Por que Lula foi aplaudido na ONU?
O pronunciamento do presidente Lula na Assembleia-Geral a ONU, terça-feira, foi cercado de expectativas. Primeiro, por o Brasil ser vítima de violentos assédio e boicote dos Estados Unidos. Depois, por resistir com coragem e honradez aos ataques de Donald Trump. Por fim, porque Lula é líder internacional incontestável – tirou outra vez o País que governa do Mapa da Fome e se posiciona em defesa de Direitos Humanos, da harmonia entre nações, do equilíbrio econômico, da igualdade social, étnica e de gênero, do respeito à Justiça e à Democracia e pela preservação do ambiente natural. Mas um ponto bem relevante da foi a crítica aguda ao genocídio que o governo do Israel comete diante do olhar espantado do mundo, e da omissão e até cumplicidade de outros países, contra o povo palestino. A firmeza de Lula reflete traços de caráter e a relação com os brasileiros, em primeiro lugar, sobretudo os mais pobres. É um gesto que sinaliza a valorização da política como dote humano. Foi aplaudido. Simples assim.
Por que Bolsonaro não foi?
Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro refutou a crítica mundial que sofria por se negar a instituir políticas de defesa da Amazônia. Em vez de anunciar medidas contra a devastação, falou de uma suposta “soberania” – ao mesmo tempo em que tentava negociar a região. Em 2020, voltou a falar da Amazônia e acusou haver “uma campanha de desinformação” contra o Brasil. Também mentiu dizendo que adotara formas de conter a covid-19. Em 2021, repetiu a fake news do “tratamento precoce” contra o coronavírus sem indicar comprovação científica para o que dizia. Em 2022, subiu à tribuna da ONU e disse, sem nem tremer a cara, que o Brasil havia vencido a covid-19 – o País somava, então, quase 700 mil mortos pela pandemia e tinha um dos mais elevados quantitativos de óbitos. Ainda criticou sanções contra a Rússia pela guerra contra a Ucrânia. Foi tratado com frieza. Simples assim.
Salada…
Eduardo, o “Bananinha”, para o pai, Jair Bolsonaro: “VTNC [vai tomar no c*] SEU INGRATO DO CARALH*””
…De frutas
Donald Trump, o “Laranjão”, sobre Lula, presidente do Brasil: “Ele parece um cara muito legal, gosta de mim e eu gostei dele. E só faço negócio com gente de quem gosto”.
Desafinando
Tem o jamegão do vereador Igor Nogueira (Mobiliza) projeto que autoriza a Prefeitura de Fortaleza a criar um “Programa Municipal de Bolsas de Fomento à Música”. A ideia é boa, mas é pra lá de batida. Há propostas iguais em cidades como São Paulo, Bauru e São Bernardo (SP), Maringá (PR), Camboriú e Irani (SC), Macapá (AM) e Belo Horizonte (MG). Ou seja, é clone – aliás, é plágio.
Na hora certa
O deputado estadual De Assis Diniz (PT) quer que o Estado estimule a criação de ferramentas de inteligência artificial para rastrear na Internet conteúdos que promovam a “adultização” infantil. O tema é pra lá de atual: tanto pelo protagonismo proposto para a tecnologia quanto pela prisão do influenciador Hytalo Santos sob a acusação de explorar sexualmente crianças e adolescentes.
Nome aos bois
De Assis sugere que a política proposta seja coordenada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior. Para tanto, recomenda parceria com as secretaria da Segurança Pública e Defesa Social e da Educação.
Escreva essa
Fortaleza recebe hoje a Escola do Livro Cearense, iniciativa destinada à formação de talentos, desenvolvimento de profissionais e valorização da literatura. O lançamento será feito em transmissão ao vivo no canal da Editora Caminhar no YouTube (www.youtube.com/@EditoraCaminhar), a partir das 18h.
Subo neste palco
Já estão na reta final os preparativos do Sebrae do Ceará para os eventos Siará Tech Summit e Feira do Empreendedor. Ambos serão realizados de 8 a 10 de outubro, no Centro de Eventos. Segundo o órgão, visam a tornar o Estado “palco das melhores ideias, negócios e soluções”.