Brasil tem o menor desemprego no trimestre abril-maio-junho desde 2014

A taxa de desemprego no trimestre encerrado em junho caiu para 6,9%. Esse é o menor resultado para um trimestre desde o terminado em janeiro de 2015, quando também marcou 6,9%. Observando apenas o período de três meses que vai até junho, é o menor resultado já registrado, se igualando a 2014. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No trimestre móvel anterior, fechado em março, a taxa de desemprego estava em 7,9%. Já no segundo trimestre de 2023, o índice era de 8%. A marca atingida em junho é menos da metade do pico da série histórica do IBGE, em março de 2021, quando a taxa alcançou 14,9%. À época, era o auge da pandemia de covid-19. A série se iniciou em 2012. O resultado mais baixo já registrado é de 6,3% em dezembro de 2013.

No trimestre encerrado em junho, o número de pessoas que procuravam trabalho ficou em 7,5 milhões – o menor desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015. Isso representa queda de 12,5% no trimestre. Já em relação ao mesmo período do ano passado, a redução foi de 12,8%.

A população ocupada renovou mais um recorde, atingindo 101,8 milhões de pessoas. Esse contingente é 1,6% maior que o do trimestre anterior e 3% superior ao do mesmo período do ano passado.

Cid Alves, presidente do CDE do Sebrae/CE

Para o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/CE e vice-presidente da Fecomércio-CE, Cid Alves, o resultado apontado pelo IBGE é um sinal de que a economia, a partir dos controles do Banco Central e o enxugamento das despesas desnecessárias dos poderes executivos, legislativos e judiciários nas esferas federais, estaduais e municipais, está caminhando para um cenário de pleno emprego.

“Uma taxa de desemprego de 6,9% é de se aplaudir, porque um dos principais indicadores para medir a felicidade da população de um país é o número de pessoas empregadas ou em atividades remuneradas. Se continuarmos tomando conta da economia de forma responsável, temos certeza que o Brasil seguirá avançando e em breve estaremos próximos do pleno emprego”, avalia Cid Alves.

Cenário

A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, apontou que as três atividades com alta da ocupação foram o comércio, a administração pública e as atividades de informação e comunicação.

A pesquisadora explicou que o comportamento do nível de emprego é reflexo da melhora do quadro geral das atividades econômicas e do crescimento da renda e da população. Segundo ela, empresas e instituições vivenciam esse aquecimento econômico e fazem com que mais trabalho seja demandado para a produção de bens e serviços.

“É um mercado de trabalho que vem respondendo satisfatoriamente à melhoria do quadro macroeconômico, seja com crescimento do contingente de ocupados, como também a aspectos relacionados à melhor qualidade, mais emprego com carteira e tendência do crescimento do rendimento médio dos trabalhadores”, afirmou.

Ela acrescenta que os resultados não podem ser mais atribuídos unicamente à recuperação pós-pandemia. “Agora, em 2024, a gente tem o mercado de trabalho que tem respostas não apenas a um processo pós-pandemia, mas também do funcionamento da atividade econômica, em um cenário mais relacionado a medidas macroeconômicas, que acabam favorecendo a absorção dos trabalhadores”.

Pequenos Negócios

O último estudo do Sebrae a partir dos dados do Caged, reafirmou a importância dos pequenos negócios para a geração de empregos no país. Do saldo de 1.088.955 de empregos formais criados no país de janeiro a maio de 2024, as Micro e Pequenas Empresas foram responsáveis por 654.884 empregos, número que corresponde a 60,1% do total.

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