Deve ser considerado um caso de estudo às avessas o bolsonarista encarregado de escrever as mensagens cifradas do bando com as quais preparam golpes de estado e fugas. É um incompetente, assim como outros.
O episódio da “festa da Selma” – código para convocar bandos para invadir e saquear Brasília deveria ter servido de lição. Usou-se “Selma” em substituição a “Selva!”, espécie de saudação do submundo militarizado em ações violentas. Era essa a combinação do 8 de janeiro de 2023. Deu no que deu, sabemos todos: parte dos idiotas que embarcaram nessa está presa aguardando julgamento e outra fugiu do Brasil. Outra já está condenada.
A de ontem, emitida pelo senador “zero-um” Flávio Bolsonaro, segue o mesmo modelo: está repleta de palavras que podem soar como apitos de cachorros, com sinais que só quem tem ouvidos aguçados e domesticados pode compreender.
Veja aqui embaixo:

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Há uma tese de que os filhos-estúpidos têm prejudicado Bolsonaro: Eduardo e Flávio, por manobrarem contra o Brasil, e Carlos, por esfarelar a base política do pai. Vi isso na CNN, na Veja, no UOL (e Folha de S. Paulo) e no Estadão.
É tudo conversa mole.
Quem prejudica Jair Bolsonaro é o próprio Jair Bolsonaro. Ele manda e os filhos obedecem, cumprem. Foi assim que, nos Estados Unidos, o deputado Eduardo recebeu R$ 2 milhões do pai para se sustentar e conspirar contra a nação. E foi desse jeito que o senador Flávio foi orientado a convocar uma operação de fuga. E que Carlos desmonta interesses da extrema-direita em Santa Catarina para tentar se eleger “senador alienígena” por aquele estado.
Jair Bolsonaro é, na verdade, frouxo, medroso, um incapaz de se responsabilizar pelo que faz e manda fazer – até mesmo pelo que diz não se garante.
Esse é o mito.


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