A Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) realiza nesta segunda-feira (20.5), a partir das 18h, sessão solene em comemoração aos 70 anos da Universidade Federal do Ceará (UFC), na qual também será concedido o Título de Cidadão Cearense ao reitor da instituição, professor Custódio Luís Silva de Almeida. O deputado Renato Roseno (Psol), autor de um dos requerimentos de homenagem à UFC, ressalta que a universidade é “a nossa maior e mais relevante instituição de ensino superior, formação profissional, pesquisa científica e extensão universitária”. O parlamentar ainda avalia que a “história do Ceará no século XX foi profundamente impactada pela instalação da UFC”. Já a deputada Larissa Gaspar (PT), que também apresentou requerimento nesse sentido, lembra que “a UFC é uma das mais importantes universidades públicas da América Latina”. Para ela, a instituição é “estratégica para o desenvolvimento do Ceará, do Nordeste e do Brasil”. Também assinam os requerimentos da sessão solene em comemoração aos 70 anos da UFC os deputados Missias Dias (PT) e Stuart Castro (Avante). CIDADANIA CEARENSEJá a concessão do Título de Cidadão Cearense ao reitor Custódio Almeida está prevista na Lei n.º 18.771/24, aprovada pela Alece e sancionada pelo governador Elmano de Freitas. Na justificativa do projeto que originou a lei, é lembrado que Custódio Almeida, natural de São Bernardo (MA), é professor da UFC desde 1993. O título foi concedido como forma de reconhecer os anos de magistério e de pesquisa científica dedicados pelo docente ao Ceará, bem como o papel estratégico que exerce na UFC como reitor da instituição. Custódio Almeida é também professor titular do Instituto de Cultura e Arte (ICA) e docente do curso de Filosofia, ambos da UFC. Ao longo da trajetória dele na instituição, foi ainda coordenador do curso de Filosofia, chefe do Departamento de Ciências Sociais e Filosofia, diretor do ICA, pró-reitor de Graduação e vice-reitor da UFC. Assinam o projeto de lei que propôs a entrega do Título de Cidadão o presidente da Alece, deputado Evandro Leitão (PT), e os deputados Renato Roseno, Larissa Gaspar, Stuart Castro, Júlio César Filho (PT) e Agenor Neto (MDB).
Baixa do Guaíba revela destruição e prejuízo em Porto Alegre; situação ainda impõe muito cuidado com produtores de mentiras e abusadores políticos
A água das ruas já baixou em boa parte da zona sul de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Com o novo quadro, começou a limpeza das casas. No bairro Menino Deus, as calçadas ficaram cheias de móveis, colchões, eletrodomésticos, livros e todo o tipo de objeto que algum dia já teve valor, mas que agora vai para o lixo. Há, ainda outra enchente a preocupar autoridades, técnicos e a militância que está cuidando da cidade: é a de fake news. Um grupo liderado por dois filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo e o vereador Carlos, estão circulando por Porto Alegre, inclusive usando jet skis, e gravando vídeos com informações distorcidas. Abaixo, informações da Agência Brasil, com texto do jornalista Vladimir Platonov: Enchente inutilizou vários pertences de moradores de Porto Alegre. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil “Eu tinha vários livros em casa e eu esqueci de levantá-los quando saí daqui. Quando eu fui lembrar, já não tinha como entrar”, disse o geólogo Evandro Oliveira. O motorista Joel Vargas não escondeu sua frustração diante dos prejuízos. “Tudo é lixo. Tudo quebrado, tudo demolido. Não se aproveita nada”. A aposentada Marlene de Souza também lamentou a perda de seus pertences. “Está tudo com gosto, cheiro de esgoto, tudo podre”. Com a redução no nível da água, um novo exército entra em operação. São centenas de homens e mulheres com uma única missão: retirar das ruas toneladas de lixo e de lama. As centenas de toneladas de objetos destruídos pela água estão sendo retirados com auxílio de retroescavadeiras e pás mecânicas. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil Segundo o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), 3.500 pessoas estão envolvidas no trabalho de limpeza e recuperação da cidade. Do dia 6 de maio para cá, somente onde não estava alagado, já foram recolhidas 910 toneladas. Esse número vai aumentar muito conforme as ruas forem secando. Nesta primeira etapa, estão sendo utilizados 300 veículos pesados, incluindo retroescavadeiras, pás carregadeiras e caminhões basculantes. Mas o trabalho principal, como varrição e raspagem das ruas, retirando manualmente a lama que se acumulou, é feito pelos garis. “Temos 3.500 garis trabalhando em três turnos e um maquinário muito pesado sendo usado na remoção dos resíduos”, explicou o diretor-geral da DMLU.
