Ana deixou a Bahia por São Paulo quando era criança para acompanhar a família em busca de melhores oportunidades. Depois de adulta, mãe de três e divorciada, tornou-se a única provedora da casa e precisou lidar com as dores de uma vida construída longe dos seus sonhos e do primeiro lar no Nordeste. Era somente uma mulher comum, com traumas, medos e responsabilidades, mas a filha Sol a via com uma estranha capa vermelha, parecida com a de filmes de super-heróis. Por causa desta imagem, a jovem começou a chamá-la de Sra. Capa – título do livro de Fabiana C.O, pseudônimo da escritora Fabiana Carvalho de Oliveira. A garota não entendia porque a mãe parecia estar sempre coberta e carregou aquele questionamento dentro de si. Já adulta e com uma visão mais madura acerca do mundo, Sol decide escrever sobre a figura materna na tentativa de olhar para a história de Ana de uma nova forma. A partir de uma narrativa íntima e sob a perspectiva da filha, os leitores atravessam fases decisivas de uma família semelhante a tantas outras, em que a matriarca é a principal responsável pelo funcionamento das relações no ambiente doméstico. Apesar de trazer momentos felizes que fortalecem a conexão entre as duas, os capítulos se debruçam sobre períodos difíceis, como a morte do avô de Sol e a depressão enfrentada por Ana depois de perder o pai. Ainda explicita as dificuldades que elas tinham em compreender as decisões uma da outra e as mudanças no relacionamento com o passar dos anos. Com todos os acontecimentos, mamãe andava mais deprimida e sozinha do que nunca. Eu, de longe, não sabia se a capa ainda era vestida. Só pensava que Dona Ana estava distante de suas filhas e sem sua neta. Cada uma com o seu motivo de ausência e distância; e isso a levou a um abatimento profundo. (Sra. Capa, p. 89) A obra é narrada majoritariamente pela filha, mas a mãe também discorre sobre as próprias experiências em determinado ponto da trama. Ao relatar as memórias do passado, a intitulada Sra. Capa distancia-se da figura de heroína, recorda os sofrimentos de um abuso, compreende os próprios sentimentos e explica como negligenciou a si mesma para atender às necessidades externas. O enredo une ficção à realidade por ter relações diretas com a jornada pessoal da autora, que teve crises de depressão durante 15 anos. A obra representa o processo de cura da escritora e reforça o compromisso dela de ajudar o público feminino a tornar-se independente e reconectar-se com as emoções. Além disso, o livro é inspirado na história da mãe e da avó de Fabiana C.O., nordestinas que lutaram para prover melhores condições para a família, sendo elas mulheres de capa. Como parte deste trabalho, a autora também fez parceria com as ONGs “AC Despertar” e “Empoderem-se”, focadas na profissionalização de mulheres em situação de vulnerabilidade. Os leitores podem adquirir o exemplar com um saco de veludo para guardar a obra, produzido pelas costureiras das instituições sem fins lucrativos, e o valor arrecadado pela peça de tecido é distribuído para as produtoras.
Artigo: “Como a regulamentação do Programa Mover pode impulsionar a inovação no Brasil?”
