O Governo do Ceará publicou edital para seleção de empresas interessadas em participar da primeira edição do “Feirão do Turismo Conheça o Brasil”, iniciativa do Ministério do Turismo (Mtur) em parceria com a Secretaria do Turismo do Estado (Setur-CE). As inscrições podem ser feitas neste link: clique aqui e faça a sua. Programado para 24 de agosto, de forma presencial – e de 24 a 26 de agosto de 2024, no formato virtual, apenas nos sites das empresas – o evento visa à participação das agências e operadoras interessadas em ofertar condições especiais de pagamento de passagens aéreas, hospedagem, cruzeiros, pacotes de viagem e passeios turísticos, como forma de movimentar o turismo no país. De acordo com o chamamento público, serão 25 empresas selecionadas para a 1ª edição do Feirão. O Governo do Ceará irá arcar com os custos necessários para realização do evento, de modo que venha a comportar todas as empresas participantes. Para conferir o edital completo, clique aqui. Adiamento Inicialmente, o “1º Feirão do Turismo: Conheça o Brasil” estava previsto para acontecer em maio. O adiamento aconteceu devido à situação climática no Rio Grande do Sul. A nova data foi definida pelo MTur em reunião extraordinária do Conselho Nacional do Turismo (CNT).
Vacina nacional contra mpox é prioridade da Rede Vírus
Desde a primeira emergência global por mpox, há dois anos, o Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolve um imunizante brasileiro capaz de prevenir a infecção. Em nota, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) informou que a iniciativa é uma das prioridades da Rede Vírus, comitê de especialistas em virologia criado para o desenvolvimento de diagnósticos, tratamentos, vacinas e produção de conteúdo sobre vírus emergentes no Brasil. No dia 14, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, declarou emergência em saúde pública de importância internacional em razão do aumento de casos e do surgimento de uma nova variante no continente africano. Dados do Ministério da Saúde indicam que, este ano, 709 casos da doença foram identificados no Brasil, sendo que nenhum, até o momento, provocado pela nova variante. De acordo com o MCTI, em 2022 o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos doou para a UFMG material conhecido como semente do vírus da mpox, uma espécie de ponto de partida para o desenvolvimento do insumo farmacêutico ativo (IFA), matéria-prima utilizada na produção do imunizante. “No momento, a pesquisa está na fase de estudo para o aumento da produção, verificando a obtenção de matéria-prima para atender a demanda em grande escala”, informou o ministério. A dose brasileira, segundo a pasta, é composta por um vírus semelhante ao da mpox, atenuado através de passagens em um hospedeiro diferente, até que perdesse completamente a capacidade de se multiplicar em hospedeiros mamíferos, como o ser humano. Outras vacinas De acordo com a OMS, existem, atualmente, duas vacinas disponíveis contra a mpox. Uma delas, a Jynneos, produzida pela farmacêutica dinarmaquesa Bavarian Nordic, também é composta pelo vírus atenuado e é recomendada para adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV. O segundo imunizante é o ACAM 2000, fabricado pela farmacêutica norte-americana Emergent BioSolutions, mas com diversas contra indicações, além de mais efeitos colaterais, já que é composta pelo vírus ativo, “se tornando assim, menos segura”, conforme avaliação do próprio MCTI. Com a declaração de emergência global anunciada pela OMS, o Ministério da Saúde anunciou que negocia a compra de 25 mil doses da Jynneos junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Desde 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso provisório do imunizante, o Brasil já recebeu cerca de 47 mil doses do imunizante e aplicou 29 mil.