Julian Assange enfrenta amanhã (20.5) dia decisivo sobre extradição para os EUA
Do site Brasil 247: Nesta segunda-feira (20.5), um tribunal britânico pode tomar uma decisão final sobre a extradição de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, para os Estados Unidos, encerrando 13 anos de batalhas legais e detenções. Dois juízes do Tribunal Superior de Londres decidirão se estão satisfeitos com as garantias dos EUA de que Assange, de 52 anos, não enfrentará a pena de morte e poderá contar com o direito à liberdade de expressão garantido pela Primeira Emenda em um julgamento nos EUA por espionagem. A equipe jurídica de Assange afirma que ele pode ser extraditado em até 24 horas após a decisão, pode ser libertado da prisão ou o caso pode, novamente, se arrastar por meses de batalhas legais. “Tenho a sensação de que qualquer coisa pode acontecer neste estágio,” disse sua esposa, Stella, na semana passada. “Julian pode ser extraditado, ou pode ser libertado.” Ela disse que seu marido espera estar no tribunal para a audiência crucial. O WikiLeaks divulgou centenas de milhares de documentos militares secretos dos EUA sobre as guerras de Washington no Afeganistão e no Iraque – as maiores violações de segurança desse tipo na história militar dos EUA – além de numerosos telegramas diplomáticos. Em abril de 2010, publicou um vídeo classificado mostrando um ataque de helicóptero dos EUA em 2007 que matou uma dúzia de pessoas na capital iraquiana, Bagdá, incluindo dois jornalistas da Reuters. As autoridades americanas querem julgar Assange, nascido na Austrália, por 18 acusações, quase todas sob a Lei de Espionagem, alegando que suas ações com o WikiLeaks foram imprudentes, prejudicaram a segurança nacional e colocaram em risco a vida de agentes. Seus muitos apoiadores ao redor do mundo chamam a acusação de um ultraje, um ataque ao jornalismo e à liberdade de expressão, e uma vingança por causar constrangimento. Pedidos para que o caso seja arquivado vêm de grupos de direitos humanos e alguns órgãos de mídia, além do primeiro-ministro australiano Anthony Albanese e outros líderes políticos. DETIDO DESDE 2010 Assange foi preso pela primeira vez na Grã-Bretanha em 2010 com base em um mandado sueco por acusações de crimes sexuais que mais tarde foram retiradas. Desde então, esteve sob prisão domiciliar, refugiado na embaixada do Equador em Londres por sete anos e, desde 2019, detido na prisão de segurança máxima de Belmarsh, aguardando a decisão sobre sua extradição. “Todos os dias desde sete de dezembro de 2010 ele esteve em uma forma de detenção ou outra,” disse Stella Assange, que originalmente fazia parte de sua equipe jurídica e se casou com ele em Belmarsh em 2022. Se o Tribunal Superior decidir que a extradição pode prosseguir, as vias legais de Assange na Grã-Bretanha estarão esgotadas, e seus advogados recorrerão imediatamente ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos para buscar uma liminar de emergência bloqueando a deportação enquanto aguardam uma audiência completa sobre o caso. Por outro lado, se os juízes rejeitarem as submissões dos EUA, ele terá permissão para apelar de sua extradição em três fundamentos, e isso pode não ser ouvido até o próximo ano. Também é possível que os juízes decidam que a audiência de segunda-feira deve considerar não apenas se ele pode apelar, mas também o mérito dessa apelação. Se decidirem a seu favor nessas circunstâncias, ele poderá ser libertado. Stella Assange disse que, qualquer que seja o resultado, continuará lutando pela liberdade de seu marido. Se ele for libertado, ela planeja segui-lo para a Austrália ou para onde ele estiver seguro. Se ele for extraditado, ela afirmou que todas as evidências psiquiátricas apresentadas no tribunal concluíram que ele corre um risco muito sério de suicídio. “Vivemos de dia a dia, de semana a semana, de decisão a decisão. Essa é a maneira como temos vivido há anos,” disse ela à Reuters. “Isso simplesmente não é uma maneira de viver – é tão cruel. E eu não posso me preparar para sua extradição – como poderia? Mas se ele for extraditado, farei o que puder, e nossa família lutará por ele até que ele esteja livre.”
