Uma jornada pelo envelhecimento bem-sucedido

Uma jornada pelo envelhecimento bem-sucedido

Segundo do IBGE, o número de idosos acima dos 65 anos cresceu 57,4% nos últimos 12 anos no Brasil. Mas como essa população pode conquistar uma velhice saudável, bem-sucedida e ativa? Quem compartilha dicas e insights científicos de como ter um envelhecimento longevo, pleno e feliz é o especialista em gerontologia, professor de Educação Física e instrutor de Mindfulness, Ney Messias Jr. no livro De volta ao começo: uma jornada pelo envelhecimento.

A partir de experiências pessoais, o autor – também conhecido como SeuNeyzinho nas redes sociais – mostra que é possível tornar o processo natural da velhice em uma experiência prazerosa, mesmo em meio às adversidades. Ao instigar a prática do autoconhecimento, Ney destaca a importância da saúde cognitiva, e como manter o bem-estar físico, emocional, social e financeiro, apresentando uma abordagem integrativa, positiva e ancestral em prol de uma maturidade consciente.

O escritor propõe atividades práticas para exercitar o corpo, dicas de alimentação balanceada, como as finanças podem influenciar na velhice e, ainda, instiga ocupações que exercitam a mente e contribuem para uma melhor qualidade de vida. “Algumas escolhas simples estimulam a boa saúde. Por exemplo, atividades físicas, seja musculação ou caminhadas, são grandes marcadores de longevidade. Eles ajudam a estimular a fabricação de neurotransmissores essenciais para a cognição. As atividades artísticas, leitura e jogos de tabuleiro também, pois são ferramentas terapêuticas com comprovação científica para o bem-estar mental”, complementa o autor.

Somada às recomendações para vivenciar o melhor da maturidade, Ney Messias Jr. também alerta sobre a importância de manter-se ativo a fim de prevenir o isolamento e a depressão entre os idosos – principalmente em uma geração que os vê como frágeis, improdutivos, adoecidos, acomodados e, por tanto, trabalhosos. A fim de combater o etarismo, o gerontólogo ensina a conservar essa inclusão da população 60+ em todas as esferas da sociedade: não excluí-los do mercado de trabalho e inseri-los em atividades sociais e culturais são alguns exemplos.

O envelhecer acorda conosco todos os dias, desde o primeiro suspiro que damos. Nascemos e no instante seguinte já estamos mais velhos […] acolher o envelhecimento é aceitar a finitude de todas as coisas, é abraçar a impermanência e entender que tudo é passageiro. Tudo acaba, inclusive nós. Entendo que é essa negação da impermanência da vida que nos faz empurrar com a barriga as escolhas e as atitudes que temos de adotar o quanto antes para envelhecer de maneira bem-sucedida.

(De volta ao começo, p. 40 e 41)