Grupo que cometeu golpes em série na pandemia é condenado a mais de 50 anos de cadeia; nenhum dos criminosos, porém, praticou genocídio

O Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, conseguiu na Justiça a condenação de nove integrantes de uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias eletrônicas e lavagem de dinheiro. O grupo foi alvo de megaoperação da Delegacia de Repressão ao Crime Cibernético. A ofensiva foi realizada em 2020 e intitulada “Testa de Ferro”.

Abaixo, trechos de matéria publicada pelo jornal Correio Braziliense:

Segundo as investigações, Romero respondia diretamente a Eliaquens de Sousa dos Santos e era responsável por repassar ordens aos gerentes de operações, organizar o fluxo de contas bancárias utilizadas nas fraudes e dividir os lucros do esquema. A investigação revelou ainda que Daniel e o líder da organização recebiam até 70% dos valores desviados nas fraudes cometidas pelo grupo.

Os outros condenados pela participação no grupo criminoso são: Fernando de Souza Pimenta, Juliana Pereira Mateus dos Santos e Jailson dos Santos Mendes, com penas que variam de 8 a 9 anos de prisão em regime fechado; Rogério de Souza Pimenta e Jackson Moreira da Rocha, também condenados por organização criminosa e lavagem, sendo que Jackson cumprirá pena em regime semiaberto, por ter menor participação, e Rogério cumprirá 12 anos de prisão; e Edson Lima Leal, que teve a pena de prisão substituída por penas alternativas, após firmar acordo de colaboração premiada validado pela Justiça.

Operação Testa de Ferro

De acordo com as investigações do NCyber e da DRCC, o grupo utilizava documentos falsos e engenharia social para acessar contas bancárias de terceiros, especialmente empresas, e realizar saques e transferências indevidas. Parte das fraudes cometidas pela organização criminosa ocorreu durante a pandemia da covid-19.

A quadrilha atuava com uma estrutura hierárquica, com funções bem definidas entre fraudadores, gerentes, recrutadores e laranjas, que eram os titulares de contas bancárias utilizadas para dissimular a origem dos recursos. As fraudes envolviam engenharia social para instalação de softwares, com o objetivo de capturar dados bancários das vítimas.

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