Artigo: “Os argumentos do Banco Central não são convincentes”
Texto do economista Paulo Nogueira Jr. (foto), publicado originalmente no site Revista Fórum: Volto a escrever sobre a extravagante política de juros do Banco Central. O assunto é vasto; vou me ater ao que parece mais relevante na atual conjuntura brasileira. Começo com a divisão da diretoria do BC. Antes da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom), a mídia anunciou um combate de proporções épicas. De um lado, os conservadores, defendendo redução de 0,25 ponto percentual da Selic, a taxa básica de juro. De outro, os revisionistas, lutando por uma diminuição de 0,5 p.p. Prevaleceu o grupo conservador, com cinco votos, contra o grupo minoritário, os quatro diretores indicados pelo presidente Lula. Mas foi, na verdade, uma Batalha de Itararé. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. A ata dessa reunião do Copom, como seria de prever, valeu-se do habitual “banco centralês” para apaziguar ânimos e restabelecer a concórdia entre os nove ilustres integrantes do colegiado. Persiste o problema de fundo, entretanto. Em dezembro, termina o mandato do atual presidente do BC – o que é motivo de esperanças e temores. Esperanças para nós, que queremos uma mudança de orientação da política monetária. Temores para a turma da bufunfa, sempre agarrada à prática de juros exorbitantes. O que quer o mercado? Idealmente, que Roberto Campos Neto continue ou, o que daria no mesmo, que seja substituído por outro funcionário graduado do sistema financeiro, daqueles que seguem o script e não ameaçam os interesses estabelecidos. Não sendo isso possível, e por via das dúvidas, a turma da bufunfa tenta intimidar o governo, em especial o ministro da Fazenda. Faz sentir, de várias maneiras e por vários canais, que a escolha não pode recair sobre nome pouco palatável. Se o sucessor não puder ser um deles, que seja uma figura inofensiva e cooptável. A mídia corporativa, que sempre ecoa as inquietações e interesses do mercado financeiro, prevê há tempos, sem muita alegria, que Gabriel Galípolo, será o próximo presidente do BC. Galípolo tem um perfil pouco usual – formação econômica heterodoxa, mas com passagem pelo sistema financeiro. Foi um dos quatro que preferia um corte de 0,5 p.p. na última reunião do Copom. Provavelmente liderou o grupo dissidente. Parece-me, aliás, que montaram uma pequena armadilha para ele. Aproveitaram algumas declarações suas ligeiramente “fora da caixa” para estigmatizá-lo como um pouco irresponsável e sujeito à influência política do governo. Campos, em contraste, seria “técnico”, “responsável” e “independente”. Um disparate. Entretanto, o placar do Copom, 5 a 4, ajudou a dar alguma sustentação a essa narrativa. Mas deixemos de lado esses movimentos táticos. Há questões mais fundamentais, entre outras a seguinte: por que o BC insiste tanto na política de juros altos? É possível justificá-la? Os efeitos colaterais são muitos e desagradáveis. A política monetária prejudica as finanças públicas via custa da dívida governamental, dificulta o crescimento econômico e a formação de capital, provoca concentração da renda nacional. Os argumentos em seu favor teriam que ser muito fortes. E são? Vejamos. A argumentação do BC tem essencialmente duas partes. A primeira é que a sua tarefa primordial, estabelecida em lei, é conduzir a política de juros de forma a alcançar as metas de inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Pela legislação vigente, o BC só deve se preocupar secundariamente com os efeitos da sua política sobre os níveis de atividade e de emprego. Em outras palavras, a lei brasileira estabelece para o BC um mandato dual, porém assimétrico. Na prática, o foco é na inflação. A segunda parte do argumento é que os modelos macroeconômicos adotados pelo BC indicariam, supostamente com alguma segurança, que o elevado nível da Selic é indispensável para garantir a convergência da inflação às metas fixadas pelo CMN. Os efeitos adversos da política monetária sobre a atividade econômica, o déficit público e a distribuição da renda seriam o preço a pagar para manter a inflação dentro das metas. Essa argumentação pode parecer sólida, ela conta com muito apoio no mercado financeiro, na