- Não estar no Mapa da Fome, elaborado pela Organização das Nações Unidas para alertar o planeta sobre a gravidade da mais violenta e indigna mazela social, oferece ao Brasil e aos brasileiros um ponto de reflexão importante. E de formas microscópica e macroscópica. O feito é histórico e precisa ser levado não apenas a fóruns especializados, mas das escolas às instâncias políticas. Primeiro, para registrar e saudar a relevância alcançada. Depois, para verificar como se manter na “zona livre” quando se veem agora esforços intensos dos governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, da família Bolsonaro e de aliados para disseminar pobreza e desemprego no País. E sair não é tudo. Fala do presidente Lula: “Isso significa que reduzimos a insegurança alimentar grave e a subnutrição para menos de 2,5% da população”. Ou seja, há ainda desafios a serem vencidos. A fome, associada ao planejado estupro da Democracia, ainda está à espreita. E exige, por isso, resultados a serem deixados não como políticas de governo, mas como políticas de Estado.
Marcas
O Brasil ficou distante do Mapa da Fome da ONU de 2014 até 2019. A primeira vitória contra a escassez imposta ao País foi contra o modo tucano de privatizar o Estado. Embate travado e vencido. Depois, na temporada de Jair Bolsonaro no poder, a comida voltou a minguar.
Dizimados
Observe-se que na gestão passada não foi só a fome que gerou perdas brutais aos brasileiros. Houve também a pandemia. Sem estratégia de imunização nem medicamentos, e com assustadores conceitos antivacinas patrocinados pelo governo de então, o País teve pelo menos 700 mil mortes causadas pela covid-19.
Por aqui
O Ceará tem uma cota de participação na batalha contra a fome. O programa estadual “Ceará Sem Fome”, movimentado pelo Palácio da Abolição, já soma quase 50 mil famílias cadastradas em todos os 184 municípios. Somente neste ano 18 mil famílias passaram a ter acesso ao benefício.
Bombou
Canoa Quebrada, em Aracati, referência do Ceará no turismo nacional, está encerrando a alta temporada de férias com desempenho que dá a empreendedores e trabalhadores sorrisos largos de orelha a orelha. Não é para menos. As prévias de ocupação de pousadas e hotéis, mesmo com indicadores ainda em aberto, têm sido das melhores. A atuação dos restaurantes e do comércio não fica atrás.
Velas abertas
Ponto a favor de quem empreende no turismo no litoral do Ceará, a exemplo de quase toda a população de Canoa Quebrada: os fortes ventos de agosto emendam o otimismo de alta estação de julho com o bom movimento dos esportes náuticos nesta época do ano. Faturamento e empregos decolando.
Blues com sentimento
A nação blueseira do Ceará se juntou para celebrar o Dia Internacional do Blues, que é comemorado no primeiro sábado de agosto – mais conhecido como hoje. E com um festival especialíssimo no Centro Cultural BNB de Fortaleza para afinar e esquentar corações e mentes. Craques da cena local, como Roberto Lessa, Débora Marc, Felipe Cazaux e Marília Lima, convidaram gente bacana de outros estados, como Jean Lone (RN) e André de Sousa (PI).
Nada a lamentar
A programação em homenagem ao Blues se estende até dia 14, sempre aos sábados, e é inteiramente gratuita. A cada sessão haverá dois shows, começando às 19h, ambos com acesso gratuito.
Outros tempos
A participação do prefeito Evandro Leitão (PT) na abertura dos trabalhos da Câmara de Fortaleza neste segundo semestre, em sessão comandada ontem pelo presidente do legislativo, Léo Couto (PSB), chamou atenção não só pela exposição de realizações no período passado. Houve também a cordialidade. Vereadores lembraram que nem sempre José Sarto (PDT) e Luizianne Lins, ex-gestores, prestigiaram sessões assim.