A Coluna do Roberto Maciel (quinta, 11.12): Como o poder público vai apoiar o Polo Automotivo?

• O Polo Automotivo do Ceará, que abriu atividades na semana passada em solenidade com o presidente Lula, redesenhará as iniciativas do Estado nesse campo. E isso é excelente. Inicialmente, ainda no século passado, a indústria de carros no Estado produzia caricatos buggies – muitos ainda em circulação nas praias e, reconheçamos, alguns em petição de miséria e se definindo como ameaças ambulantes. Depois, acelerou para a fabricação de jipes mais sofisticados, seguindo para o aprimoramento desses veículos com a absorção da cearense Troller pela norte-americana Ford. Agora, o salto é muito mais significativo: sai-se do nada, pois a Ford havia se retirado do mercado nacional, e passa-se para a montagem de carros elétricos pela também norte-americana GM. Parte-se de uma tosca situação para uma moderna e tecnológica realidade. É aí que devem entrar em cena atores de palcos diferentes: desde os que formam mão-de-obra aos que dão apoio a pequenos empreendedores que costumam se estabelecer nos arredores de fábricas desse porte. Deve-se reconhecer que todos terão funções essenciais. Caberá ao Estado, à União e ao município recepcioná-los bem, protegê-los e evitar que sejam prejudicados por boicotes. E saibam: o cardápio de demandas é variado.

Ligue os pontos
Primeiro, Flávio Bolsonaro tem candidatura a presidente da República determinada pelo pai-patrão, o presidiário Jair. Depois, surge a informação de que o ministro do STF Luís Toffoli viajou ao Peru de carona num jatinho de advogado para ver a final da Libertadores. Em seguida, aparece a notícia de que o escritório da esposa de Alexandre de Moraes tem contrato com o picareta banco Master. No fim, a Câmara federal alivia as penas dos criminosos de 8 de janeiro.

Não há inocentes
Na complexa cena em que se tenta dar o golpe da impunidade e se procura a retomada do poder por mafiosos, é muita inocência achar que existem coincidências.

O que vem por aí
No campo da economia, notícia boa para o comércio de Fortaleza. São as vendas de Natal. A Fecomércio estima que o faturamento do varejo local será de R$ 540 milhões neste período de fim-de-ano. A projeção está 7,4% além do que se obteve na mesma temporada de 2024.

Diálogos
E a expectativa positiva no varejo está despejando também uma chuva de otimismo também na política. Afinal, o desempenho econômico tem influência forte nos diálogos entre o eleitorado e os representantes nos governos e parlamentos. Isso tem a ver não apenas com receita pública, mas com geração de empregos e fluxo turístico.

De tirar o fôlego
Cantora festejadíssima nos mundos da MPB, do Jazz, da Bossa Nova e do Blues, Rosa Marya Colin faz domingo (14.12) escala em Fortaleza. Vem trazendo de presente um show revigorado para o Cineteatro São Luiz, com a participação do gaitista carioca Jefferson Gonçalves. A apresentação está marcada para começar às 18 horas.

Salvou-se
A propósito, não se deve nem se pode deixar de saudar a importância que o Cineteatro São Luiz adquiriu na cena cultural de Fortaleza. Não bastando as relevâncias cultural, artística e histórica que tem, o espaço é memória vital para a cidade. E foi preservado a muito custo do avanço voraz de uma marca evangélica sobre ícones sociais.

E a direita? Nem como penetra…

A Fiec realiza amanhã encontro que define como tradicional: empresários, Imprensa e representantes do Governo do Estado serão recebidos no almoço com o governador. A propósito, Elmano de Freitas (PT) será o personagem principal de um evento que desde 2007 só tem anfitrionado o campo progressista: Cid Gomes, Izolda Cela, Camilo Santana e, agora, pela quarta vez, Elmano.