Mpox não é nova covid, diz diretor da Organização Mundial da Saúde
O diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, disse hoje, terça-feira (20.8), em Genebra (Suíça), que a mpox – independentemente de se tratar da nova variante 1, por trás do surto atual na África, ou da variante 2, responsável pela emergência global em 2022 – não configura “uma nova covid”. “Sabemos muito sobre a variante 2. Ainda precisamos aprender mais sobre a variante 1. Com base no que sabemos, a mpox é transmitida sobretudo através do contato da pele com as lesões, inclusive durante o sexo”, disse. “Sabemos como controlar a mpox e – no continente europeu – os passos necessários para eliminar completamente a transmissão,” disse. O diretor regional da OMS lembrou que, há dois anos, foi possível controlar a doença na Europa graças ao envolvimento direto com grupos mais afetados, incluindo homens que fazem sexo com homens (HSH). “Implementamos uma vigilância robusta, investigamos exaustivamente novos contatos de pacientes e fornecemos conselhos sólidos de saúde pública”, detalhou. “Mudança de comportamento, ações não discriminatórias de saúde pública e vacinação contra a mpox contribuíram para controlar o surto [em 2022]”, disse. “Mas, devido à falta de compromisso e de recursos, falhamos na reta final”, alertou, ao citar que a Europa registra, atualmente, cerca de 100 novos casos da variante 2 todos os meses. Emergência global Para Kluge, a nova emergência global por mpox – provocada pela nova variante 1 – permite que o continente volte a se concentrar também na variante 2. Dentre as ações destacadas por ele estão fortalecer a vigilância e o diagnóstico de casos e emitir recomendações de saúde pública, inclusive para viajantes, “baseados na ciência, não no medo, sem estigma e sem discriminação”. O diretor OMS Europa destacou ainda a necessidade de aquisição de vacinas e medicamentos antivirais para os que mais precisam, conforme estratégias de risco. “Em suma, mesmo que reforcemos a vigilância contra a nova variante 1, podemos – e devemos – nos esforçar para eliminar a variante 2 do continente de uma vez por todas”, preconizou. “A necessidade de uma resposta coordenada, neste momento, é maior na região africana. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças na África declarou a mpox uma emergência continental pouco antes da declaração global feita pela OMS. A Europa deve optar por agir em solidariedade”, concluiu, ao citar ações imediatas para o que classificou como “momento crítico”, como também ações de longo prazo.
Cagece doa 42,5 kg de lacres metálicos para aquisição de equipamentos de acessibilidade
A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) realizou neste mês de agosto nova doação de lacres de latas de alumínio,na campanha “Eu Ajudo na Lata”, criado pela Unimed Brasil. Somente em 2024, a companhia já doou 42,5 kg de lacres metálicos, armazenados em garrafas PET. O valor da venda do material é revertido para a compra de cadeiras de rodas, muletas e andadores, que são doados para instituições que atendem pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida no Ceará. A Cagece atua como parceira da ação desde 2023 e desde o início da arrecadação, já doou o montante de 78,9 kg lacres metálicos. Mônica Teles, engenheira ambiental da Cagece, detalha que a ação se relaciona com o programa de Coleta Seletiva Solidária, que compõe a Política Ambiental da Cagece, nos eixos de resíduos sólidos e educação ambiental. “O metal é altamente reciclável e considerado um material nobre na cadeia de reciclagem. Sempre reforçamos que a latinha pode ser mandada para a coleta seletiva e o lacre pode ser guardado para a campanha, que além de ser reciclado, irá fomentar uma ação social dentro do nosso estado, ajudando pessoas que necessitam de equipamentos que auxiliam a locomoção”, afirma Mônica. A analista de responsabilidade social da Unimed Fortaleza, Alyne Jales, reforça que “a gente tem muita gratidão por essa campanha, pelos nossos parceiros externos e por ter a Cagece, que é uma gigante do nosso estado, presente junto com a gente”. Lacre Solidário Para acelerar a arrecadação dos lacres metálicos entre os colaboradores, a Cagece adotou a campanha interna “Lacre Solidário”. Cada uma das unidades da companhia na capital e no interior atua como ponto de coleta de materiais. O colaborador que preenche uma garrafa PET com os lacres, recebe como brinde uma bolsa produzida pelas artesãs do Programa Reciclocidades com materiais recicláveis. Desde 2009, o Programa Reciclocidades da Cagece desenvolve atividades para gerar trabalho e renda para mulheres em situação de vulnerabilidade social, por meio da transformação de resíduos sólidos em novos produtos passíveis de comercialização.
