- “Revoltante e inaceitável”. É assim que o sargento da PM do Ceará Wendson Borges, presidente da Associação dos Praças, inicia vídeo que tem distribuído nas redes sociais. Ele completa a frase com outra, de efeito mas nada original: “Estamos perdendo a guerra para o crime organizado”. Depois, desfia um longo e lamentoso texto sobre companheiros que morreram. Assim como outros fardados, alguns dos quais rumaram para a política partidária, como Wagner Souza, Flávio Sabino, Reginauro de Souza e Noélio Oliveira, o sargento Borges acha que é uma boa ideia atacar a instituição à qual pertence. Ao dizer que “estamos perdendo a guerra para o crime organizado”, diminui a eficiência o comando, o valor social e a força da corporação. De quebra, a chama de incompetente. É esse um jeito adequado para os militares e a população enxergarem a Polícia? Não é, mas é o jeito como políticos da caserna enxergam.
Perigo
“Revoltantes e inaceitáveis” também são procedimentos adotados por integrantes da tropa. Até oficiais e suboficiais enveredam nesse caminho enviesado. Muitos almejam espaços parlamentares e, com esse objetivo, arvoram-se de especialistas em segurança pública, o que não são, embora sejam profissionais da área, e desatam a detonar as instituições que integram.
Chiadeira justa
Sindicato de terceirizados na Prefeitura de Fortaleza estrilou contra o anúncio do prefeito Evandro Leitão (PT) de que até 30% deverão ser dispensados. “Como é que se pode falar em corte, se a cidade vem de desafios grandes na educação, na saúde, em todas as áreas?”, reclama a presidenta da entidade, Penha Mesquita.
Tome fôlego
A propósito, a entidade se chama Sindicato dos Trabalhadores Prestadores de Serviços Terceirizados em Asseio, Conservação, Serviço Administrativo, Administração de Mão-de-Obra e de Limpeza Pública e Privada do Estado do Ceará. Essas 25 palavras, com 168 letras, podem ser resumidas na quase impronunciável sigla “Seeaconce”.
Onipresença
O pessoal de asseio e conservação e outras tarefas atua em todas as secretarias e equipamentos públicos – sejam escolas, unidades de saúde e setores burocráticos. Ainda assim, o Sindicato não tornou pública ainda nenhuma agenda de manifestação ou encontro com gestores municipais.
Clone mental
O bolsominion Pedro Matos (Avante) pôs para tramitar na Câmara Municipal projeto que propõe ação à qual batizou de “Fortaleza Cuida da Mente”. A ideia é dar a professores e servidores de escolas noções para que identifiquem sinais de sofrimento emocional de alunos. A proposta é clonada. Baseia-se em iniciativa que, segundo consta na Internet, existe em algumas cidades desde 2019. Mas que não se perca: tem tudo a ver com o Janeiro Branco.
Terra da luz
O título com o qual o abolicionista José do Patrocínio brindou o Ceará em 1884, por ter sido o primeiro Estado a libertar os escravos no Brasil, ganhou uma força do Banco do Nordeste. A instituição abriu a possibilidade de que residentes no Ceará possam financiar placas fotovoltaicas – com as quais é gerada energia elétrica a partir da luz do sol.
Na valsa
O BNB já está disponibilizando R$ 28,6 milhões em crédito no Estado para o investimento em energia alternativa e limpa. Os projetos têm teto de R$ 100 mil e poderão ser financiados em até oito anos.