Da coluna do jornalista Tácio Lorran, no site Metrópoles:
“Um ato do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi fundamental para que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinasse a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (4/8). Foi o aliado que postou um vídeo do ex-presidente participando virtualmente de uma manifestação bolsonarista e pró-anistia dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro”.
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Não foi Nikolas, entanto, o único a atrair Bolsonaro para, como dizem os criminosos, o “cheiro do queijo”. Em Fortaleza, o deputado federal André Fernandes (PL) também exibiu um sorridente portador de tornozeleira eletrônica para milhares de seguidores em concentração na Praça Portugal.
https://x.com/miguelmartins1/status/1952498707485823328/mediaviewer
Não se sabe se foi intencional ou não, mas é certo que os deputados tinham conhecimento de que estavam traindo Bolsonaro.
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Continua Lorran:
Ao usar o celular, Bolsonaro descumpriu, mais uma vez, uma das medidas cautelares impostas por Moraes. O ministro viu o ato como uma tentativa de coação ao STF e de obstrução à Justiça.
“A Justiça não permitirá que um réu faça de tola, achando que ficará impune por ter poder político e econômico. A Justiça é igual para todos. O Réu que descumpre deliberadamente as medidas cautelares-pela segunda vez e deve sofrer as consequências”, diz a decisão de Moraes.
O ministro reiterou que “a Justiça é cega, mas não é tola”. “O réu que descumpre deliberadamente as medidas cautelares — pela segunda vez — deve sofrer as consequências legais”, escreveu.
Moraes já havia aliviado o ex-presidente em 24 de julho quando ele usou as redes sociais, mas decidiu não prendê-lo na ocasião por considerar que o episódio foi “pontual”. O magistrado também reforçou a imposição das medidas cautelares.
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Bolsonaro também foi atraiçoado em família. E quem o traiu não foi só a esposa, Michelle, que não quis de jeito nenhum ir ao ato na Avenida Paulista. Tácio Lorran prossegue:
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho dele, apagou a publicação que havia feito nas redes sociais no último domingo (3/8), com um discurso do pai para as manifestações em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Outros atos ocorreram em Brasília e em São Paulo. Moraes já havia proibido o ex-presidente de divulgar discursos, de forma direta ou indireta, pelas redes sociais.
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