Brasil tem recorde de pedidos de demissão; Busca por qualidade de vida no trabalho faz crescerem as decisões de empregados
Da Rede Lado, que agrega operadores da Justiça Trabalhista: Os pedidos de demissão bateram recorde no mercado formal do Brasil em 2023: foram 7,4 milhões de pessoas pedindo as contas, quase 2 milhões a mais do que no último período de alta mobilidade, em 2010. Mas nem só por melhores salários estes trabalhadores e trabalhadoras estão procurando; questões como reconhecimento, menos estresse e bom relacionamento com a chefia pesam na hora da decisão, segundo dados da sondagem “Os Motivos dos Desligamentos a Pedido”, realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em 2024, a tendência é de que os números continuem altos, pois o segundo semestre recém começou e os resultados de 2010, quando 4,6 milhões pediram demissão no país, já foram ultrapassados. De acordo com o levantamento do MTE, ainda que os baixos salários sejam a principal razão pela qual é solicitado o desligamento (32,5%); entre as outras motivações apresentadas estão a garantia de outro emprego em vista (36,5%), falta de reconhecimento no trabalho atual (24,7%), problemas éticos com a forma de trabalho da empresa (24,5%), problemas com a chefia imediata (16,2%) e falta de flexibilidade na jornada (15,7%). O levantamento inédito do MTE foi feito por meio do aplicativo da carteira de trabalho digital e contou com a participação de 53.692 trabalhadores que pediram o desligamento entre novembro de 2023 e abril de 2024. Os resultados mostram que as mulheres sofrem mais com problemas relacionados à chefia imediata e flexibilidade na jornada, além de serem as principais vítimas de adoecimento mental provocado pelo estresse do trabalho. “Como esperado, mulheres mencionam mais o cuidado com crianças e outros membros da família (13%) em comparação a homens (6%)”, explica Paula Montagner, subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho do Ministério, que conduziu o levantamento.
Seminário do MP abordará ferramentas tecnológicas para localização de desaparecidos
A Escola Superior do Ministério Público do Ceará promoverá no próximo dia 27 seminário com o tema “Desaparecidos – investigação, tecnologia, articulação e acolhimento para enfrentar o fenômeno”. A atividade será realizada das 9h às 15h, no auditório da ESMP, no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza, com transmissão pela plataforma Teams. Interessados devem se inscrever na plataforma da ESMP/Ceaf. O seminário visa apresentar os mecanismos e ferramentas para uma ação mais eficaz na busca de pessoas desaparecidas, com o uso de recursos tecnológicos e articulação entre órgãos. O evento será destinado a promotores de Justiça; servidores; estagiários; profissionais das forças de segurança pública, como policiais, bombeiros, guardas municipais; estudantes universitários das áreas do Direito, Serviço Social, Psicologia, Ciência Política e grupos de pesquisa; além dos familiares de pessoas desaparecidas. A ação é realizada pelo Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos do Ceará, do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Cidadania; Comitê Estadual de Enfrentamento ao Desaparecimento de Pessoas; Secretaria de Direitos Humanos; Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social; Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas da Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará; da 12ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa; da Perícia Forense do Estado do Ceará; da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública; e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Confira a programação: 8h30 – Credenciamento 9h – Mesa de Abertura 9h30 – Painel 1: Prevenir, solucionar e garantir direitos Presidente de Mesa: Joseana França Pinto – Promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NUAVV) Debatedores: ● Patrícia Lopes Aragão – Delegada da 12ª DHPP – Delegacia de Desaparecidos;● Augusto Soares Flavio – Delegado de Polícia Civil do Estado do Ceará;● Júlio Torres – Perito Geral da Perícia Forense (Pefoce). 