- Investimento de R$ 4,85 bilhões e público-alvo estimado em 30 milhões de mulheres. Os números são superlativos e pousam bem no meio da disputa eleitoral nos municípios, onde a discussão entre ações e omissões ganha volume expressivo e vital. Essa é a cota de participação que o governo Lula tenta acrescentar aos debates políticos que se desenrolam por estes dias, com a criação da Rede Alyne. A proposta é tão ambiciosa quanto urgente: visa a mitigar o número de mortes de parturientes para 30 por 100 mil nascidos vivos até 2030 – os dados mais recentes, ainda da gestão de Jair Bolsonaro, em 2021, são de 107,53 mortes maternas a cada 100 mil nascidos vivos. É, de fato, um elemento a ser pesado e medido com responsabilidade e consequência pelas campanhas a prefeituras. Trata-se, afinal, de presente e de futuro. E, tanto quanto isso, de dignidade e respeito.
Sentiu na pele
Lula tem um drama pessoal sobre mortalidade materna. A primeira esposa dele, Maria de Lourdes, e o primeiro filho morreram no parto em 1971. “Tenho certeza de que foi relaxamento. Pessoas pobres, muitas vezes, são tratadas como se fossem de segunda categoria. Se é pobre e mulher negra, é tratada de terceira categoria. E precisamos tratar todas as pessoas com respeito, com carinho, com amor”. Tá dito.
Aliado e alinhado
O candidato petista a prefeito de Caucaia, Waldemir Catanho, adotou estratégia de campanha que não é para qualquer um: quando fala em políticas habitacionais, alinha as propostas às ações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Catanho é apoiado por Lula, criador do programa Minha Casa Minha Vida.
Juraci faz
Já em Fortaleza, embora sem apontar ainda relação com a segurança pública, Evandro Leitão, também do PT, diz que vai fazer o maior programa de iluminação pública que a cidade já viu. A única do gênero nos últimos anos foi da gestão de Juraci Magalhães. Até hoje a capital é iluminada pela iniciativa de Juraci.
Troca-troca
As recentes pesquisas eleitorais oferecem a leitura de que André Fernandes (PL) está sugando eleitores que seriam de Eduardo Girão (Novo) e Wagner Sousa (UB). Na sondagem Quaest, Girão aparecia com 3% e agora tem 2%. Na Datafolha, tinha 5% e minguou para 2%. Wagner tinha no Quaest 31% e caiu para 24%. No Datafolha, somava 29% e passou 23%. A má notícia para André é que todos os envolvidos têm o mesmo perfil político, o que pode apontar que ele “bateu” no teto.
Mostra aí
A Assembleia Legislativa abrirá oficialmente terça-feira a mostra “Da Imposição à Cidadania – 1824 a 2024 – Dois Séculos de Lutas e Conquistas”, organizada pelo Memorial Deputado Pontes Neto e dedicada à história das Constituições brasileiras. Os fatos apresentados destacam da primeira Carta Magna, outorgada em 1824, à atual, promulgada em 1988.
Caráter
Mas a exposição do Memorial faz ainda outra abordagem. A Confederação do Equador, movimento de viés republicano datado de 1824, também tem espaço. A participação de líderes, como Padre Mororó, Azevedo Bolão, Carapinima e Pessoa Anta, imprimiu na Confederação o caráter libertário e resiliente dos cearenses.
Mulheres na frente
Mulheres jornalistas terão encontro nacional em novembro. A Federação Nacional dos Jornalistas, presidida por uma mulher – a cearense Samira Castro -, já está recebendo inscrições para o evento. Será dia 9, em formatos presencial, no Sindicato da categoria em São Paulo, e online. Cem vagas estão sendo disponibilizadas para cada modo. Informações: www.fenaj.org.br.