Em março, segundo dados do Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, o varejo físico brasileiro voltou a reagir e teve alta de 0,4%, após queda de 0,5% registrada no mês passado.
“Datas comemorativas que incentivam o consumo, como a Páscoa em março, naturalmente costumam impulsionar os resultados do comércio. Na semana que antecedeu a data festiva, por exemplo, o comércio registrou crescimento de 2,9% em relação ao mesmo período de 2023. Além disso, o resultado de março indica que as medidas econômicas de diminuição da taxa básica de juros, da inflação e do desemprego têm ajudado os consumidores a estarem menos receosos para gastar, consequentemente injetando mais recursos no varejo físico brasileiro”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi
Setores de Supermercados/Alimentos e bebidas puxam a alta de março
A análise por setor revelou o maior percentual para o segmento de “Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas” (0,7%) e Rabi explica que esse crescimento, provavelmente, foi devido a Páscoa. “Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática” também teve destaque (0,5%). Confira todos os segmentos no gráfico abaixo:
Variação anual também mostrou aumento
No comparativo entre março deste ano e o mesmo mês de 2023, o crescimento da atividade física do comércio foi de 4,0%. Nesse cenário, foi o setor de “Combustíveis e Lubrificantes”, que teve a maior expansão (7,5%), seguido por “Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios” (6,0%).
Metodologia
O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio é construído, exclusivamente, pelo volume de consultas mensais realizadas por cerca de 6.000 estabelecimentos comerciais à base de dados da Serasa Experian. As consultas são tratadas estatisticamente pelo método das médias aparadas, com corte de 20% nas extremidades superiores e inferiores das taxas mensais de crescimento, relativas a cada estabelecimento comercial dentro de cada um dos seis segmentos varejistas pesquisados. Para a formação da série agregada do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, as taxas de crescimento resultantes de cada segmento varejista são ponderadas pelo peso relativo de cada um deles na Pesquisa Mensal de Comércio – Varejo Ampliado, do IBGE, respeitando-se as suas revisões metodológicas.