- A política tratou com mais deferência os agrotóxicos do que o saneamento básico. Meio que lavou as mãos para os direitos da população a um ambiente saudável. O lamento é do presidente da Cagece e da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), Neuri Freitas: “Quem, de fato, protege o saneamento básico e reconhece a função e a relevância do setor na Saúde, qualidade de vida, desenvolvimento econômico e preservação ambiental do País?”, questionou em artigo publicado nesta semana. Prossegue Neuri: “A Câmara dos Deputados decidiu [na tramitação da Reforma Tributária] não equiparar Saneamento à Saúde. Não houve nenhuma condição de alíquota diferenciada, para, pelo menos, manter a tributação atual, mesmo sendo serviço essencial para milhões de brasileiros”.
Grave
Mais do artigo de Neuri Freitas: “O texto aprovado na Reforma aumentará 18% a tributação, causando desequilíbrio econômico-financeiro para as empresas de Saneamento do País, sejam públicas ou particulares”.
Que assim permaneça
Teve o acompanhamento da primeira-dama de Fortaleza, Cristiane Leitão, a tramitação na Assembleia, em 2024, de pelo menos quatro projetos parlamentares sobre direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista e Síndrome de Down. Cristiane era primeira-dama da Alece e tem engajamento com públicos que carecem de atenções específicas. Entidades do setor esperam dela o mesmo empenho na Prefeitura.
Papo sério
E Evandro Leitão, Naumi Amorim e Roberto Pessoa estão dialogando de forma inédita sobre ações no três mais importantes municípios da Região Metropolitana de Fortaleza. Essa conversa, republicana e democrática, pode representar ganhos importantes para as comunidades de Fortaleza, Caucaia e Maracanaú.
Avanço
O mais relevante, no entanto, pode nem ser o saldo físico de acordos, mas a redefinição da lógica gerencial de cidades que têm conurbações e similaridades econômicas e sociais. Esse avanço tem potencial para mudar práticas e posturas isoladas que muitos prefeitos costumam ter.
Efeito Trump?
Alguém, sabe Deus quem, inventou de batizar de “Salão Oval” a principal sala de reuniões do Palácio da Abolição – para piorar, está sendo difundido esse apelido nas redes sociais e no material de Imprensa do Governo. Faltou noção, só isso. Nesse passo, ninguém se espante se passarem a chamar a sede da gestão do Ceará de “Casa Branca”.
Lupa neles
O Tribunal de Contas iniciou a análise das prestações de contas das gestões municipais do Ceará relativas a 2023. A documentação havia sido entregue ao TCE em 2024. São 3.521 unidades orçamentárias, como se chamam por lá os setores que mexem com dinheiro público, que vão passar pelo pente fino das equipes do órgão.
O que rolou?
Como muito do serviço público, esse processo é lento e caminha pesadamente. É quase uma “tartaruga grávida”, como escrevia o jornalista Alan Neto (1950-2024). Mas, de todo modo, há quem espere “causos” e histórias surpreendentes. Afinal, 2023 foi o primeiro ano sem a pandemia de covid-19.