Noventa dias para o Enem 2024: dicas para não perder o foco e estudar de forma eficiente

Mais de 5 milhões de estudantes farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, nos dias 3 e 10 de novembro. Além de ser requisito para o Sistema de Seleção Unificada (SiSU), o Programa Universidade Para Todos (Prouni) e o Financiamento Estudantil (Fies), o exame ainda é utilizado como critério de seleção para diversas universidades públicas e privadas, o que faz dele o maior exame educacional do país. A pouco mais 90 dias para as provas, os estudantes começam a apresentar sinais de cansaço e tendem a perder a motivação, o que pode lhes custar o bom desempenho. 

Por essa razão, preparar-se para este exame vai além de saber os conteúdos e escrever uma boa redação: é preciso manter um ritmo adequado de estudo e um cuidado com a saúde mental, emocional e física. O diretor do Colégio Integrado, Felipe Cavichiolo, explica que estudar demais nem sempre significa estudar melhor. “É importante priorizar pausas, como almoço e lanche da tarde, pois são momentos em que o aluno tem a oportunidade de suavizar emoções, como a ansiedade, e reduzir o gasto de energia”, destaca. 

Felipe pontua que é importante criar uma rotina de estudos, com tarefas diárias bem estabelecidas, de acordo com um cronograma individual. Ele ressalva que esse planejamento não é único, porque cada estudante alcança a produtividade máxima com métodos diferentes. Então, o ideal é pesquisar aqueles que sejam mais eficientes para a realidade de cada um. “Entretanto, vale lembrar que não serão todos os dias que os alunos conseguirão o pico de rendimento, por isso, deve-se equilibrar momentos de foco com atividades físicas, por exemplo”, recomenda. 

Outros pontos que devem ser priorizados, ainda, são a alimentação e o sono. Nesse sentido, o diretor garante que comer bem promove o bem-estar, estimula a memória e sustenta a energia corporal. Além disso, ele avalia ser essencial estar com o sono em dia, dormindo as 8 horas diárias recomendáveis pelos órgãos de saúde. “É importante que o tempo de descanso seja o suficiente para que o aluno esteja bem durante as atividades diurnas e para que o corpo esteja condicionado no dia da prova, só assim as energias estarão voltadas para manter bom foco, memória e concentração”, ressalta. 

Da perspectiva estratégica, o que não deve ficar de fora do planejamento do aluno é o simulado. Isso porque, segundo Felipe, fazer muitos exercícios e corrigi-los é uma maneira de diagnosticar os erros e acertos para reparar aquilo que precisa ser melhorado. “No simulado, o estudante pode tornar a gestão do tempo de prova algo mais natural, além de revisar conteúdos e aprimorar suas estratégias”, observa. De acordo com o educador, esse não é o momento de esgotar o cérebro com muita informação, mas de consolidar o que já foi trabalhado. 

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