
Poeira dos dias
Há dias que me cubro
da poeira do tempo
do amor gasto
da vida interditada
Há dias que atravesso
véus de escuridão
nuvens de lágrimas
numa solidão infinita
Há dias que procuro
minha alma vazia
meus olhos inchados
o sentido de viver
Há dias que queria
somente ser feto
página a ser escrita
em diário de adolescente
Há dias que canso
de todas essas buscas
mas, sendo mulher,
preciso seguir de armadura
[numa lágrima de mulher
cabe toda a solidão do mar]
*** ***
Ana Márcia Diógenes é formada em Comunicação Social (UFC), especialista em Responsabilidade Social e em Psicologia Positiva e mestra em Planejamento e Políticas Públicas. É professora de Jornalismo (pós graduação), escritora e consultora em comunicação e direitos para a infância e juventude.

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