Por Roberto Maciel, jornalista, editor do Portal InvesNE:
Não foi Donald Trump, o idoso mimado que brinca de velocípede e com o globo terrestre no Salão Oval da Casa Branca, quem inventou em nome do fascismo a moderna hostilidade contra a China. A violência política contra o País asiático que se vê hoje foi instituída sob instrução de outro velho cheio de manias que contrabandeava joias, assediava meninas venezuelanas e brincava de jet-sky com dinheiro do contribuinte: Jair Bolsonaro.
Sério!
Foi o ex-presidente do Brasil, um nada diante do topetudo dos EUA, autor de atentado visando à morte da Democracia, golpeada em 8 de janeiro de 2023, quem estimulou apaniguados e outros capangas a, nos dias sombrios da pandemia de covid-19 – a qual tentou ao máximo desprezar e só conseguiu gerar 700 mil mortes -, atacar os chineses que buscavam vacinas contra a doença.
Leram-se na época termos como “vírus chinês” para designar o coronavírus, “vachina” para desmerecer pesquisas e outras imprecações.
Sobre Bolsonaro, escreveu a jornalista alemã Astrid Prange, da agência Deutsche Welle:
“Por incrível que pareça, ele festejou a suspensão dos testes da vacina do laboratório chinês Sinovac após o registro de um ‘evento adverso’ com um voluntário.
‘Mais uma que Jair Bolsonaro ganha’, ele escreveu.
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta ficou estarrecido com esse desleixo com a vida humana. ‘Nunca vi comemorar que não vamos ter remédio como se fosse um gol, isso é insano’, comentou”.
Trump e Bolsonaro falaram sozinhos por muito tempo que a China era a responsável pela pandemia. Sozinhos mas em alto volume, sejamos justos com o momento histórico. Outros governantes, ao contrário, se movimentavam por aproximações estratégicas e troca de recursos e estudos. Enquanto isso, ambos ignoravam o uso de máscaras e negavam a necessidade de imunização em massa da população, negando-se a apoiar ou investir na produção de vacinas.
Dois idosos mimados, repetimos, que causaram mortes e tentaram atribui-las a outros. Mimados e criminosos.
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Continuou a jornalista Astrid Prange, espantada com a burrice de Trump e Bolsonado de atacarem um gigante da economia mundial:
“Chama atenção o fato de que os dois países que tanto agridem a China são também dois países que tanto dependem dela. Para os EUA, a China é o segundo maior parceiro comercial, atrás só do México, conforme a estatística do United States Census.
Mesmo depois da ‘punição’ ordenada por Trump de bloquear os apps chineses TikTok e WeChat nos EUA, o governo americano não mexeu no acordo comercial com a China, assinado em janeiro deste ano. O setor do agrobusiness e os bancos americanos tinham advertido o presidente para não deteriorar ainda mais o relacionamento entre os dois países.
Para o Brasil, a China continua sendo o maior parceiro comercial. Depois que o comércio com os EUA recuou 25% entre janeiro e setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, a relação comercial com Pequim ficou ainda mais importante para as vendas dos produtos brasileiros”.
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Certamente a refrega mais representativa do Brasil naquele contexto partiu de um asno chamado Abraham Weintraub, idiota liberal a quem Bolsonaro, encantado com a imbecilidade do aliado, conferiu a grave responsabilidade de cuidar da Educação dos brasileiros e das brasileiras:
A Embaixada da China repudiou prontamente a agressão, com um texto incisivo, duro e, podemos chamar, preocupante para quem a cometeu:
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Ficou para Lula, então, a tarefa de não apenas reatar as relações do Brasil com os chineses, arranhada pelos dementes bolsonaristas – o que não tem sido tão complicado, posto que o petista respeita os parceiros -, mas a de tentar equilibrar as relações de todos os países do mundo, arranhada pelos dementes trumpistas.
Vida louca, essa do Lula!
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