Na tentativa de diminuir esse tipo de problema, as instituições financeiras estão investindo cada vez mais em cibersegurança. É o que mostra a pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), realizada pela organização de serviços profissionais Deloitte. Para se ter uma ideia, o estudo aponta que bancos brasileiros investem 10% do orçamento anual de tecnologia em segurança, chegando a aproximadamente R$3,5 bilhões no último ano. Além disso, este valor deve crescer cerca de R$1 bilhão em 2024, chegando a R$4,5 bilhões em investimentos na área.
Para Evandro Alexandre Ribeiro, Head de segurança da Avivatec, consultoria de tecnologia especializada em negócios, cibersegurança, cloud computing e transformação digital, os investimentos são essenciais para proteger as instituições financeiras das ameaças crescentes. “Estamos vendo um aumento significativo nos investimentos em infraestrutura para prevenir ameaças de phishing e ransomware, por exemplo. Somado a isso, é um movimento do mercado apostar também em melhorias na gestão de identidade e acesso, além da contratação de especialistas em segurança da informação. A detecção e resposta a incidentes no meio digital de forma rápida e eficaz também estão recebendo maior atenção, pois é crucial identificar e mitigar os riscos.”
No epicentro das discussões está a blockchain, uma tecnologia que possui um sistema avançado de gerenciamento de dados que possibilita a troca transparente de informações dentro da rede de uma instituição. Com isso, a tecnologia pode ser usada para criar um registro permanente e seguro para acompanhar pedidos, pagamentos, contas e outras transações.
Outro método que vem ganhando espaço no mercado é a cloud computing, uma tecnologia que permite acesso remoto a softwares, processamento de dados e armazenamento de arquivos pela internet. A computação em nuvem fornece acesso seguro e sob demanda a recursos digitais como servidores e armazenamento.
“Precisamos investir cada vez mais em tecnologia na área de segurança para evitar possíveis ciberataques. Isso porque as instituições trabalham com um grande volume de dados de clientes e movimentações financeiras significativas. A expectativa é que este setor continue crescendo de maneira sustentável para garantir cada vez mais a segurança dos dados e das transações”, conclui Evandro