– O Governo do Estado distribuiu nesta semana a informação de que mais de 59 mil crianças deixaram a extrema pobreza no Estado em 2023 e 2024. O número aponta uma alentada progressão na série histórica dessa apuração, iniciada em 2012 – ainda nas gestões de Dilma Rousseff (2007-2016), no Planalto, e de Cid Gomes (2007-2014), no Palácio da Abolição. E é um feito e tanto. Primeiro, porque foram vidas salvas, o que não tem preço. Depois, porque reafirma compromissos de Elmano de Freitas na campanha de 2022 – promessa cumprida é algo do qual o eleitor não abre mão. Por fim, porque destaca um importante diálogo social e de gestões inaugurado em há quase duas décadas, com a participação decisiva de segmentos da política, do empresariado e de outros grupos organizados da sociedade. Avaliação de Elmano: “Estamos no caminho certo com políticas sociais, como o Ceará Sem Fome, que garante comida na mesa para quem mais precisa, e o Cartão Mais Infância, que já apoia mais de 150 mil famílias com crianças em situação de vulnerabilidade”. A fala do governador é, reconheçamos, uma obviedade comum a quem obteve êxito no que se propôs a fazer. A se esperar, no entanto, é a fala de quem se opõe ao governo atual e que se apresenta como alternativa de poder.
Na ponta do lápis
Foi o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) que apurou a redução do contingente de crianças sob a linha da extrema pobreza. Em números absolutos, foram retiradas 59.178 da zona perigosa. A taxa de extrema pobreza infantil, incluída na faixa etária de criança entre 0 e 6 anos, caiu para 10,6% em 2024.
Declínio positivo
A série histórica que apura a extrema pobreza é efetivada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a 2023, quando se verificou o índice de 15,5%, houve uma redução de 4,9 pontos percentuais.
Subo neste palco
Começa no próximo dia 17 a agenda de comemorações dos 115 anos do Theatro José de Alencar, a maior referência da artes cênicas do Estado e com inquestionáveis reconhecimentos cultural e histórico do País. A programação inclui grupos de artes populares, teatro e música.
Política pela saúde
Pacientes que precisam de remédios à base de cannabis, familiares e apoiadores da descriminalização inauguraram uma rodada de atividades públicas. A mobilização é política, daí a Assembleia ter sido o local de largada, terça-feira última. A luta é pela aprovação de projeto para que o Estado crie uma política para o uso de cannabis medicinal. O texto é do deputado Renato Roseno (Psol).
Esperança
O projeto de Roseno começou a tramitar em 2023. Já recebeu parecer favorável do relator, Antônio Granja (PSB). Parlamentar de perfil conservador, Granja reconheceu a importância terapêutica da cannabis em casos de dores crônicas, ansiedade e epilepsia, além de efeitos colaterais de tratamentos intensivos e agressivos como a quimioterapia.
Paralelas
O jornalista cearense Alberto Perdigão lança hoje, em Brasília, o livro “Belchior – A Construção de um Mito na Literatura de Cordel”. É uma pesquisa com texto primoroso sobre a presença do compositor na arte popular. O livro inclui, como garimpagem histórica, 19 cordéis sobre Belchior. A apresentação será no Espaço Família + Leitura, na Feira do Livro de Brasília, no Complexo Cultural da República. Das 19 às 21h.
Resistência
O Clube das Musas, articulação feminina e literária em Fortaleza – ação de resistência contra tudo o de ruim que vem se impondo a valores da cultura – recebe hoje as escritoras Tuty Osório, Dauana Vale e Lisiane Forte. O encontro começa às 19h, no restaurante Cantinho do Frango (Rua Torres Câmara, Aldeota), com mediação de curadoria da jornalista e produtora cultural Mona Gadelha.
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