Lula: “Logo, logo o Brasil vai ser a sexta maior economia do mundo”

Do site Brasil 247:

Em evento na França, para celebrar a certificação do Brasil como país livre da febre aftosa sem vacinação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o país está em uma trajetória ascendente e poderá, em breve, ocupar a sexta posição entre as maiores economias do planeta. A declaração foi dada em discurso repleto de otimismo, no qual Lula exaltou o papel estratégico do agronegócio e defendeu o protagonismo brasileiro nos mercados internacionais.

“Sonho que logo logo esse país vai estar sendo a 6ª economia mundial. Sonho que vamos crescer mais do que os pessimistas dizem que a gente vai crescer”, declarou o presidente. Ao fazer referência ao desempenho do Produto Interno Bruto, Lula lembrou que o Brasil cresceu 3,4% no ano anterior, “mesmo com a agricultura não crescendo o tanto que se esperava”. Para ele, a recuperação do setor em 2025 deve impulsionar ainda mais a economia.

Reconhecimento internacional e valorização do agro – Lula iniciou sua fala agradecendo os esforços dos produtores rurais, dos frigoríficos e dos técnicos do Ministério da Agricultura, que, segundo ele, trabalharam ao longo de seis décadas para que o Brasil alcançasse o status sanitário agora reconhecido. “É um dia histórico, por merecimento de cada um de vocês que entendeu que, se a gente quer competir, a gente tem que ser o melhor”, afirmou.

O presidente ressaltou que o agronegócio deixou de ser um “quebra-galho” e se tornou o “principal negócio do Brasil”, com destaque para a exportação de proteína animal. “A gente quer produzir a melhor carne, a carne mais saudável e quer disputar os mercados do mundo inteiro”, disse. Segundo ele, o país hoje é “possivelmente o campeão de exportação de proteína animal para o mundo inteiro”.

Combate à desvalorização externa e desafios diplomáticos – Lula fez críticas ao tratamento historicamente recebido pelo Brasil no cenário internacional. “Durante muito tempo o Brasil foi tratado como se fosse um país insignificante. Tem uma coisa que nós, brasileiros, aprendemos: ninguém respeita quem não se respeita”, afirmou. Para o presidente, conquistar espaço global exige excelência: “Não existe mais gracinha, mais possibilidade de enganar ninguém”.

Ele mencionou situações recentes envolvendo a exportação de carne brasileira, como um episódio em que 70 mil toneladas estavam no Oceano Atlântico a caminho da China e houve ameaça de rejeição. “A quantidade de telefonemas que a gente teve que dar para ministro, para o Xi Jinping, para não permitir que a carne voltasse ao Brasil”, relatou.

Acordos internacionais e UE-Mercosul – Lula também abordou a resistência do presidente francês Emmanuel Macron ao acordo entre a União Europeia e o Mercosul. “Eu disse para ele que vou ser presidente do Mercosul a partir de 6 de julho e que vou concluir o acordo definitivamente nos seis meses do meu mandato”, afirmou. “Se você tem problema com os agricultores franceses, vamos conversar com eles”, completou.

Para Lula, é inaceitável que duas economias do porte de França e Brasil tenham um fluxo comercial de apenas US$ 9 bilhões. Ele comparou com o Vietnã, cuja relação com o Brasil é recente, mas já alcança US$ 13 bilhões.

Cooperação regional e metas ambientais – O presidente também destacou a importância de garantir que a febre aftosa não retorne ao Brasil, reforçando a necessidade de colaboração com países vizinhos da América do Sul. “Se a gente não tiver [febre aftosa] e eles tiverem, a gente corre o risco de ter”, alertou.

Na área ambiental, Lula ressaltou que a recuperação de terras degradadas deve ser prioridade. “Se a gente tiver pelo menos a decência de cumprir o Acordo de Paris, a gente vai estar livre para continuar produzindo o que a gente quiser”, afirmou, dirigindo-se ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que foi amplamente elogiado por sua atuação. “Se o governo não atrapalhar já está bom. É esse o papel”, disse Lula, em tom bem-humorado.

Expansão global e BRICS – Por fim, Lula adiantou parte de sua agenda internacional e reforçou a intenção de ampliar as relações comerciais do Brasil com países estratégicos. Após os compromissos na cúpula do BRICS, ele realizará encontros bilaterais com líderes da Índia, Egito e Indonésia. “É preciso fazer uma grande reunião de empresários com esses países”, defendeu.

O presidente encerrou sua fala reafirmando sua confiança no futuro do país. “O Brasil veio para ficar. Tenho muito orgulho do que está acontecendo. Precisamos trabalhar mais, produzir mais, cuidar mais, porque o Brasil não tem retorno.”

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