Eduardo e Jair tentam dobrar a aposta, mas não impressionam; Trump vai junto; Lula e Xandão pagam para ver

Por Roberto Maciel, editor do portal InvestNE:

É como numa tensa e disputada partida de pôquer: as apostas ganham volume independentemente das cartas que o competidor tenha em mão. Donald Trump, dono de cassinos onde americanos e turistas incautos perdem fortunas, sabe bem disso. E está blefando, pelo menos aparentemente, antes de por na mesa jogos que o favoreçam.

Para tanto, coloca entre os coringas uma carta com a soturna estampa de Jair Bolsonaro, que se deixa ser usado porque é o mais fraco e o mais ridículo na rodada.

Alexandre de Moraes, ministro do STF, não parece ter se assustado com as caretas e barulhos de Trump e de dois pitaqueiros – Eduardo e Jair Bolsonaro – que, ansiosos e apavorados, aguardam uma hesitação, um vacilo daqueles que destratam. Jogos interessantes são sempre assim: exigem nervos de aço. Lula também não tem cochilado com o jogo na mão e isso é muito bom,. Saber que o jogo tem quem dê as cartas alivia de certa forma quem se preocupa com os rumos da mesa.

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Ontem, o presidente da República fez um importante e inadiável pronunciamento à Nação sobre o achaque que Trump, sob os aplausos frenéticos da família Bolsonaro e de outros extremistas, cometeu contra o Brasil. Lula deixou muito claro que o Brasil é dos brasileiros – não está à venda e a nossa soberania é inegociável.

Lula acertou na forma e no conteúdo.

Hoje, manhã seguinte, a Polícia Federal fez batidas nas “entocas” de Jair Bolsonaro e aplicou-lhe na canela uma vistosa tornozeleira eletrônica – adereço compatível com o caráter deletério e criminoso que ele ostenta.

Isso não é uma partidinha de cartas. É a vida real.

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Política, justiça e diplomacia não são jogos, não são deleite nem brincadeiras. Não se tratam de sorte nem de gritaria, mas de habilidade e capacidade de cumprir planos e aproveitar oportunidades. Política, justiça e diplomacia estão longe de serem arrogância. A única semelhança é que, como no jogo, é preciso obedecer regras.