10h45 – Intervalo 11h – Painel 2: Estratégias em tecnologia na investigação em busca e identificação de Desaparecidos.Presidente de Mesa: Hugo Frota Magalhães Porto Neto – Promotor de Justiça, coordenador do Laboratório de Inovação (Lino) e coordenador auxiliar do Centro de Apoio Operacional da Cidadania (Caocidadania) Debatedores: ● Darko Vieira Cristiano Hunter – Diretor Técnico de Localização Familiar e Desaparecidos da Prefeitura de São Paulo;● Jézer Ferreira – Coordenador Cyber Hunter Academy , especialista Open Source Intelligence (OSINT) e instrutor da Interpol;● André Luiz Cruz – Gestor do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID-MPRJ); ● Maria Carolina de Paula Santos Steindorfer – Promotora de Justiça e coordenadora auxiliar do Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim). 12h30 – Intervalo para Almoço 13h30 – Painel 3: Articulação interinstitucional em benefício das pessoasdesaparecidas e suas famílias.Presidente de Mesa: Berg Menezes (PLID-MPCE) Debatedores: ● Mariana França e Eliária Ferreira – Integrantes do Coletivo Mulheres de Fé com Esperança;● Jovanil Oliveira – Secretário Executivo dos Direitos Humanos do Ceará);● Daniel Mamede – Assessor de Proteção de Vínculos Familiares no escritório do CICV em Fortaleza;● Gina Kelly Pontes Moura – Defensora Pública e coordenadora da Rede Acolhe. 15h – Encerramento
Conheça cinco sinais de que você desanimou do trabalho e saiba o que fazer para recuperar a paixão
A transição para a carreira gerencial é um desafio complexo que exige mudança significativa de mentalidade. Para auxiliar quem percorre esse caminho e deseja aprimorar competências que sustentam a liderança, o especialista em desenvolvimento profissional e consultor empresarial Yuri Trafane lança o livro Os Quatro Papéis. Ao longo das páginas, o leitor mergulha nas particularidades dos quatro papéis essenciais que profissionais em cargos gerenciais devem desempenhar: líder, gestor, estrategista e empreendedor intracorporativo. A importância de engajar equipes, estabelecer metas claras, desenvolver uma visão sistêmica e estimular a inovação constante são alguns dos temas abordados. Os pilares servem como facilitadores para enfrentar as complexidades reais do universo corporativo e estão fundamentados em competências técnicas (práticas), cognitivas (conhecimentos) e essenciais (talentos), que podem ser desenvolvidas e aprimoradas. Segundo Trafane, ao compreender e dominar esses diferentes papéis, o líder estará bem preparado para conduzir sua organização rumo ao sucesso. É fundamental, mas não basta entender a diferença entre os diversos degraus da carreira executiva. É essencial perceber também que em cada degrau há um conjunto de papéis diferentes, mas complementares, que devem ser representados harmonicamente para que o êxito individual e corporativo possa acontecer de forma consistente e perene. (Os Quatro Papéis, pg. 23) A obra é fruto da vivência empresarial do autor. O conteúdo também teve como base diálogos com executivos das centenas de empresas para as quais ele trabalhou. 3M, Bayer, Bosh, BTG, Ceratti, Coca-Cola, Eaton, IBM, iFood, LG, Mary Kay, Natura, Nestlé, Nivea, Pão de Açúcar, Pirelli e Walmart são alguns dos gigantes atendidos nas últimas duas décadas. Com vasta experiência como executivo e por sua atuação como líder de programas de desenvolvimento em grandes organizações por meio da Ynner, empresa fundada em 2002, Yuri Trafane apresenta no livro uma perspectiva pragmática que não apenas identifica os desafios enfrentados pelos líderes corporativos, mas também oferece um guia acionável para superá-los. A partir da exploração de conceitos-chave relacionados à liderança, gestão, estratégia e empreendedorismo, Os Quatro Papéis se destaca como um recurso para quem busca a excelência na maneira de gerir equipes e negócios. Uma leitura indispensável para guiar profissionais de todas as áreas em suas jornadas rumo à prosperidade organizacional.
