Prefeitura de Fortaleza instala quatro primeiras ecobarreiras no Rio Maranguapinho

A Prefeitura de Fortaleza e o Instituto Winds for Future (IW4F) instalaram as quatro primeiras ecobarreiras no Parque Rachel de Queiroz, abrangendo a bacia hidrográfica do Rio Maranguapinho. No evento, também foi assinado um Termo de Cooperação Técnica, formalizando a parceria entre o IW4F e a administração municipal.

As ecobarreiras são estruturas flutuantes, geralmente feitas de materiais recicláveis como plásticos e redes, instaladas em rios e córregos com o objetivo de reter resíduos sólidos flutuantes. Elas funcionam como barreiras físicas que impedem que materiais como garrafas plásticas, sacolas e outros objetos sejam levados até o mar.

Já o acordo de cooperação prevê ações integradas entre o Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan), as Secretarias de Conservação e Serviços Públicos (SCSP) e do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), além da Agência de Desenvolvimento da Economia do Mar (Ademfor).

Nesta semana, outras quatro ecobarreiras serão implantadas nos bairros Conjunto Ceará e Bom Jardim. A expectativa é que, com os oito equipamentos em operação, entre 250 e 300 toneladas de resíduos sejam recolhidas anualmente. Os materiais coletados serão encaminhados para reciclagem ou, no caso dos não recicláveis, para destinação final ambientalmente adequada, impedindo que essa carga poluente atinja os oceanos.

Artur Bruno, presidente do Ipplan, destacou a importância das parcerias para a construção de políticas ambientais eficazes. “Vemos esse compromisso se concretizando por meio da atuação conjunta de diversos órgãos da Prefeitura: Ipplan, Seuma, Ademfor e SCSP. São quatro instituições públicas atuando em sinergia com a Winds for Future, uma ONG dedicada à proteção ambiental, especialmente dos oceanos”, diz

Bruno ressaltou ainda os benefícios diretos da iniciativa para as praias da cidade: “Essa ação é essencial para Fortaleza. O mar é um dos nossos maiores patrimônios, pela sua relevância ambiental, turística e para a qualidade de vida da população. Para que nossas praias continuem próprias para banho, é fundamental mantermos os rios e córregos limpos. Esse é um excelente exemplo de como a sociedade civil pode contribuir com o poder público. Iniciamos com um projeto-piloto, agora teremos oito ecobarreiras em funcionamento, e nossa intenção é ampliar ainda mais esse movimento.”

A instalação dos equipamentos integra o projeto Kite for the Ocean, liderado pela Winds for Future, que será responsável pela construção, instalação e manutenção das ecobarreiras. Em parceria com equipes da Prefeitura, o instituto também cuidará da triagem dos resíduos, da destinação dos recicláveis e do compartilhamento de dados, que poderão subsidiar novas ações e políticas públicas voltadas à sustentabilidade. A iniciativa conta com financiamento da marca Corona e da organização Oceanic Global.

Segundo André Comaru, diretor de Sustentabilidade do projeto, os locais de instalação foram definidos com base em critérios técnicos: “A ação marca um avanço para Fortaleza, ao adotar uma tecnologia climática inovadora. Essa conquista só foi possível com o apoio da Prefeitura e suas secretarias. Esperamos que o projeto se consolide como ferramenta estratégica para o poder público e exemplo de inovação ambiental.”

O secretário da Seuma, João Vicente, explicou que, a partir da assinatura do termo de cooperação, a pasta ficará responsável por ações de educação ambiental e descarte seguro de resíduos no Parque Rachel de Queiroz: “A secretaria tem como objetivo sensibilizar a população para a importância do descarte correto de resíduos, atuando não apenas com os frequentadores do parque, mas também com comerciantes da região. Inclusive, há uma proposta de atuar em parceria com os containers instalados no espaço, orientando os comerciantes a replicar práticas sustentáveis junto aos seus clientes.”

João Vicente também destacou outras iniciativas da pasta, como o Junho Verde, e a parceria firmada com a Universidade Federal do Ceará (UFC). “Além disso, a Seuma firmou um acordo de cooperação técnica com a UFC, envolvendo áreas como a do Maranguapinho. A parceria busca unir o conhecimento acadêmico à gestão pública, com o propósito de oferecer à população uma cidade mais consciente e comprometida com o meio ambiente”, concluiu.

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