Artigo de Andressa Melo, gerente de inovação do FI Group, consultoria especializada na gestão de incentivos fiscais e financeiros destinados à PD&I: Nosso país é um solo extremamente fértil para a inovação, com muitas oportunidades a serem exploradas a fim de alavancar cada vez mais esse potencial nas empresas. Dentre tantas iniciativas importantes para este objetivo, muitas expectativas cercam a regulamentação do Programa Mover, cujos benefícios fiscais podem beneficiar fortemente a indústria automobilística através de uma proposta mais sustentável, e deve ser anunciada em breve. Voltado ao setor automotivo, o Programa Mover surge como uma evolução do Rota 2030, cuja validade chegou ao fim em 2023. Sua proposta, de acordo com o governo federal, é a concessão de benefícios fiscais aos empreendimentos do setor em prol do desenvolvimento de automóveis mais sustentáveis e ecologicamente amigáveis, contribuindo para a redução da emissão de carbono e, com isso, maior controle às mudanças climáticas graças a essa mobilidade mais verde. Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a expectativa é que sejam previstos mais de R$ 19 bilhões em incentivos fiscais para as empresas do setor – incluindo desde as montadoras às fabricantes de autopeças, abrangendo toda a cadeia produtiva. Sua regulamentação deve ocorrer nas próximas semanas, o que irá trazer inúmeros benefícios para este segmento e para a inovação como um todo em nosso país. As empresas participantes deste programa poderão obter uma incidência diferenciada do IPI para veículos sustentáveis, um maior regime de incentivos à realização de atividades de pesquisa e desenvolvimento e de produção tecnológica; além de um regime de autopeças não produzidas. Na prática, isso irá se converter, especialmente, em um maior retorno sobre todos os investimentos inovadores, com uma restituição estimada a partir de 50% do valor direcionado ao P&D, podendo chegar a 320% neste formato de crédito. No Rota 2030, essa porcentagem era de, no máximo, 12,5%. Fora esse aumento significativo na quantia passível de ser restituída, as empresas que desejarem participar do programa não precisam, necessariamente, estar produzindo um veículo, uma vez que ele também inclui as que estão com projetos em desenvolvimento. Essas mudanças são incentivos enormes e extremamente importantes para fomentar a inovação nacional, incentivando que cada vez mais marcas se enquadrem neste propósito e, até mesmo, tornando nosso território mais atrativo para negócios e investidores internacionais, uma vez que também poderão ser beneficiados caso tragam seus empreendimentos à região. A tendência é que, com sua regulamentação, cada vez mais negócios elevem sua consciência frente ao impacto da inovação não apenas internamente, mas para a sociedade como um todo – principalmente, diante da proposta sustentável e ecológica do Programa Mover. Isso influenciará positivamente para que haja um efeito dominó de aumento constante de práticas inovadoras, uma vez que quanto mais ações de P&D forem implementadas, maior será a restituição financeira cabível à empresa. Contudo, existem certos pontos de atenção que precisam ser ressaltados neste tema. Existe a possibilidade de ser determinado um teto anual referente ao usufruto dos créditos do programa, o que pode ocasionar em uma certa dificuldade ou limitação por parte das interessadas. Além disso, por se tratar de uma medida provisória, muitas emendas propostas ainda precisam ser analisadas, o que também gera certa preocupação sobre as regras que serão oficialmente estabelecidas. Por mais que muitos pontos ainda precisem ser esclarecidos, é fato que a regulamentação do Programa Mover será extremamente importante para impulsionar a inovação no Brasil. Por isso, assim que for divulgada, as empresas do setor devem, o quanto antes, solicitar a habilitação para que ingressem no projeto, de forma que consigam passar a usufruir dos benefícios fiscais estabelecidos. Quanto mais marcas se juntarem à causa, maior será a quantidade de projetos inovadores favoráveis às suas operações e ao meio ambiente como um todo. Mas, é essencial que, para que atinjam esses resultados, elas se preocupem em manter uma boa governança para a inovação, auxiliadas por empresas especializadas no ramo. Apenas assim, será possível ter uma gestão mais assertiva sobre estes processos e, com isso, obter incentivos fiscais que as estimulem o desenvolvimento de cada vez mais inovações verdes que impactem positivamente as empresas, os consumidores e toda a sociedade.
