A Coluna do Roberto Maciel (quinta, 13.2): Impunidade: a fantasia de Bolsonaro para os dias de Carnaval

  • Uma discussão domina de botequins a fóruns jurídicos nestes dias pré-carnavalescos: o fim da Lei da Ficha Limpa, dispositivo que data de 2010 mas só passou a valer em 2013 – há 12 anos, portanto. Em resumo, diz o texto que “os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral (…) em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes”. Simples assim: foi condenado pelos tribunais eleitorais, passa até quatro eleições no inferno dos ilegais. É a isso que está submetido o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foi o próprio Bolsonaro quem, com a apoio dos filhos e de outros aliados, apareceu querendo que a Lei da Ficha Limpa seja revogada. Diz que a matéria só serve para perseguir a direita. Ele precisava, isso sim, de uma fantasia para os dias de Momo. Conseguiu. Era o que faltava, embora não lhe caiba.

Por trás
O que Bolsonaro tenta fazer é ganhar tempo. Para quê? Sabe que não demora para que a Procuradoria Geral da República o denuncie ao STF pelo golpe de 8 de janeiro, assim como o STF não deve demorar a julgá-lo e condená-lo outra vez. Criando a narrativa tosca da anistia acha que fomentará reação popular a favor dele. Ou que alimentará a tese de que é um inocente perseguido. Ah, tá!

Toc, toc, toc


A propósito, a jornalista Andréa Sadi (Globonews) escreveu o seguinte no site G1: “Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aguardam para antes do carnaval a denúncia envolvendo o inquérito do golpe. No Supremo Tribunal Federal, a expectativa é de que a denúncia seja apresentada nos próximos dias”.

O “patriota” quer impunidade e problemas para a Nação
Que Jair Bolsonaro é ruim em Matemática, Português e História não há dúvida. Até em Moral e Cívica é fraco. A estratégia de atacar a Ficha Limpa – tendo sido ele quem decretou em 2019 pente-fino da lei para aprovados em concursos públicos – é uma contradição. Mais do que apagar as condições legais de agora, Bolsonaro quer produzir impunidade e criar mais problemas para o Brasil.

A conferir
Ficou para a novata Mari Lacerda (PT) a presidência da Comissão de Cultura, Esporte e Juventude da Câmara Municipal de Fortaleza. O vice é Marcel Colares, que será o líder do PDT na Casa. Ambos são vinculados às pautas do colegiado. Mari é da ala petista da ex-prefeita Luizianne Lins. Marcel é filho do deputado Fernando Hugo.

Teto
Aliás, Mari assina projeto que permite à Prefeitura de Fortaleza viabilizar a inclusão de pessoas LGBTQIA+, em especial travestis, transexuais e transgêneros, no programa municipal de locação social. A ação dá auxílio financeiro temporário famílias moradoras de áreas de risco ou que tiveram residências afetadas por desastres.

Disparo com arma alheia
Clonando proposta de vereadora bolsonarista de São Paulo, Priscila Costa (PL) apresentou à Câmara de Fortaleza projeto que proíbe o uso de recursos públicos municipais de Fortaleza em shows e outras apresentações artísticas que promovam ou façam apologia ao crime organizado. É um tiro dado com arma dos outros que, antes de mirar na delinquência, faz pontaria na cultura popular.

Voz

Mariana Aydar faz show em São Paulo - 11/12/2022 - Música em Letras - Folha
A Prefeitura de Fortaleza leva sábado o Bloco da Mariana Aydar (foto acima) ao aterrinho da Praia de Iracema, começando às 20h30min. Paulista, a cantora trafega como poucas em gêneros de forró e de folia.

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