- Começa amanhã, na Assembleia Legislativa do Ceará, o workshop Jumentos do Brasil: Futuro Sustentável. O evento terá como tema principal “O Valor do Patrimônio Histórico e Cultural”, reunindo especialistas em diferentes áreas e representações sociais e do poder público. A questão pode parecer de menor importância para muitos, mas vale observar, entre outros aspectos, o relevante papel da espécie na economia, nas tradições e na preservação ambiental de regiões como o Nordeste. Apesar da importância, os jumentos estão sob risco de serem dizimados para abastecer a indústria chinesa de colágeno extraído do couro. “São estimadas 4,8 milhões de peles de jumentos por ano, em todo o mundo, para atender a essa demanda. O produto principal de abate de jumentos não é a carne, mas, diferentemente do que muitos supõem, a pele”, explicam os organizadores do evento em Fortaleza. Dados do Ministério da Agricultura e Pecuária indicam que de uma população de 900 mil animais, estimada no censo de 2011, restam cerca de 400 mil jumentos no Brasil.
Dizimados
Há três empresas que concentram o abate de jumentos no País, segundo ativistas da causa asinina. Estão na Bahia, funcionando sob inspeção federal exercida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Especialistas apontam que o extrativismo impõe pressão sem precedentes sobre raças de asininos adaptadas ao Brasil, “causando redução de 56% da população de jumentos em 10 anos”.
Nosso irmão
É sempre comovente lembrar Luiz Gonzaga citando o padre Antônio Vieira (1919-2003), varzealegrense que chegou a deputado federal e foi pioneiro na defesa dos asininos: “Agora, meu patriota/Em nome do meu sertão/Acompanhe o seu vigário/Nessa terna gratidão/Receba nossa homenagem/Ao jumento, nosso irmão”.
Animal
Nesse cenário, vale também recordar o ex-ministro Delfim Netto, morto na semana passada, para notar que dinheiro enxerga gente e bichos com a mesma cobiça: “A empregada doméstica, infelizmente, não existe mais. Quem teve este animal, teve. Quem não teve, nunca mais vai ter”.
Poder “xóven”!
O Brasil enfrenta neste momento causas urgentes – com ênfase especial no combate ao desemprego, no controle da inflação, na retomada de investimentos e na contenção do fascismo na política. Pois creia: a Associação dos Jovens Empresários de Fortaleza promoverá sábado seu 1º Campeonato Solidário de Beach Tennis.
Pós-adolescência empresarial
O evento da AJE será numa academia chique no chique bairro Guararapes. Diz a entidade que o evento vai unir “esporte, solidariedade e networking em um ambiente de descontração e responsabilidade social”. O ingresso custa R$ 89,90 e a inscrição tem taxa de R$ 119,90, com renda revertida para o Iprede.
Referência
A Federação dos Bairros e Favelas de Fortaleza, entidade referencial para movimentos progressistas na cidade, está fazendo 42 anos. A Assembleia do Ceará celebrou a data ontem. A FBFF é como uma “tia-avó” do Movimento Sem-Teto, que tem à frente em São Paulo o deputado Guilherme Boulos (PSol).
Fiasco
Pegou mal para o bolsonarismo-raiz o primeiro ato da campanha do coronel Aginaldo de Oliveira (PL) com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Não apareceram nem 500 pessoas no ato, apesar da presença do “mito”. Aginaldo, que disputa a Prefeitura de Caucaia, é mencionado pelo bom-humor do eleitor como “primeiro-damo” da deputada paulista Carla Zambelli.