Cerca de R$ 3,4 bilhões em créditos serão destinados à compra de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos para as indústrias brasileiras. Os recursos integram o programa Depreciação Acelerada, que foi sancionado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A iniciativa tem potencial para alavancar investimentos de R$ 20 bilhões, com reflexos no Produto Interno Bruto (PIB) e na geração de empregos. A ação impacta diretamente pequenos negócios da indústria, que são 94% das empresas do setor.
“Recebemos com muita alegria essa notícia, pois mostra todo o empenho do governo do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin em promover a retomada na economia brasileira. Para que o setor da indústria volte a crescer, é fundamental que os pequenos negócios estejam inseridos nesse processo. Com essa nova política de industrialização desenvolvida, creio que estamos diante de um momento de transformação no nosso país”, afirmou o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima.
A depreciação acelerada é um mecanismo que funciona como antecipação de receita para as empresas. Toda vez que adquire um bem de capital, o empresário pode abater seu valor nas declarações futuras de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). Com a depreciação acelerada, o abatimento das máquinas adquiridas em 2024 poderá ser feito em apenas duas etapas – 50% no primeiro ano, 50% no segundo. Os setores a serem inicialmente beneficiados pela medida serão definidos por decreto presidencial nas próximas semanas.
Brasil Mais Produtivo
Outra iniciativa que vem sendo desempenhada para levar mais competitividade e promover uma transformação digital é o novo Brasil Mais Produtivo, que está alinhado às estratégias do plano Nova Indústria Brasil. O programa é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em parceria com Sebrae, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industria (Embrapii).
Lançado em novembro do ano passado, o Brasil Mais Produtivo destina R$ 2 bilhões para o engajamento de 200 mil empresas até 2027, com atendimento direto do Sebrae e do Senai a 93,1 mil. A porta de entrada para a iniciativa, disponível para empresas industriais de qualquer lugar do país, é a Plataforma de Produtividade.