Por Roberto Maciel, editor do portal InvestNE:
Temos, eu e uma enormidade de leitores que me enviaram mensagens, dúvidas sobre como serão cumpridos os dias, meses e anos de xilindró de Jair Bolsonaro, malandro conhecido no Planalto Central pela inépcia, inaptidão e pela repulsa ao ato de trabalhar. Condenado pelo Supremo Tribunal Federal, é possível que o lunfa ganhe direito a prisão domiciliar, como outro biltre famigerado, Fernando Collor de Melo – ambos têm mais de 70 anos de idade e a lei brasileira costuma ser camarada com criminosos velhos.
Sabe-se que Bolsonaro pode ser beneficiado com a reclusão em casa, podendo ser-lhe dado até o direito de solicitar endereço para ser isolado.
As perguntas são: como vai ser a vigilância do presidiário? Se for enjaulado, às expensas do contribuinte, num dos 51 imóveis que acumulou ao longo da duvidosa carreira política que exerceu, terá segurança especial? Vai ficar com tornozeleira eletrônica? Poderá ver TV a qualquer hora? Jogar no Tigrinho? Ver o que se escreve e diz nas redes sociais? Serão instaladas câmeras para acompanhá-lo? Poderá pedir iFood e Zé Delivery?
Se for designada uma das muitas casas que tem em condomínios chiques em Brasília e no Rio de Janeiro, vai poder frequentar áreas comuns? Poderá ir à piscina? Poderá fazer churrascos no deck? E academia, terá direito de frequentar? Será liberado para fazer caminhadas no condomínio verdejante e espaçoso? Tudo isso precisará ser apurado, pesado e medido e definido pelo Supremo Tribunal Federal.
Melhor talvez seja que o coloquem mesmo trancafiado na Penitenciária da Papuda. É o endereço onde terá efeito mais prático a pena que lhe deu a Justiça – inclusive servindo de referência pedagógica a quem se atrever a matar a Democracia. Não fará sentido que ganhe, ainda que de modo limitado, direito a férias de 27 anos numa mansão cercada de espaços confortáveis e em terreno amplo e arborizado. Não mesmo.
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Jair Bolsonaro há de ser, pelo comportamento que sempre demonstrou ter, um presidiário incapaz de se ressocializar. Haverá de ser muito difícil para o poder público, senão impossível, ensiná-lo a fazer algo produtivo e positivo para a sociedade. Tem, esse personagem de péssima reputação, conteúdos muito próximos ao que têm outros presidiários famosos, como Marcos William Herbas Camacho, o “Marcola”, Luiz Fernando da Costa, o “Fernandinho Beira-Mar”, e Márcio dos Santos Nepomuceno, o “Marcinho VP”.
Uma característica, no entanto, o afasta sensivelmente de outros pilantras recolhidos pela Justiça: Bolsonaro não vende droga; a droga é ele mesmo.
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