Redes de telefonia 2G e 3G estão em risco: é preciso que as empresas se preparem
Com o objetivo de abrir espaço para tecnologias de comunicação mais avançadas, como o 5G, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizou uma consulta pública focada em planejar o desligamento dos sinais de internet móvel 2G e 3G, que correspondem a mais de 20% das conexões no Brasil. O processo de coleta de contribuições, realizado entre os meses de outubro e novembro de 2023, foi coordenado pela Superintendência de Outorgas de Recursos da Anatel e o resultado deve ser divulgado em breve. Apesar de parecerem antiquadas frente aos sinais de telefonia utilizados atualmente pelos smartphones, as tecnologias 2G e 3G são amplamente empregadas no mercado nacional, sendo base de funcionamento para dispositivos presentes no dia a dia dos empresários brasileiros, tais como maquininhas de cartão de crédito e débito, rastreadores e outros produtos de comunicação Máquina a Máquina (M2M). Ao redor do mundo, 68 países já deram início ao desligamento das redes de segunda e terceira geração, sendo que em 14 deles o desligamento da rede 2G já foi concluído, priorizando tecnologias mais avançadas, a exemplo de 4G e 5G, de acordo com dados do relatório da Global Mobile Suppliers Association (GSA). Diante dessa mudança iminente, a Allcom Telecom, dona do maior banco de conexões Máquina a Máquina (M2M) e Internet das Coisas (IoT) para empresas no Brasil e na América Latina, destaca a importância das organizações se prepararem desde já para essa transição, visando garantir a continuidade e aprimoramento de seus serviços. “O 2G foi um marco no desenvolvimento das telecomunicações e revolucionou a comunicação móvel digital ao possibilitar o envio de mensagens de texto, incluindo fotos e recursos multimídia. Também foi o 2G que permitiu a adaptação e a escalada de produtos industriais e de missão crítica, tais como rastreadores veiculares, POS, medidores de água, luz e gás entre outros. No entanto, com o advento de novas tecnologias, especialmente do 4G e do 5G, tornou-se imperativo o desligamento do 2G para liberar espectro e recursos para tecnologias mais avançadas e eficientes”, destaca o CEO da Allcom Telecom, Marcio Fabozi. Decisão do órgão visa reduzir lentidão e consumo excessivo de energia Redes mais lentas, como 2G e 3G, consomem mais energia e, consequentemente, representam um maior custo operacional para as operadoras, porém continuam em uso em determinados segmentos por exigirem pequeno volume de dados, como no caso de máquinas de pagamento e rastreamento veicular. Do total de linhas ativas hoje no Brasil, apenas 10% dos usuários utilizam a tecnologia 2G, sendo que a predominante é o 4G, com 200 milhões de linhas, o que corresponde a 77% da telefonia móvel, conforme dados do Infográfico Setorial de Telecomunicações da Anatel. Para assegurar que a transição não prejudique a qualidade e a disponibilidade dos serviços e visando dar transparência ao planejamento estratégico, a Anatel realizou uma consulta pública, a Tomada de Subsídio n. 23, para discutir os detalhes do desligamento do 2G – assim como o impacto de tal medida – com todos os agentes envolvidos, o que inclui prestadoras do SMP, fabricantes de equipamentos de telecomunicações, usuários e a própria Anatel. Até o momento não foram estabelecidos prazos. “Antecipar-se é estratégico, pois permite margem para ajustes e imprevistos que possam surgir durante o processo de transição. O engajamento precoce nesse processo garantirá que as empresas estejam na vanguarda da inovação tecnológica, preparadas para enfrentar os desafios e colher os benefícios dessa transição”, aconselha Fabozi. O profissional destaca que o desligamento do 2G não é apenas uma mudança tecnológica, mas uma oportunidade para as empresas modernizarem suas operações e oferecerem serviços mais eficientes e alinhados às demandas atuais dos consumidores. Nesse contexto, destaca que as empresas precisam agir proativamente para se adaptarem a essa nova realidade, evitando possíveis impactos negativos em seus serviços e operações. “A substituição de equipamentos obsoletos é crucial. Não se trata apenas de redes celulares ou infraestrutura, como antenas e estações-base, mas também dos chipsets utilizados nos equipamentos. Atualmente todo o mercado 2G está nas mãos de um fabricante que ainda produz esta tecnologia no mundo. As empresas devem avaliar e modernizar sua infraestrutura de telecomunicações, migrando para tecnologias mais avançadas que atendam às demandas contemporâneas”, destaca Fabozi, citando que preparar os colaboradores para lidar com as novas tecnologias é fundamental, o que envolve treinamentos para operação e manutenção de sistemas mais modernos. Para que esta transição ocorra da melhor maneira e de forma a não impactar custos e ser eficiente, a Allcom Telecom, referência tecnológica e de tendências, tem investido na consultoria aos clientes e parceiros. “As empresas que não entenderem esse movimento e não tiverem ajuda consultiva para adotar o melhor caminho podem sofrer impactos bem sérios. Por exemplo, caso um cliente nosso tenha que substituir centenas de milhares de equipamentos 2G, se isso não for muito bem planejado, o custo e o retorno do investimento pode não fechar a conta”, explica o CEO da Allcom Telecom.
