- Descobriu-se a fraude apavorante: ladrões surrupiaram mais de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas do INSS contrabandeando para os contracheques deles empréstimos fajutos. O dinheiro roubado, como sempre, era chupado por uma facção criminosa muito bem instalada, com recursos amplos e conexões diversas. A Polícia identificou nomes e o presidente Lula mandou demitir o cabeça do sistema previdenciário. O dinheiro tomado corresponde, por exemplo, a cinco vezes os investimentos médios que uma cidade do porte de Fortaleza faz a cada ano em setores como saúde, educação e estruturas urbanas. Desde 2019 essa gangue vinha agindo, só encontrando agora um obstáculo à ação cometida. Saibam, leitoras e leitores, que nem de longe esses pilantras se comparam aos chamados “cangaceiros modernos” que invadem cidades, sequestram pessoas e invadem bancos. Eles são sutis, não ostentam armas pesadas, ocupam postos relevantes. O roubo que vitimou idosos e outros pensionistas deve ser classificado como mais uma das muitas “tenebrosas transações” citadas por Chico Buarque – aquelas diante das quais “dormia a nossa pátria-mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída”. Uma aberração equivalente a um golpe de estado.
Manobra diversionista
Em vez de buscar respostas para a frouxidão que favoreceu crime tão volumoso, iniciado no primeiro ano da gestão de Jair Bolsonaro, e de criar barreiras contra a repetição, parte da classe política se concentra agora em jogar lama em adversários. Isso não ajuda em nada. Ao contrário: ajuda mesmo é a esconder responsabilidades e, como numa “anistia” fraudulenta, a livrar a pele dos culpados. É a pura cumplicidade.
Efeito Lula, fator Camilo
O Ministério da Educação, comandado pelo cearense Camilo Santana (PT), vai investir mais de R$ 16 milhões na expansão do Programa Cantinhos da Leitura. A ação atende crianças da Educação Infantil. E saber que não faz muito tempo havia um presidente que era contra os livros. “Têm muita coisa escrita!”, reclamava.
Cuida!
O vereador Gabriel Aguiar (PSol, foto) quer engajar a Câmara de Fortaleza num esforço de preservação da espécies de tartarugas marinhas que põem ovos nas praias da cidade. Segundo ele, cinco tipos do animal usam o litoral local como berçário – e todos estão sob ameaça de extinção. “Precisamos proteger os locais de desova”, alerta.
Lentos, lentos
Gabriel apresentou projeto sobre a vedação do que chama de fotopoluição. E propõe uma gestão específica da iluminação em áreas de reprodução das tartarugas durante o período de maior atividade, principalmente na Praia do Futuro. O caso é grave e o problema é que alguns vereadores são como tartarugas – e isso não é elogio.
Smoke on the water
A Cagece está submetendo a frota de veículos que a serve a testes de fumaça preta. As vistorias se relacionam com cooperação técnica firmada com a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Ceará, Piauí e Maranhão (Fetrans). O objetivo é o de prevenir a emissão de poluentes no ar e reduzir a liberação de gases de efeito estufa na atmosfera.
Dia do Não-Trabalho
Depois do super-hiper-mega feriadão da Páscoa e de Tiradentes, vem aí mais uma pausa estratégica: o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, em 1º de maio. Será numa quinta. Ou seja, assim como os entendedores entenderão, os imprensadores imprensarão.
Mãos à obra
A propósito de feriados e lazer, vale notar: a Polícia do Ceará precisa cuidar urgentemente da segurança pública nas belas e disputadas areias da Praia do Futuro. Assaltantes arrepiaram por lá no feriadão. Trabalharam como nunca. Turistas e locais ficaram, na beira da praia, a ver navios.