mídia e nos meios acadêmicos tradicionais. E, no entanto, não é difícil perceber as suas fragilidades. Omite-se, com frequência, o fato de que o BC não é simplesmente um executor de metas fixadas pelo CMN. O presidente do BC é um dos três membros do Conselho, sendo os outros dois o ministro da Fazenda e o do Planejamento. Este último tende a ter menos peso por estar distante dos assuntos monetários. Atualmente, como a ministra Simone Tebet não é do ramo, a influência do Planejamento é ainda menor do que a habitual. Além disso, o BC exerce a secretaria do Conselho. Como sabe qualquer pessoa experiente, quem exerce a secretaria de um órgão tem peso decisivo nas suas deliberações. Assim, repito pela enésima vez, o BC, em larga medida, fixa a metas para si próprio. Essa foi essa uma das questões “fora da caixa” levantadas por Galípolo pouco tempo antes da mais recente reunião do Copom. Além disso, e talvez mais relevante, cabe a dúvida: será que as metas de inflação não seriam excessivamente ambiciosas, contribuindo para que os juros fiquem nas alturas? O presidente Lula fez essa pergunta publicamente algumas vezes. Ficou sem resposta convincente. Se o centro da meta de inflação fosse um pouco mais alto e o intervalo de tolerância (a distância entre teto e piso), um pouco mais amplo, não teria o BC mais raio de manobra para suavizar a política de juros? A meta para 2025, por exemplo, é 3% com um intervalo de tolerância de 1,5 p.p. para cima e para baixo. Um ajuste modesto das metas estabelecendo, digamos, uma meta de 3,5%, com intervalo de tolerância de 2 p.p. para cima e para baixo. dificilmente traria risco de descontrole inflacionário e favoreceria a prática de juros reais mais civilizados. Mas não é só isso. Que modelo ou modelos são esses que geram a necessidade de manter juros sempre na estratosfera? Todo modelo econômico envolve uma dose considerável de incerteza. Qualquer um que tenha experiência nessa
A crônica da Tuty: “Não tentarás o próximo pecado”
Crônica da jornalista Tuty Osório: O amigo parou de fumar por recomendação médica. A amiga, esposa do amigo, parou de fumar em solidariedade a ele. Eu fumo eventualmente, nas festas, nos sufocos. Se compro, a carteira vai toda. É uma imperfeição que carrego, parente de ter engordado muito, e que, tal qual renovar planos e práticas para emagrecer, vivo em tentativas de não cair em armadilhas. Fumar faz mal. Cheira mal. Carrega uma das maiores perversidades do capitalismo. Eu, tão exigente com a ética, cometo esse desatino. É esporádico, mas cometo. Dia desses foi dia de fumar bastante. Duas comemorações de aniversário na mesma noite. Duas amigas queridíssimas. Para não ficar no Se me dão,comprei e estava instalado o terror. Amigos e amigas em recaída, a calçada em frente ao maravilhoso bar lotada de cinquentonas, sessentinhas e setentões em rota de fuga. Fumando escondidos de si mesmos. Claro, estava incluída. Iludido o efeito nefasto do dia seguinte, a dor de cabeça, as faces congestionadas, aculpa de ter influenciado o amigo com restrições sérias por causa da saúde. Todos unidos pelo dia de hoje, enfiamos o pé na jaca, como se diz. Numa jaca nefasta, poluente e horrorosa. Sem perdão. A segunda festa era num apartamento lindo. A amiga aniversariante tem um bom gosto que comove, é ummergulho na arte, no despojamento, na sabedoria de fruir os dias por todos os sentidos. Num retrô aos anos 1980, quando éramos muito jovens, a nuvem de fumaça envolveu o ambiente. Quem nunca fumou não compreende como é tolamente especial essa atmosfera turva e intoxicante. Umainsensatez prazerosa e a cumplicidade de estarmos juntos cometendo a infração. A única não fumante era ex-fumante. Além de condescendente e moderníssima. Do modernismo, a rigor. Um dia após, sei que todos estão com o mesmo sentimento. Não devia ter feito. Nunca mais faço. Até quem nega é assim que sente. Não é moralismo, consciência, sapiência. Não. É nossa alma de capetas do bem. A nossa transgressão em processo de arrependimento. Queremos ser mais saudáveis, mais corretos, mais exemplares. Nós com o cigarro, outros com outrospecados, caímos em tentação, pois. Por nossa culpa, por nossa tão grande culpa. Queremos não recair.Queremos domingos com respiração leve, em