Comissão parlamentar aprova projeto com novas regras de aposentadoria de servidor com deficiência
A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou projeto que define regras específicas para a aposentadoria do servidor público com deficiência. As regras aprovadas se aplicam a servidores públicos da União, a juízes federais e ainda a membros da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público da União (MPU). Laura Carneiro relatou o texto, originário do Senado (Mário Agra/Câmara dos Deputados) O texto define o servidor público com deficiência como aquele que ocupa cargo efetivo na administração pública federal e possui impedimentos físicos, mentais, intelectuais ou sensoriais de longo prazo, que dificultem a plena participação na sociedade. Foi aprovado o substitutivo da relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), para o Projeto de Lei Complementar 454/14, do Senado. O novo texto propõe novos critérios de idade mínima, de tempo de contribuição e para o cálculo da aposentadoria, e prevê uma avaliação biopsicossocial por equipe multiprofissional para definir os graus de deficiência (grave, moderada e leve) do servidor. CondiçõesA redação aprovada assegura a aposentadoria voluntária do servidor com deficiência que comprovar, no mínimo, 10 anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo em que se dará o afastamento, considerando-se as seguintes condições: A proposta estabelece ainda que a contagem de tempo de contribuição na condição de servidor com deficiência deverá ser comprovada, conforme regulamento a ser editado pelo Executivo. Servidores que adquirirem deficiência ou tiverem o grau alterado após entrar no serviço público terão os parâmetros proporcionalmente ajustados, considerando os anos com e sem deficiência. Cálculo da aposentadoriaPara Laura Carneiro, no entanto, um dos ajustes mais importantes está relacionado ao cálculo da aposentadoria, já que, segundo ela, a reforma da previdência de 2019 – Emenda Constitucional 103 – definiu que pessoas com deficiência não deveriam ser afetadas pelas regras da reforma. “Dessa forma, propomos a manutenção da regra de cálculo vigente antes da Emenda Constitucional 103, a qual leva em consideração 80% dos maiores salários de contribuição do segurado ou servidor com deficiência na apuração do valor da sua aposentadoria”, disse. Pelo projeto, no cálculo da aposentadoria do servidor com deficiência será utilizada a média simples dos 80% maiores salários de contribuição, atualizados monetariamente e limitados ao valor máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) – hoje, R$ 7.786,02. O valor do benefício de aposentadoria, por sua vez, corresponderá a 100% da média apurada no cálculo para servidores com graus de deficiência grave, média e leva. Nos demais, casos o benefício corresponderá a 70% da média dos salários de contribuição. Por fim, a proposta estabelece que avaliação biopsicossocial considerará: Próximos passosO projeto será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para discussão e votação no Plenário da Câmara.
MPE foram responsáveis por 83% dos empregos gerados no Ceará em janeiro
A exemplo do que se registrou em 2023, as Micro e Pequenas Empresas (MPE) começaram 2024 registrando saldo positivo na geração de empregos no Ceará. Dos 1.264 empregos com carteira assinada criados no estado em janeiro de 2024, 1.050 foram gerados pelos pequenos negócios. O número corresponde a 83% do total. Esses dados fazem parte de um levantamento feito pelo Sebrae a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No mesmo período, as Médias e Grandes apresentaram um saldo negativo, sendo responsáveis por 1.005 demissões. Os demais empregos que contribuíram para o saldo positivo do Ceará foram gerados pela Administração Pública e pelas Empresas Sem Fins Lucrativos. Mais uma vez o setor de Serviços se destaca na geração de empregos no estado. No mês de janeiro, as Micro e Pequenas Empresas do setor geraram 1.291 empregos formais. Também apresentaram resultado positivo no mês os pequenos negócios da Construção (801 empregos) e da Indústria da Transformação (297 empregos). Em contrapartida, as MPE do Comércio apresentaram um saldo negativo de 1.308 demissões e as do setor Agropecuário, de 33 demissões. Crescimento Mesmo com o resultado dos setores do Comércio e Agropecuário, o saldo de 1.050 empregos gerados pelas MPE do Ceará em janeiro de 2024 representa um crescimento de 73% em relação ao mesmo período de 2023, quando os pequenos negócios começaram o ano com um saldo positivo de 606 empregos formais criados no estado. Em 2023, os pequenos negócios cearenses registraram saldo positivo de empregos em todos os meses do ano. Ao longo dos últimos treze meses as Micro e Pequenas Empresas do estado contribuíram com um saldo acumulado de 48.490 empregos com carteira assinada. Brasil O levantamento do Sebrae mostrou ainda que em todo o país, foram criados 180,3 mil empregos no mês de janeiro. Desse universo, 62% estavam nas MPE. Os pequenos negócios geraram, no primeiro mês do ano, 52% mais empregos que o registrado no mesmo período de 2023 no Brasil. Foram 112 mil novas vagas contra 74 mil contabilizadas no ano passado somente nas micro e pequenas empresas.
Elmano anuncia concurso com mais de mil vagas para o sistema socioeducativo
O governador Elmano de Freitas anunciou nesta quarta-feira (27.3) novo concurso no Ceará. Dessa vez, a novidade foi o primeiro concurso da Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo. Serão 1.080 vagas, com cargos para nível médio e superior. O edital será publicado ainda na edição do Diário Oficial do Estado de hoje. O governador reforçou a importância do momento para a pasta e o compromisso com a política de continuidade. “Muito estudo, muito trabalho a quem vai prestar o concurso, porque nós queremos lhe contratar para servir ao povo cearense no sistema socioeducativo. Esse é o primeiro concurso da área e nós tivemos um avanço muito grande. Antes, tínhamos um convênio (para a contratação de funcionários), então, o ex-governador Camilo Santana criou a superintendência e agora teremos servidores concursados”, pontuou. O concurso selecionará profissionais que irão acompanhar a aplicação das políticas socioeducativas e ressocialização de jovens dos 19 centros do Estado. Para o nível médio, onde estão disponibilizadas a maior parte das vagas, serão 964 cargos de socioeducador. Para o nível superior, são 116 vagas para analista socioeducativo, sendo 50 vagas para serviço social, 49 para a área da psicologia e 17 vagas para pedagogia. As inscrições terão início em 17 abril, por meio do site da Comissão Executiva do Vestibular da Universidade Estadual do Ceará. Mês da Mulher Na última live do mês de março, o governador aproveitou para fazer um pequeno balanço da série de ações realizadas pelo Governo do Ceará destinadas às mulheres cearenses. Na manhã de hoje (27), ocorreu o lançamento da Estação da Mulher-Parangaba no Metrofor, que funcionará dando apoio às mulheres contra a violência doméstica, além de capacitação profissional e orientações sobre o Ceará Credi Mulher. “Esse mês de março apresentamos projetos para a área de autonomia econômica das mulheres, aumentando de R$ 20 milhões para R$ 40 milhões o investimento do Ceará Credi Mulher. Anunciamos 44 novos agentes Lilás, que auxiliam mulheres que buscam crédito para apreender. Entregamos, dias atrás, 23 viaturas da Patrulha Maria da Penha, três vans que andarão pelo interior fazendo trabalho de prevenção contra violência de gênero, instituímos por decreto a Ouvidoria da Mulher Cearense. São ações importantes para atendermos as demandas das mulheres cearenses”, destacou Elmano. Oncologia no Vale do Jaguaribe O governador ressaltou o sucesso do atendimento oncológico no Vale do Jaguaribe com seis meses da inauguração. “Quero dar essa boa notícia ao povo cearense. O Hospital Regional do Vale do Jaguaribe, que foi o primeiro em que inauguramos o serviço de oncologia, nesse projeto da descentralização de tratamentos complexos, já teve mais de 1.217 pacientes atendidos nesse serviço. Lá, não temos fila no atendimento de oncologia. Um orgulho poder dizer isso”, comemorou o gestor. Bate-papo com a população Em seu momento de interação com a população, o chefe do Executivo cearense respondeu sobre o Estado em relação ao aumento de casos de dengue em todo o país. O Ceará é um dos estados com os menores índices da doença no momento. “O Ceará teve 7 ou 8 anos de uma verdadeira epidemia de dengue, então, nós fizemos um trabalho de prevenção e conscientização da população”, comentou o governador. “A sociedade cearense tem uma consciência da prevenção da dengue. É uma conquista da nossa sociedade. Além disso, ainda tem o trabalho duro dos nossos agentes de endemias. É assim que fazemos uma parceria do Estado e municípios para evitar esse aumento de casos”, pontuou. Sabendo dos números positivos do turismo, o cearense Alberto Cavalcante quis saber como o Governo do Ceará tem trabalhado e continuará pelo turismo no estado. “Temos trabalhado para garantir infraestrutura. Nós estamos buscando sempre investidores para fazer bons hotéis, pousadas. Estamos ampliando nossas estradas e realizando investimentos em nossos aeroportos. Além disso, também temos feito trabalho na capacitação dos nossos profissionais”, explicou. “Beleza e povo diferenciado para melhor, o Ceará tem. Então, garantiremos estrutura para a comodidade desse turista”, completou Elmano. O turismo do Ceará alcançou, em janeiro de 2024, o maior crescimento do índice de atividades turísticas no Brasil. Com 11,9% de aumento, segundo o IBGE, o resultado mostra a força do estado nesse segmento tão importante para a economia.
Do Intercept: “Antes de morrer, gostaria de comer uma maçã ou um pedaço de carne”
Texto no site The Intercept Brasil: Esse é o último desejo de Hanan, que neste momento está com outros 1,4 milhões de refugiados palestinos famintos encurralados no sul de Gaza. A área será bombardeada por Israel em pleno Ramadã caso o mundo fique de braços cruzados. Enquanto isso, os jornais mainstream insistem em pintar Israel, uma das maiores potências militares do mundo, como os grandes coitados dessa história. Do lado de lá nossa mídia corporativa apoia o genocídio do povo palestino; e do lado de cá abre caminho para o Estado brasileiro assassinar sistematicamente a população negra, indígena e pobre do nosso país. Seja “Guerra contra o Hamas” ou “Guerra contra as drogas”, no final das contas é tudo a mesma coisa; a mesma desculpa para matar inocentes. Guerra é quando há exércitos lutando entre si, o que está acontecendo em Gaza e nas periferias do Brasil tem outro nome: carnificina. *** *** As consequências serão catastróficas para os palestinos caso Israel não seja impedida de continuar com essa ofensiva em Rafah. Especialistas e ativistas no mundo todo estão juntando forças para impedir que isso aconteça; enquanto a grande mídia segue na contramão. Assim Israel vai conseguir o que sempre quis, que é varrer o povo palestino para fora de seu próprio país; em pleno Ramadã, mês sagrado para os islâmicos. “Eu amo meu país, mas Israel destruiu minha casa e matou meus amigos” Disse Hala, de apenas 13 anos, filha Hanan em entrevista ao Intercept Brasil (já disponível no site). Seria uma tragédia histórica para o povo palestino. Também teria repercussões internacionais que chegam ao Brasil. Se isso acontecer, comunicará para a grande mídia que ela tem passe livre para continuar manipulando o resto do mundo ao custo do interesse comum. Como fez no Brasil na Ditadura militar, com o golpe na Ex-Presidente Dilma, e tentou fazer ainda este ano, fomentando o pedido de impeachment do Presidente Lula quando ele ousou demonstrar sua indignação com o massacre em Gaza. A mobilização internacional é a chave fundamental para impedir a aceleração desse genocídio e mais do que nunca, nós do Intercept escolhemos assumir o papel de lutar pela verdade, quando as vidas de milhões estão sob ameaça. Somos um dos únicos jornais do Brasil denunciando essa invasão massiva da região de Rafah por Israel. Só podemos fazer isso com independência e com o apoio dos nossos leitores. Precisamos arrecadar 300 doadores mensais até o final de março para seguir com nossas matérias fazendo pressão contra os crimes de guerra de Israel. Depois da nossa matéria, a família de Hanan e Hala foi colocada na lista de pessoas a serem retiradas da zona de conflito pelo Ministério de Relações Exteriores brasileiro.
