lhe o desastre econômico e a miséria. Mas, mesmo tendo Trump e os bolsonaros sido obrigados a recuar, mantém-se o perigo rondando o País. Baixar a guarda há de ser a pior decisão.

Mister Lunga

Sobre a preocupação mais relevante do eleitor, o marqueteiro democrata James Carville (foto), dos Estados Unidos, soltou uma grosseria que se tornou símbolo da encruzilhada do poder: “É a economia, estúpido!” A falta de educação da frase acabou virando clichê em qualquer ambiente ideológico. Pode ser revigorada em 2026.

De quebra

Além da boa novidade na estimativa da inflação, a redução histórica da taxa de desemprego e a alta, também histórica, da bolsa de valores completam a excelente leitura que o governo Lula faz de si mesmo. Isso levanta a autoestima, claro, mas de que forma é apresentado ao cidadão?

Lado B

O mercado financeiro também baixou o tom e, segundo o Banco Central, já acredita que o Brasil deve terminar 2025 com IPCA em 4,45%. Esse é o primeiro indício que se deve considerar numa análise. O outro é o da política – mas para se ter indicações do que esse campo minado deve apresentar é preciso levar em conta como se comportam forças partidárias. Mas aí o jogo já é outro.

A cidade em letras

Já está nas ruas a quinta edição da Coleção Pajeú, série de livretos com a marca da Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor). São nove títulos sobre os bairros do Aeroporto (por Romeu Duarte), Álvaro Weyne (Lara Silva), Dionísio Torres (Glória Diógenes), Edson Queiroz (Alberto Perdigão), José de Alencar (Irlys Barreira), Passaré (Lídia Valesca Pimentel), Siqueira (Socorro Sales).

Estranhos no ninho

O Teatro São José e o Passeio Público (foto), equipamentos de responsabilidade da Secultfor, também entraram na coleção. Mereceram textos de Ricardo Guilherme e Gylmar Chaves, respectivamente. Não são bairros, mas têm importantes cotas na geografia da cidade. As publicações vêm desde 2014, na gestão de Roberto Cláudio, com distribuição gratuita.

Sebo nas canelas

O vereador Julierme Sena (PL) apresentou projeto de indicação para a Prefeitura criar um “Programa Regional de Corridas de Rua – Corre Fortaleza”. A atividade seria coordenada pela Secretaria de Esporte e Lazer e apoiada pelas secretarias Executivas Regionais e outros órgãos municipais. A ideia é boa e, pode crer, não é clonada.

Acelera

A Autarquia de Trânsito de Fortaleza está preparando a compra de 70 novas motos. Serão 65 do modelo off road e cinco de modelo urbano. todas com 290 cilindradas. A disposição da AMC é pagar até R$ 3,7 milhões pelo pacote inteiro. A conta, espera-se, será paga por quem faz barbaridades nas ruas e não tem medo de multas.

Óia!

A Polícia Militar prendeu um sujeito que, sem ser policial nem profissional de segurança, usava colete balístico. Foi no Bairro da Sapiranga. Que sirva de exemplo para agentes do caos que, exclusivamente com interesses eleitorais, estão fazendo vídeos com esses artefatos e postando em redes sociais na Internet para bancarem os valentões.