meio às plantas da varanda, abraçados com a virtude que noscuida. Uma água de coco, um banho de mar, o vento no rosto queimando ao sol. Ah, Thanatus, sai fora que não te queremos mais! *** *** *** Tuty Osório é jornalista, especialista em pesquisa qualitativa e escritora. São de sua lavra QUANDO FEVEREIRO CHEGOU (contos de 2022); SÔNIA VALÉRIA, A CABULOSA (quadrinhos com desenhos de Manu Coelho de 2023) e MEMÓRIAS SENTIMENTAIS DE MARIA AGUDA, dez crônicas, um conto e um ponto (crônicas e contos, também de 2023). CLIQUE AQUI PARA ACESSAR (exclusivo para os leitores do portal InvestNE)SÔNIA VALÉRIA, A CABULOSAQUANDO FEVEREIRO CHEGOUMEMÓRIAS SENTIMENTAIS DE MARIA AGUDA
Reportagens em vídeo podem concorrer ao Prêmio Sebrae de Jornalismo de 2024
Reportagens veiculadas em emissoras de televisão e em canais de jornalismo nas plataformas digitais podem concorrer ao 11º Prêmio Sebrae de Jornalismo (PSJ). As inscrições estão abertas até o dia 3 de junho pelo site www.premiosebraejornalismo.com.br. Serão premiados os melhores conteúdos jornalísticos sobre empreendedorismo e pequenos negócios, veiculados entre 5 de junho de 2023 a 2 de junho de 2024. Relevância do conteúdo da notícia, qualidade da narrativa e estética, fontes de informações, originalidade, inovação e criatividade são critérios considerados na avaliação dos trabalhos em vídeo. Além da categoria Vídeo, a iniciativa também vai reconhecer trabalhos em Texto, Áudio e Fotojornalismo. Há também a categoria especial Jornalismo Universitário, que aceitará a inscrição de conteúdos desenvolvidos durante curso de graduação em Jornalismo. Veja o regulamento completo em https://premiosebraejornalismo.com.br/ Orientações Na categoria Vídeo, podem ser inscritas reportagens ou séries com a duração de até 60 minutos. No caso de séries, o tempo total deve considerar a soma de todos os episódios. Ao preencher a inscrição, é só indicar o link em que o vídeo está hospedado. Quando a reportagem (ou série de reportagens) tiver sido veiculada apenas ao vivo, a recomendação é anexar na inscrição um arquivo em MP3 da reportagem, por meio de um link. Temas O objetivo do PSJ é reconhecer as melhores notícias sobre empreendedorismo e pequenos negócios, veiculadas em diferentes canais da imprensa brasileira ou novas plataformas digitais. O assunto é abrangente e os trabalhos podem abordar temas como: Sobre o Prêmio Sebrae de Jornalismo Instituído pelo Sebrae, o concurso jornalístico é referência no fomento ao jornalismo sobre empreendedorismo no Brasil. A iniciativa tem o objetivo de reconhecer e prestigiar as melhores reportagens sobre o universo do empreendedorismo, veiculadas em diferentes canais da imprensa brasileira. Na última edição, realizada no ano passado, o prêmio teve um recorde de quase 2 mil trabalhos inscritos, superando em 65% o número de inscrições de 2022.
Cagece e Vicunha inauguram estação para produção de água de reúso em Pacajus
A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e a Vicunha Serviços inauguraram Estação Produtora de Água de Reúso (EPAR) em Pacajus. O novo sistema visa a transformar esgoto doméstico em água reciclada para utilização das indústrias instaladas nos municípios de Horizonte e Pacajus. Além dos ganhos ambientais com a redução do uso de mananciais da região, a inciativa projeta impactos sociais e econômicos pela possibilidade de atrair novos investimentos para o Ceará. A estação produtora utilizará o esgoto doméstico tratado do município de Horizonte, para garantir o abastecimento de acordo com os padrões de qualidade de água industrial. A capacidade inicial da produção é de 60m³ por hora, com expectativa de expandir para até 130m³. Para a distribuição da água de reúso, também foram construídas 13km da adutora que vai abastecer as primeiras indústrias beneficiadas. Outras empresas locais também poderão participar do sistema. Ao todo, foram investidos cerca de R$ 60 milhões para a realização das obras. Além do sistema de água de reúso, o empreendimento inclui sistema de coleta, tratamento e disposição adequada do esgoto gerado pelas indústrias. Por meio de uma nova Estação de Tratamento de Esgoto Industrial (ETEI), os efluentes atenderão os padrões de lançamento da Resolução nº 02/2017 do COEMA.