Fonte de energia solar já representa 19,5% da matriz elétrica no País
A fonte de energia solar no Brasil ultrapassou 46 gigawatts (GW) de potência instalada na geração própria de pequenos sistemas e nas usinas de grande porte, o equivalente a 19,4% da matriz elétrica brasileira, de acordo com mapeamento da Associação Brasileira de Energia fotovoltaica (Absolar). Segundo a entidade, o setor fotovoltaico já atraiu mais de R$ 214,9 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 1,38 milhão de empregos verdes no País. Adicionalmente, a fonte solar já evitou a emissão de 55,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. Desde 2012, os negócios no setor garantiram mais de R$ 66 bilhões em arrecadação aos cofres públicos. Na geração própria solar, são 31,2 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a cerca de R$ 150,6 bilhões em investimentos, R$ 44,9 bilhões em arrecadação e mais de 936 mil empregos verdes acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento. Já no segmento de geração centralizada, as grandes usinas solares possuem mais de 14,9 GW de potência no País, com cerca de R$ 63,9 bilhões em investimentos acumulados e mais de 447 mil empregos verdes gerados desde 2012. Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar, ressalta que o protagonismo da tecnologia fotovoltaica na transição energética brasileira contribui fortemente para o desenvolvimento social, econômico e ambiental, em todas as esferas da sociedade. “Além de acelerar a descarbonização das atividades econômicas e ajudar no combate ao aquecimento global, a fonte solar tem papel cada vez mais estratégico para a competitividade dos setores produtivos, alívio no orçamento familiar, independência energética e prosperidade das nações”, explica. “A energia solar é uma das fontes mais competitivas do Brasil. E, por isso, é a que cresce mais rápido, seja nos sistemas de pequeno porte nos telhados e terrenos e seja nas grandes usinas conectadas no Sistema Interligado Nacional (SIN). Quem investe na geração própria fotovoltaica, por exemplo, consegue economizar até 90% na conta de energia. E o retorno é rápido, pois o preço dos módulos caiu mais de 50% no ano passado”, acrescenta Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar.
Opinião: “Nem-nem: 20,6% dos jovens brasileiros não estudam nem trabalham”
Texto de Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria: Levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela um dado alarmante: o Brasil possui uma das maiores taxas de jovens que não estudam nem trabalham – os chamados “nem-nem” – em comparação a outros países. Em 2023, 20,6% dos brasileiros se encontravam nessa condição, enquanto na Argentina essa parcela era de 15%, e na Bolívia e Chile, 9,5% e 15,3%, respectivamente. Esses números levantam questões profundas sobre o estado da economia brasileira, as oportunidades de emprego e a educação no país. Entender por que o Brasil lidera esse ranking indesejado requer uma análise das condições econômicas e sociais que perpetuam essa situação. A desaceleração econômica que o Brasil experimentou na última década, agravada pela pandemia de Covid-19, contribuiu para o aumento do desemprego e para a falta de oportunidades educacionais de qualidade. Além disso, a informalidade do mercado de trabalho e a precariedade das políticas públicas voltadas para a juventude tornam a transição da escola para o trabalho ainda mais desafiadora. A questão de gênero O estudo da OIT destaca outro aspecto crucial: a disparidade de gênero. A cada três pessoas “nem-nem”, duas são mulheres. Essa diferença é, em grande parte, consequência de uma recuperação desigual no mercado de trabalho pós pandemia, onde os homens foram mais rapidamente reabsorvidos. As mulheres, especialmente as mais jovens e de baixa renda, enfrentam barreiras adicionais, como a responsabilidade desproporcional pelos cuidados domésticos e a falta de políticas eficazes de apoio à maternidade e à inserção no mercado de trabalho. Impactos econômicos e sociais A presença significativa de jovens “nem-nem” não é apenas uma questão individual, mas um problema estrutural que afeta toda a sociedade. Jovens fora do mercado de trabalho ou da educação representam uma perda de capital humano, diminuindo a capacidade produtiva do país e agravando as desigualdades sociais. Além disso, essa situação pode gerar um ciclo vicioso de exclusão e marginalização, dificultando ainda