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Arte contemporânea: Festival Sérvulo Esmeraldo 95 inscreve para oficinas com grandes artistas da cena nacional

Siron Franco, artista goiano
O Festival Sérvulo Esmeraldo (FSE) chega neste ano à quinta edição, consolidado no calendário artístico-cultural do Cariri e do Ceará. De 28 de outubro a 3 de novembro, o evento reunirá grandes nomes da arte contemporânea brasileira em uma programação híbrida, contando com residências, exposições, oficinas, masterclasses, bate-papos na web e vivências ambientais e culturais no território fértil do Cariri cearense. As oficinas deste ano serão ministradas por Siron Franco (GO), Berna Reale (PA), Rivane Neuenschwander (MG) e Pedro Motta (MG) com Kátia Lombardi (MG), residentes artísticos. As inscrições estão abertas até 21 de outubro. O resultado da seleção será divulgado em 23 de outubro, pelas redes sociais do Instituto Sérvulo Esmeraldo (@institutoservulo esmeraldo) e do Centro de Artes Reitora Maria Violeta Arraes de Alencar Gervaiseau,URCA, (@cartesurca).
Com o tema Venha Somar, o evento celebra a memória de Sérvulo Esmeraldo e pauta a alegria, o conhecimento, a educação, a percepção e o afeto presentes na obra do artista que completaria 95 anos em 2024. O FSE fomenta e promove as artes visuais, com ações de formação artística e de público.
O Festival Sérvulo Esmeraldo é uma realização do Instituto Sérvulo Esmeraldo, com apoio da Galeria Estação, e as parcerias da Universidade Regional do Cariri, por meio da PROEX e do Centro de Artes Reitora Maria Violeta Arraes de Alencar Gervaiseau; da Prefeitura Municipal do Crato, por meio da Secretaria Municipal de Cultura; do Instituto Cultural do Cariri e do Centro Cultural Cariri Sérvulo Esmeraldo, equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará, gerido em parceria com o Instituto Mirante.
Exposição
O celebrado artivista goiano Siron Franco, artista master desta edição, realizará a exposição individual “Terra  Profanada” no Centro Cultura do Araripe, no Largo da RFFSA, uma instalação potente e de grande impacto, que ficará  em cartaz de 28 de outubro a 30 de novembro. A arte de Siron, sempre a serviço da defesa do meio ambiente e da denúncia do genocídio dos povos originários, manifesta no Cariri cearense a necessidade urgente de protegermos o planeta Terra.
Oficinas
Além de fazer uma imersão na arte e na cultura da Região do Cariri, os artistas residentes vão ministrar oficinas gratuitas com o objetivo de construir exposições ou outras ações que serão apresentadas ao final do processo formativo. As oficinas são voltadas para artistas, fotógrafos, artesãos, professores e estudantes de Artes, Design e Arquitetura e contarão com 15 vagas cada. Elas ocorrerão presencialmente, de 28 de outubro a 3 de novembro, no Centro de Artes Reitora Maria Violeta Arraes de Alencar Gervaiseau, da Universidade Regional do Cariri (URCA), das 14h30 às 17h30. Ao todo, serão 20 horas/aula e os participantes com frequência de 80% receberão certificado da URCA.
Rivane Neuenchwander – Cordão do Jaraguá e Companhia
A oficina “Cordão do Jaraguá e Companhia” visa a apresentação de um manifesto ecológico de alerta à comunidade para a importância da educação ambiental. Inspirada no Jaraguá – figurante híbrido do Reisado de Congo, folguedo típico do Cariri e do Nordeste brasileiro, a oficina proposta é confeccionar indumentárias e adereços simulando algumas espécies da flora e da fauna da Chapada do Araripe ameaçadas de extinção, caso da Soldadinha e do Soldadinho-do-Araripe, da Arara-vermelha, da Onça-parda, do Tatu-bola, da Gralha-cancã, do Corrupião, do Mão-pelada, de outros animais e plantas cuja permanência é crucial para a biodiversidade brasileira. Para ninguém esquecer o valor que a vida tem.
Berna Reale – Performance e Semiótica – Uma relação construída
Esta oficina visa investigar o ato performático do ponto de vista da semiótica. Abordando o corpo como objeto de expansão e de inflexão cultural, Berna Reale apresentará imagens e relatos de sua experiência, discorrendo, inclusive, sobre problemas e erros enfrentados, e como eles foram resolvidos ou continuam em processo. No trabalho prático com o grupo, a artista acompanhará projetos mínimos de performance ou de foto performance, conforme os desejos e interesses dos participantes.
Siron Franco – Pau de Arara
A oficina consiste na construção de uma escultura coletiva denominada “Pau de Arara”. Cada participante irá escolher um galho de árvore e pintá-lo na cor desejada. Ao final desta primeira etapa, a seguinte é a criação de um grande círculo cromático com todas as peças individuais reunidas que formarão o Monumento “Pau de Arara”.
Kátia Lombardi e Pedro Motta – Sedimentos da memória: uma arqueologia invertida do Cariri
Os vestígios e sedimentos da história da terra presentes no Geopark Araripe são o ponto de partida para esta oficina que conta com prática de campo, voltada tanto para a produção de imagens, quanto para a reflexão do ato de cavar e escavar, não a terra, mas memórias. Em vez de tirar das pedras vestígios do passado, em processo inverso, procurar nelas indícios de projetos futuros.  Inspirada na experiência de artistas identificados com a superposição de matérias e temporalidades em suas obras, em operações de inversão arqueológica, como Robert Smithson, Anselm Kiefer Jannis Kounellis, Doris Salcedo, dentre outros, a proposta é a criação de uma narrativa imaginária composta de imagens fotográficas, desenhos, escritas, pinturas, gravuras, – e matéria orgânica que, em suas diferentes camadas temporais busquem traçar outras poéticas

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