Governador do Ceará assina decreto que regulamenta Distrito de Inovação e Saúde
O governador Elmano de Freitas participou, nesta sexta-feira (17), da inauguração do Centro Pasteur-Fiocruz de Imunologia e Imunoterapia, localizado na Fiocruz Ceará, no Eusébio (Região Metropolitana de Fortaleza). Antes da cerimônia, o governador esteve na abertura do simpósio internacional sobre imunologia e imunoterapia. Na oportunidade, Elmano de Freitas reforçou a parceria e assinou o decreto estadual que institui e regulamenta o Distrito de Inovação e Saúde do Ceará. “[O Decreto] permite tratamento tributário diferenciado, permite que nós possamos fazer investimentos maiores na infraestrutura daquilo que for necessário para atração das empresas aqui [Distrito de Inovação] se instalarem. Isso gera oportunidade de emprego e renda para o nosso povo, além do desenvolvimento científico, que é fundamental”, destacou o governador, garantindo também que será liberado recurso para a geração de energia solar na Fiocruz Ceará. O Distrito de Inovação e Saúde do Ceará será implantado na Fiocruz Ceará. O Governo do Estado é parceiro do projeto que reúne instituições públicas e privadas. A proposta é o compartilhamento e realização de iniciativas integradas de pesquisa, de desenvolvimento, de inovação e de serviços relacionados à saúde, sejam esses insumos farmacêuticos ativos (IFA) para medicamentos, reativos de diagnóstico, insumos de natureza médico-hospitalar, soluções digitais e inovações sociais em saúde, com foco no desenvolvimento econômico local e estadual, na sustentabilidade do sistema único de saúde e na soberania do Brasil no setor de saúde. Conforme o Decreto assinado nesta sexta, “as empresas instaladas no Distrito de Inovação e Saúde receberão do Estado os incentivos e o apoio necessários à instalação do negócio e à sua operação”. Centro Pasteur-Fiocruz Inaugurado nesta sexta, o Centro é uma ação pioneira de colaboração entre Instituto Pasteur de Paris e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O objetivo é tornar as imunoterapias mais acessíveis, reduzindo custos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e tornando-as disponíveis para mais pessoas. As ações do Centro terão três áreas científicas prioritárias: câncer; doenças infecciosas e negligenciadas; e doenças autoimunes, neurodegenerativas e inflamatórias. O Governo do Ceará é parceiro do Centro, por meio da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap). O equipamento conta ainda com o apoio financeiro do Ministério para a Europa e as Relações Exteriores da França, por meio de sua Embaixada em Brasília. A inauguração também contou com a presença do presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mario Moreira; do vice-presidente do Instituto Pasteur, Christophe D’Enfert; do cônsul-geral da França no Recife, Serge Gas; da coordenadora-geral da Fiocruz Ceará, Carla Celedonio; do secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha; das secretárias de Estado, Tânia Mara Coelho, da Saúde, e Sandra Monteiro, da Ciência, Tecnologia e Educação Superior; entre outras autoridades. Avanço na saúde pública Mário Moreira, presidente da Fiocruz, destacou que o Centro Pasteur-Fiocruz será fundamental para dar resposta conjunta e eficiente ao desafio global diante dessas doenças, beneficiando os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e o desenvolvimento científico no Nordeste brasileiro. “O Centro se destina à pesquisa translacional, uma pesquisa vocacionada para a inovação, para a geração de produtos, para o Sistema Único de Saúde. Está atrelado a um projeto nosso, com apoio total do Governo do Estado, de constituição de uma fábrica de biofármacos e outra para a produção do mosquito, para combate ao vetor da dengue. É um conjunto de investimentos que estamos tratando”, detalhou. O governador Elmano de Freitas também avaliou o impacto positivo que o trabalho do Centro pode causar na Política Estadual de Saúde, principalmente no atendimento aos pacientes oncológicos. “Estamos fazendo o maior plano de oncologia no Estado. Então, vamos ter no estado