Governo Lula lança edital para apoiar organizações lideradas por mulheres indígenas

Os Ministérios das Mulheres e dos Povos Indígenas lançaram o edital de chamamento público Mulheres Indígenas: Tecendo o Bem Viver. A ação vai disponibilizar R$ 1 milhão para iniciativas de associações ou organizações lideradas por mulheres indígenas no país, que podem realizar as  inscrições gratuitas até 15 de setembro. 

“O Programa Mulheres Indígenas Tecendo o Bem Viver é uma importante parceria para salvaguardar a cultura, fortalecer as iniciativas locais e, também, para combater a violência. Uma verdadeira democracia se faz com participação da diversidade das mulheres de todo o Brasil”, disse a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, quando do lançamento do edital, informou a pasta. 

“Caminhamos juntas por políticas de enfrentamento à violência e pelo bem-viver das mulheres indígenas. Para o Ministério das Mulheres, o debate sobre povos indígenas é uma reparação histórica. Reconhecemos que precisamos de políticas específicas e adequadas para as 305 etnias que resistem ainda hoje no Brasil”, reforçou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

De acordo com o MMulheres, a concessão de bolsas-prêmio irá dividir o montante em valores de R$ 30 mil, R$ 50 mil e 100 mil reais para potencializar o protagonismo das mulheres indígenas no Brasil, promovendo visibilidade, autonomia financeira e preservação dos saberes tradicionais das comunidades indígenas.

Os recursos para a realização do edital são oriundos da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2024, com aporte financeiro dividido igualmente entre o Ministério dos Povos Indígenas e o Ministério das Mulheres. A iniciativa abrange a diversidade de povos, biomas e contextos indígenas no país, valorizando suas experiências e contribuições.

Ainda segundo a pasta, poderão participar da iniciativa pessoas físicas, maiores de 18 anos, representantes de coletivos, pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, coletivos e comunidades indígenas. Será aceita a participação de coletivos e comunidades sem constituição jurídica formal, desde que representados por pessoa física ou jurídica, que figurará como proponente parceira(o). As(os) proponentes poderão apresentar o projeto de forma oral, em formato de vídeo, com o limite máximo de dez minutos de duração, contendo descrição, justificativa, detalhamento e cronograma de atividades. 

O proponente assumirá a responsabilidade legal pela proposta, ou seja, assumirá a responsabilidade pela inscrição, execução do projeto, comprovação das atividades realizadas e prestação de contas.

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