mais a inclusão dessas pessoas no futuro. Quando comparado a países como Argentina, Bolívia e Chile, o Brasil se destaca negativamente. Embora todos esses países enfrentem desafios socioeconômicos, a menor taxa de “nem-nem” na Bolívia e no Chile sugere que políticas mais eficazes de inclusão e desenvolvimento juvenil foram implementadas. A Argentina, embora também apresente problemas semelhantes, ainda consegue manter um número significativamente menor de jovens nessa situação. Soluções potenciais Abordar a questão dos “nem-nem” no Brasil requer uma abordagem multidimensional. Em primeiro lugar, é necessário fortalecer as políticas públicas que incentivem a educação e a qualificação profissional, especialmente para as mulheres. Programas de apoio ao primeiro emprego, parcerias público-privadas para a criação de estágios e aprendizagens e incentivos à formalização do trabalho são fundamentais. Além disso, é imprescindível que o Brasil desenvolva políticas de proteção social que permitam às mulheres participar plenamente do mercado de trabalho, incluindo creches acessíveis e licença parental mais equitativa. Investir em educação de qualidade e em oportunidades de qualificação para os jovens, especialmente os mais vulneráveis, é essencial para evitar que continuem à margem da sociedade. A situação dos jovens “nem-nem” no Brasil é um sintoma de problemas mais profundos no tecido socioeconômico do país. A solução não será simples, mas deve começar com um reconhecimento das falhas sistêmicas e uma vontade política de implementar mudanças significativas. Sem isso, corremos o risco de perpetuar um ciclo de pobreza, exclusão e falta de oportunidades, condenando uma parte significativa de nossa população jovem a um futuro incerto e limitado. Neste contexto, é crucial refletirmos sobre o local que queremos construir para as próximas gerações e quais ações estamos dispostos a tomar para garantir que cada jovem brasileiro tenha a oportunidade de estudar, trabalhar e contribuir para o desenvolvimento do país.
A Coluna do Roberto Maciel (terça, 20.8): Os jumentos na mira da ganância internacional
DizimadosHá três empresas que concentram o abate de jumentos no País, segundo ativistas da causa asinina. Estão na Bahia, funcionando sob inspeção federal exercida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Especialistas apontam que o extrativismo impõe pressão sem precedentes sobre raças de asininos adaptadas ao Brasil, “causando redução de 56% da população de jumentos em 10 anos”. Nosso irmãoÉ sempre comovente lembrar Luiz Gonzaga citando o padre Antônio Vieira (1919-2003), varzealegrense que chegou a deputado federal e foi pioneiro na defesa dos asininos: “Agora, meu patriota/Em nome do meu sertão/Acompanhe o seu vigário/Nessa terna gratidão/Receba nossa homenagem/Ao jumento, nosso irmão”. Animal Nesse cenário, vale também recordar o ex-ministro Delfim Netto, morto na semana passada, para notar que dinheiro enxerga gente e bichos com a mesma cobiça: “A empregada doméstica, infelizmente, não existe mais. Quem teve este animal, teve. Quem não teve, nunca mais vai ter”. Poder “xóven”!O Brasil enfrenta neste momento causas urgentes – com ênfase especial no combate ao desemprego, no controle da inflação, na retomada de investimentos e na contenção do fascismo na política. Pois creia: a Associação dos Jovens Empresários de Fortaleza promoverá sábado seu 1º Campeonato Solidário de Beach Tennis. Pós-adolescência empresarialO evento da AJE será numa academia chique no chique bairro Guararapes. Diz a entidade que o evento vai unir “esporte, solidariedade e networking em um ambiente de descontração e responsabilidade social”. O ingresso custa R$ 89,90 e a inscrição tem taxa de R$ 119,90, com renda revertida para o Iprede. ReferênciaA Federação dos Bairros e Favelas de Fortaleza, entidade referencial para movimentos progressistas na cidade, está fazendo 42 anos. A Assembleia do Ceará celebrou a data ontem. A FBFF é como uma “tia-avó” do Movimento Sem-Teto, que tem à frente em São Paulo o deputado Guilherme Boulos (PSol). FiascoPegou mal para o bolsonarismo-raiz o primeiro ato da campanha do coronel Aginaldo de Oliveira (PL) com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Não apareceram nem 500 pessoas no ato, apesar da presença do “mito”. Aginaldo, que disputa a Prefeitura de Caucaia, é mencionado pelo bom-humor do eleitor como “primeiro-damo” da deputada paulista Carla Zambelli.