pesquisadores voltados às soluções para os sofrimentos das pessoas que têm câncer. As pesquisas também poderão baratear tratamentos que hoje são muito caros. Só em alguns casos, o Estado do Ceará investe hoje na ordem de R$ 72 milhões [anualmente]”. Fortalecimento da ciência, inovação e tecnologia A unidade reunirá pesquisadores brasileiros e estrangeiros, vinculados às duas instituições, com uma abordagem integrativa. Esse esforço vai melhorar o tratamento de doenças infecciosas e não transmissíveis através da imunoterapia. Esse espírito de cooperação, inclusive, fortalece a relação centenária entre a Fiocruz e o Instituto Pasteur, iniciada pelo médico e cientista Oswaldo Cruz em Paris, no século 19. É o que avaliam o vice-presidente do Instituto, Christophe D’Enfert, e o cônsul-geral da França no Recife, Serge Gas. “Estou convencido de que a parceria vai contribuir para novas descobertas e inovações, além da formação de uma nova geração de cientistas”, disse D’Enfert. “Existem hoje mais de 87 acordos de cooperação assinados entre universidades francesas e brasileiras, com 150 programas de duplos diplomas”, completou Serge Gas. O Centro Pasteur-Fiocruz vai colaborar estreitamente com o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), por meio de um laboratório de pesquisa e desenvolvimento que está em estruturação. A ideia é atuar em parceria com universidades, institutos de pesquisa e empresas públicas ou privadas. Representando o Ministério da Saúde, Carlos Gadelha defendeu que não se pode fazer saúde pública sem ciência e inovação. “Nós estamos discutindo um modelo de desenvolvimento voltado para a vida das pessoas, do planeta. Estamos também discutindo um projeto de equidade regional”. Emocionada, Carla Celedonio, coordenadora-geral da Fiocruz no Ceará, também falou sobre a importância desse novo passo. “Agradeço o apoio para com essa e todas as ações da Fundação em nosso Estado. Enquanto cearense e servidora da Fiocruz, é uma honra testemunhar esse momento que reforça a vocação da Fiocruz no Ceará”.
Lula: “Vamos reconstruir as casas e reerguer a vida no Rio Grande do Sul”
O presidente Lula viajou ao Rio Grande do Sul para acompanhar o trabalho de recuperação do estado e anunciar novas providências de socorro ao povo gaúcho. Dessa vez, o governo federal concederá uma série de auxílios emergenciais à população forçada a recomeçar a vida depois das enchentes sem precedentes. Nas últimas 24 horas, houve um alento: segundo a Defesa Civil, o estado não registrou volumes significativos de chuva. Ao lado de diversas autoridades, Lula visitou o abrigo instalado no campus da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) em São Leopoldo e reiterou o amparo irrestrito aos mais vulneráveis. “Todas as pessoas que perderam sua casa por conta dessa coisa que aconteceu aqui vão ter o direito de ter uma casa no padrão do Minha Casa Minha Vida, faixa 1 e faixa 2”, assegurou o presidente. Emocionado, o presidente levou uma mensagem de esperança ao povo gaúcho. “Vamos reconstruir as casas e reerguer a vida no Rio Grande do Sul”. “Eu agradeço a diferença que estamos fazendo no Brasil, todos juntos, e que vai marcar a vida das pessoas no estado do Rio Grande do Sul e também no restante do país”, destacou Lula. “Voluntários que deixaram o seu conforto para ajudar nossos irmãos do Sul. O Brasil que pegamos anos atrás é diferente do que estamos construindo agora com a solidariedade dos brasileiros com os gaúchos. Isso nos faz acreditar numa humanidade mais fraterna”. Reconstrução O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), deputado Paulo Pimenta (PT-RS), foi nomeado por Lula ministro extraordinário de reconstrução do estado do Rio Grande do Sul e ficará encarregado de articular as iniciativas do governo federal. Pimenta fez um balanço do que foi feito até agora e estimou os desafios a serem encarados à frente. “Mais de 80 mil pessoas foram salvas, nesse estado, por essa força-tarefa, que envolveu um trabalho extraordinário de milhares de voluntários e de voluntárias, que merecem todo o nosso respeito e agradecimento”, exaltou. “Nós temos