Desenrola Brasil entre na reta final e vai até 31 de março; governo já limpou nome de 12,3 milhão de pessoas
Restam quatro dias para a conclusão do Desenrola Brasil, programa criado pelo governo federal para possibilitar a renegociação de dívidas de pessoas físicas. Nessa fase final, o foco da ação é a Faixa 1, que abrange brasileiros com renda bruta mensal de até dois salários mínimos e pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Sob a coordenação do Ministério da Fazenda desde julho, o programa teve a prorrogação aprovada, no fim de 2023, pela Medida Provisória 1.119 e pela Portaria 1.572. O prazo para os últimos pedidos de renegociação, por meio digital, é até 31 de março. Dívidas inferiores a R$ 20 mil, cujos valores foram atualizados e que tenham sido negativadas entre 2019 e 2022, poderão ser parceladas. O site do Desenrola oferece descontos médios de 90%, para quitações à vista, e de 85% para as opções de parcelamento. O Ministério da Fazenda destaca que a prorrogação do programa foi pensada para alcançar um número ainda maior de brasileiros. “Essa ampliação significa que mais 7,3 milhões de dívidas que estavam disponíveis para pagamentos à vista poderão ser divididas em até 60 meses”, informa a pasta. Na última quinta-feira (21), ocorreu o Dia D do MegaFeirão Serasa e Desenrola Brasil, que contou com o apoio de técnicos e especialistas em educação financeira em 27 agências centrais dos Correios em todas capitais do país. Em todo o país, mais de 12,3 milhões de pessoas já foram beneficiadas pelo Programa Desenrola Brasil, que possibilitou a negociação de cerca de R$ 38 bilhões em dívidas.
Democracia, civilidade e raciocínio venceram: Estudo indica redução de ataques a jornalistas em 2023
Da Agência Brasil, com texto de Luiz Claudio Ferreira, repórter: No dia 8 de janeiro do ano passado, a jornalista Marina Dias, do The Washington Post (EUA), viveu em pesadelo. Na cobertura dos ataques antidemocráticos naquela data, em Brasília, ela foi insultada e agredida. Ela sofreu rasteira, jogada no chão e continuou sofrendo violência até que um militar a ajudasse. “As pessoas me agrediram mesmo depois de ser escoltada por um militar”, recorda. De ofensas a violências físicas, jornalistas no Brasil foram vítimas de 330 ataques durante o ano de 2023, segundo levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), divulgado nesta terça (26). O número é 40,7% menor do que o ano anterior, quando foram registrados 557 casos. Segundo avalia a entidade, os principais ataques ocorridos no ano passado tiveram relação aos episódios de 8 de janeiro, como foi o caso de Marina Dias, que, inclusive, participou da divulgação do levantamento. Segundo explicou a pesquisadora Rafaela Sinderski, da Abraji, profissionais da imprensa foram atacados durante esses atos e também sofreram agressões físicas. “Tiveram seus equipamentos destruídos, foram perseguidos e intimidados. Isso se refletiu nos nossos dados”, exemplificou. Agressões graves Por outro lado, a queda do número de violências em 2023, segundo avaliou a entidade, tem relação com a alteração do cenário político e fim do mandato do então presidente Jair Bolsonaro. Conforme a pesquisadora, o mapeamento contabilizou que 38,2% dos casos registrados foram considerados episódios de violência grave. “São agressões físicas, ameaças de morte, de perseguição, de violência física”, exemplifica a pesquisadora. Outro tipo de violência, os discursos estigmatizantes, representou 47,2% dos casos. “São ofensas verbais e casos de campanhas de descredibilização de jornalistas, de meios de comunicação e da empresa com questões sociais e questões mais amplas”, apontou. Segundo a pesquisa 55,7% dos casos registrados em 2023 tiveram como agressores agentes estatais, que são funcionários públicos ou agentes políticos em mandato. “Isso é muito preocupante e grave. Principalmente quando são agentes políticos eleitos”. Violência de gênero A pesquisa trouxe também que 52,1% dos ataques tiveram origem ou repercussão na internet. “É muito forte atacar a imprensa e jornalistas, principalmente quando são mulheres. As jornalistas sofrem muita violência online com discursos estigmatizantes nas redes sociais”. O Distrito Federal foi o lugar que mais houve violência contra jornalistas em 2023. “Foram registrados 82 ataques explícitos de gênero ou agressões contra mulheres jornalistas. E o que a gente entende por ataques explícitos de gênero”, afirmou a pesquisadora. A entidade considera o número preocupante, mesmo havendo uma queda de 43,4% em relação a 2022. Esses ataques usam, por exemplo, questões ligadas à identidade de gênero, à sexualidade e à orientação sexual para atacar jornalistas. Outras tendências, segundo a Abraji, se fortaleceram no último período analisado, como o aumento dos processos judiciais civis ou penais com o intuito de silenciar jornalistas, que chegaram a 7,9% do total de agressões, e o crescimento de agressões graves registradas na categoria de “agressões e ataques”. Recomendações A partir do que foi coletado, a Abraji recomendou que os os poderes públicos reforcem políticas de proteção a jornalistas e comunicadores vítimas de ataques em razão do exercício da profissão. A entidade apontou que as plataformas de redes sociais devem desenvolver mecanismos para enfrentar a violência online que afeta jornalistas. Às empresas jornalísticas, a associação pediu que sejam adotadas medidas de formação, prevenção e proteção para seus profissionais. Aos jornalistas, ficou a recomendação que não deixem de denunciar a agressões sofridas no exercício da profissão.
