- Fechou-se ontem, com o fim do prazo para convenções partidárias, o primeiro ciclo das eleições municipais deste ano. A partir de agora, cabe aos candidatos e às siglas articularem com os eleitores estratégias de convencimento em busca do voto. O mesmo vale para as correntes políticas que costuram os tecidos dos diferentes partidos. Em outra edição, observamos na Coluna que o bolsonarismo terá dificuldades para se fixar nos cenários em todas as regiões do País. De modo objetivo, deve-se dizer que poderá sobrar saliva para discursos, mas não haverá dinheiro para as empreitadas. Jair Bolsonaro, por enquanto o nome de maior destaque da extrema-direita, não é mais dono da caneta e dos recursos públicos. Não terá mais como bancar motociatas, reuniões oficiais nem mega-concentrações populares ou acampamentos. É uma realidade com as quais os seguidores precisarão se acostumar. Desse contexto poderá sair, além da falência financeira, a falência política.
- (A frase que dá título a esta Coluna é atribuída ao governante e conquistador romano Júlio César – 100/44 a.C)
Dinheiro a rodo
Em 2022, antes das eleições, claro, Jair Bolsonaro aumentou o Auxílio Brasil para R$ 600,00 (alcançando 21,1 milhões de pessoas) e criou benefício de R$ 1.000,00 para caminhoneiros e taxistas. Também entrou no pacote de “bondades” o Benefício de Prestação Continuada. Estima-se que essa “generosidade” distribuiu mais de R$ 40 bilhões aos eleitores em cinco meses.
Resultados
Para se ter ideia do impacto das medidas, em somente cinco dias, segundo o instituto Datafolha, Bolsonaro saltou de 33% para 40% da preferência de quem recebia o Auxílio Brasil e Lula caiu de 60% para 56%. No fim das contas, porém, o eleitor preferiu Lula.
Olho na lei
A partir de hoje, emissoras de rádio e de TV têm restrições na programação normal e no noticiário – mesmo em entrevistas jornalísticas. A determinação, como em toda temporada eleitoral, é do TSE. Já a propaganda de candidatos terá início no próximo dia 16. O horário eleitoral gratuito, contudo, só começa no próximo dia 30, seguindo até 3 de outubro.
Atrasadinhos
Ontem foi o último dia em que partidos poderiam fazer convenções para homologar candidaturas a prefeito, vice e vereador. Quem não fez não faz mais.
Retomada
O Governo Federal encerrou a semana passada publicando no Diário Oficial da União medida provisória com crédito extra de R$ 454,7 milhões para os ministérios da Educação e da Cultura e operações para o Programa Nacional de Apoio a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). A dinheirama para empreendedores soma mais R$ 1 bilhão. Esses recursos se destinam à recuperação do Rio Grande do Sul.
Diferença
Enquanto o Planalto liberava verbas para os gaúchos, os bolsonaristas – autores de toneladas de fake News que acirraram a tragédia do RS – anunciavam que Jair Bolsonaro vai passar três dias no Estado.
A taxa na mira
Os estrategistas da campanha de Evandro Leitão (PT) à Prefeitura de Fortaleza identificaram que a taxa do lixo é a mais antipática e antipopular medida da gestão de José Sarto (PDT). Evandro, como fez na convenção da sábado último, vai bater insistentemente na cobrança, assumindo o compromisso público de extingui-la. Já a equipe de Sarto ainda não deu indícios de como vai rebater a ofensiva petista.