Poliol de fontes renováveis é estratégico para Grupo Flexível

O Grupo Flexível, um dos maiores fabricantes nacionais de tecnologias em poliuretano, acaba de publicar seu primeiro relatório de sustentabilidade, dando destaque ao desenvolvimento do poliol de fontes renováveis, que substitui o material petroquímico na formulação do poliuretano. O material já está sendo produzido em larga escala pela empresa.

Esse tipo de poliol, que começou a ser desenvolvido pela empresa em 2023 – é criado a partir de ésteres graxos, ou ácidos graxos de origem vegetal, oriundos de sementes e resíduos do agronegócio – sem causar impacto na produção de alimentos. Junto ao isocianato, o material compõe o poliuretano, substituindo o poliol derivado do petróleo em qualquer formulação.

Bastante versátil, o poliol de fontes renováveis pode ser aplicado como componente para a fabricação de vários tipos de produtos, como espumas rígidas, flexíveis, revestimentos, elastômeros, adesivos, selantes, entre outros. De acordo com estudos elaborados por consultoria externa, este tipo de poliol reduz em até 90% a emissão de gases efeito estufa na atmosfera durante o seu processo de fabricação.

“Nossa previsão é que o poliol de fontes renováveis represente um crescimento de até 30% da empresa no mercado nacional, dentro dos próximos dois anos. É um produto muito adaptável, e pode compor até 70% das formulações de poliuretano, que podem ser adaptadas para atender às necessidades de cada cliente”, explica Thaize Schmitz, diretora de Inovação, Novos Negócios, Marketing e Sustentabilidade.

O poliol de fontes renováveis já é usado por empresas do setor calçadista, em que compõe 64% da formulação usada para a fabricação de palmilhas sustentáveis. Este produto foi aprovado no teste de material de base biológica feito pelo laboratório norte-americano, Beta Analytic, e apresenta mais resistência a rasgos do que o poliol convencional. “É um produto comprovadamente sustentável que mantém características como absorção de impacto, conforto e flexibilidade”, completa Thaize.    

Crescimento superior ao mercado

O Grupo Flexível tem registrado um crescimento significativo, frente à atual média do setor químico brasileiro. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) – o mercado nacional registrou uma retração de 10,1% na produção em 2023. Para se ter uma ideia, o Grupo Flexível registrou, no mesmo período, um crescimento de 52,7% no volume de produção, acompanhado de um aumento de 53% no número de colaboradores, culminando em um faturamento 29% maior em relação a 2022.

E o crescimento da empresa é alavancado, em parte, pelo desenvolvimento de novos produtos para atender às necessidades dos clientes da cadeia do frio, calçadista, moveleiro, automotivo, construção civil, industrial e esportivo, uma das principais características do negócio – e que representou 13% do faturamento da empresa ano passado. Para suportar a inovação contínua, o Grupo Flexível vem continuamente aprimorando seu Centro de Desenvolvimento Tecnológico, localizado na sede da empresa. Com uma estrutura de 200 m², e uma equipe de especialistas, é um dos laboratórios de tecnologias de poliuretano mais completos do país.

Descarbonização também é foco

Além do investimento em inovação e do uso de materiais sustentáveis, o Grupo Flexível também investe na redução de sua pegada de carbono, por meio da ampliação do uso de matérias-primas de fontes renováveis, descarbonização da sua matriz energética e também com a adoção de insumos de menor impacto ao meio ambiente.

O processo de descarbonização começou em 2020, com a implementação de um sistema de placas fotovoltaicas que supre parte das necessidades energéticas da operação na matriz, evitando a emissão de 47,39 toneladas de CO2 entre os anos de 2022 e 2023. Outro ponto foi a substituição, em 2020, do gás hidroclorofluorcarbono (HCFC) usado para a expansão da espuma e proibido no país, pelo hidrofluorcaboneto (HFO) – que não gera nenhum tipo de emissão e nem é inflamável – sendo ideal para as aplicações termoacústicas.

Em 2023, a empresa também reduziu em 55% o volume de resíduos destinados a aterramento – passando de 99,09 toneladas em 2022 para 44,89 t no ano passado. Uma das ações que gerou este resultado foi a logística reversa gerada na formulação do poliol. Antes destinado ao aterramento, passou a ser preparado para uma nova utilização como matéria-prima.

O Grupo Flexível também atua em projetos de economia circular, promovendo a reciclagem mecânica e química do poliuretano pós-consumo, preparando o produto para ser reutilizado.

Relatório de Sustentabilidade

O primeiro relatório de sustentabilidade do Grupo Flexível marcou o estabelecimento de uma governança para a área de Sustentabilidade. A empresa agora conta com um Comitê de Sustentabilidade interno, e também uma estrutura de governança corporativa que coloca os objetivos relacionados às práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) no mapa estratégico da empresa.

A elaboração do documento envolveu consultas públicas a diversos públicos de interesse, entre eles fornecedores, clientes, colaboradores e também a comunidade estabelecida ao redor da empresa, cuja matriz fica em Jaraguá do Sul, Santa Catarina.

O documento foi baseado nas diretrizes do GRI – Global Reporting Initiative, e abrange os anos de 2022 e 2023. O relatório na íntegra pode ser acessado no seguinte endereço: https://grupoflexivel.com.br/sustentabilidade/

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