Empresa aponta os 10 carros usados mais procurados por compradores no Ceará em 2024
A empresa Mobiauto, marketplace de carros novos e usados atuante no país, promoveu levantamento em sua base de dados que regionaliza a preferência do comprador de carros usados no país. O levantamento apurou quais os dez veículos mais procurados por consumidores de cada Estado da Federação no primeiro bimestre de 2024 e repetiu a pesquisa no mesmo período do ano anterior para apurar a evolução percentual. Na interpretação do comportamento do mercado brasileiro de carros seminovos, a empresa ganha destaque. “O Brasil é um país enorme, que apresenta profundas variações de hábitos de consumo, necessidade de mobilidade e nível sócio-econômico. Quando resolvemos decupar esse levantamento em cada Estado da Federação, estamos prestando um serviço valioso para cada consumidor do país”, comenta o economista Sant Clair de Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto, responsável pela pesquisa. Sant Clair exemplifica a relevância dessa pesquisa particularizada. “Quando me refiro a necessidade de mobilidade, um dos melhores exemplos aparece na comparação entre Rondônia e Rio de Janeiro. No primeiro, você encontra cinco picapes entre os dez modelos mais procurados. Já no Rio, esse tipo de carroceria não aparece. Os cariocas têm uma necessidade muito menor de viajar e transportar carga do que os rondonienses”, diz. De acordo com o consultor, diferenças tão significativas, mesmo em Estados vizinhos, tendem a apontar um dos principais fatores que determinam sucesso ou fracasso de modelos de automóveis no país, mas que não costuma ser tão comentado. “Destaco aqui a relevância dos operadores locais, ou seja, da rede de concessionários. Nós sempre damos uma importância exacerbada ao produto e à estratégia das montadoras, mas nos esquecemos da força dos pontos de venda, que, na minha opinião, são os grandes responsáveis por ditar a performance na venda dos modelos zero km. O sucesso de um determinado modelo entre os seminovos é decorrência disso”, opina o executivo. Sob o ponto de vista financeiro, o levantamento exclusivo e inédito da Mobiauto redesenha o mapa de “melhores negócios” para orientação do consumidor, uma vez que é importante conhecer a performance de um carro xis em todo o país, mas você o compra e o vende, muito provavelmente, na sua cidade. E a conclusão é simples, daí a importância de a Mobiauto ter realizado uma pesquisa tão abrangente em sua base de dados: os carros mais acessados são vendidos com maior facilidade, justamente porque a procura é maior. E ganham preços mais rapidamente.Quais os usados mais procurados no Ceará?Dentre os milhões de acessos que recebe em sua plataforma mensalmente, vindas de todos os Estados do país, bastou aos pesquisadores apurar a origem de cada clique durante janeiro e fevereiro de 2024, compondo percentuais de busca no site da Mobiauto, e repetir o levantamento nos mesmos meses de 2023. “É importante não só observar os mais acessados deste ano, mas sim as variações de um ano para cá, o que expressa aumento ou diminuição de interesse dos compradores”, esclarece Sant Clair. Um dado importante: a variação percentual, expressa na tabela acima, não aponta diretamente o cálculo matemático entre os dois períodos. Essa variação relativiza também o crescimento no número acessos do site. No caso do Palio 2015, por exemplo, o aumento de 0,72% para 0,88%, se fosse um cálculo puro, acusaria 22,2% de aumento. Só que variação considera o aumento da audiência total do site. “Nossa base de acessos, hoje, é bem maior que um ano atrás. Por isso que a variação mostra um percentual bem maior”, explica Sant Clair.