consciência e noção da responsabilidade e do desafio que temos pela frente. É um fenômeno que ainda não está concluído. Temos a expectativa na região sul, as águas estão subindo em Rio Grande, Pelotas, São Lourenço (…) temos essa situação em boa parte da região metropolitana, com muitas cidades com milhares de casas debaixo d’água. Temos um número muito grande de pessoas desaparecidas.” De acordo com Pimenta, até o momento, 75 municípios gaúchos entraram com pedido de ajuda humanitária junto ao governo federal e já receberam os valores. “Municípios de até 50 mil habitantes, R$ 200 mil. Municípios de até 100 mil habitantes, R$ 300 mil. Municípios de mais de 100 mil habitantes, R$ 500 mil. Em menos de 24 horas”, elencou. “Nós já pagamos mais de R$ 100 milhões em ajuda humanitária, para que os municípios, os prefeitos, tenham condição de garantir água, alimento, colchão, banheiro químico, pagar óleo diesel, tudo aquilo que for necessário”, concluiu. Proteção social O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), detalhou longamente as novas providências do governo Lula para o Rio Grande do Sul. Elas estão direcionadas às cidadãs e aos cidadãos que tiveram os pertences destruídos pelas enchentes. “É uma ajuda para as pessoas que perderam sua geladeira, seu fogão, sua televisão, seus móveis, seu colchão”, disse. “Essas pessoas terão de forma rápida e facilitada, via Caixa Econômica Federal, a transferência nas suas contas de R$ 5,1 mil”, acrescentou, antes de ser aplaudido. O ministro da Casa Civil antecipou também a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aos moradores dos municípios ainda em estado de calamidade, sem a exigência do intervalo de 12 meses entre um saque e outro. “As pessoas poderão sacar (…) até o valor de R$ 6,22 mil.” Situação dramática Em situação crítica, o município de São Leopoldo, a 40 km da capital, Porto Alegre, foi um dos mais devastados pelas cheias, com cerca de 180 mil pessoas atingidas. O prefeito Ary Vanazzi (PT) ressaltou a situação dramática da cidade. “Eu tomei muitas enchentes na vida, na Campina, mas igual a essa eu não vi”, descreveu. “Todo o planejamento que nós formos fazer, daqui por diante, precisamos considerar que esse fenômeno climático não se repete só no Rio Grande do Sul e ele é fruto do descaso que a humanidade teve com a questão ambiental”, completou Vanazzi.
Ampliação da rede da Cagece beneficiará 300 mil pessoas em 10 bairros de Fortaleza
Para universalizar o acesso aos serviços de esgotamento sanitário e atender metas do Marco Legal do Saneamento, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) está investindo R$ 255 milhões na ampliação da rede de esgoto em 10 bairros de Fortaleza. O serviço beneficiará 300 mil pessoas. Quando estiver concluída, somente esta obra vai aumentar o percentual de cobertura de esgoto em cerca de 3%. De acordo com o gerente de Obras da Cagece, Celso Lira, este é atualmente o maior contrato em execução na companhia e conta com a implantação de mais de 200 km de rede coletora de esgoto, três estações elevatórias e uma estação de tratamento de esgoto. “Vamos instalar uma estação de tratamento de esgoto compacta de alta tecnologia, com rápida instalação e com tratamento terciário, cujo produto final pode ser reutilizado para fins industriais”, explica. O gestor acrescenta que inicialmente a estação de tratamento terá capacidade de vazão máxima inicial de 564l/s, com previsão de ampliação de vazão para 1.000l/s nos próximos vinte anos. Além disso, ele explica que o planejamento da obra busca executar a implantação da rede de modo que a gravidade atue no transporte dos efluentes para a estação de tratamento com o objetivo de otimizar o serviço e economizar energia elétrica. A obra conta com 24 frentes de trabalho e com 30% dos serviços finalizados. Os dez bairros contemplados são os que estão à margem esquerda do Rio Cocó: Itaperi, Serrinha, Dendê, Jardim Cearense, Parque Dois Irmãos, Mondubim, Maraponga, Passaré, Dias Macêdo e Boa Vista. Assista ao vídeo “Que Obra É Essa”, sobre o serviço de esgotamento sanitário em 10 bairros de Fortaleza: