Por Roberto Maciel, jornalista:
Destacada profissional da mídia conservadora, a jornalista Carla Araújo tomou as dores – ou quase isso, posto que não se comprova nunca se são dores ou medo o que o golpista inelegível sente – de Jair Bolsonaro. Antes mesmo que qualquer filho dele ou aliado formal se manifestasse, ela saiu-se com essa no UOL News, programa do Canal UOL no Youtube:
“Eu entendo ser importante algumas situações para você destacar a importância e o fortalecimento do SUS. É um sistema que precisa de atenção. Mas há aí o risco de ter um uso político de mau gosto ao postar uma foto do ex-presidente sendo atendido, sem, ao menos, fazer a gentileza de desejar melhorar”.
Sim, Carla não gostou de ler o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, elogiando o SUS por ter atendido o líder do golpe de 8 de janeiro de modo conveniente e respeitoso.
Confira:
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Imagine: fragilidade de Bolsonaro é tamanha que é necessário que uma jornalista simpática a ele se pronuncie publicamente e censure com uma repreensão rigorosa o mais alto nome da gestão da saúde no Brasil por ter destacado, com justiça, a eficiência do SUS em salvar vidas. E, talvez, por ter escrito “Viva o SUS!”.
Coitado do golpista inelegível, sobre quem pesam o desmonte do Sistema Único de Saúde e a morte de mais de 700 mil brasileiros, por falta de vacinas e de estruturas, equipamentos e insumos hospitalares adequados, na pandemia da covid-19.
Triste penar de quem entregou 366 ambulâncias ao SUS em quatro anos de questionável governo, ao passo em que o presidente atual, Lula, entregou desde 2023 – ou seja, em meros dois anos – 2.067.
Tadinho dele.