- O Congresso Nacional sediará de 3 a 5 de junho a XI edição do Fórum Parlamentar do Brics, que deve reunir representantes de 31 casas legislativas e 150 parlamentares de diferentes países. O fórum é realizado desde 2015 e visa a fortalecer a cooperação entre os parlamentos do Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Indonésia – nações que formam o Brics. Uma das participantes deve ser tratada com rapapés, solenidades e beija-mão: a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), hoje presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) – recém-conduzida ao posto -, mais conhecido como “Banco do Brics”. A última vez em que foi o centro das atenções no Congresso, era vítima de impeachment manipulado pelo PSDB de Aécio Neves e pelo MDB de Eduardo Cunha, subordinado a Michel Temer. O ano era o de 2016. O mundo não dá voltas, capota.
Reação
O fórum de parlamentares do Brics se realizará em momento estratégico. É que o bloco está tentando consolidar um novo modelo nas relações internacionais – é a chamada “multipolaridade”, alternativa aos modos tradicionais de governança global. Paralelamente, tem a tarefa de discutir como reagir ao assédio violento e predatório do presidente dos EUA, Donald Trump.
O fascismo trumpista venceu?
Steve Bannon, verdugo digital do trumpismo e de tudo o que, como o bolsonarismo, se liga à direita espumante, ameaçou depor o Papa Francisco. Foi ao Vaticano e, na Praça de São Pedro, avisou que queria defenestrar o argentino Mário Jorge Bergoglio da Santa Sé. Incrível, mas verdadeiro: alguns movimentos neopentecostais católicos, inclusive sediados no Ceará, aplaudiram o baderneiro norte-americano.
É morrendo que se vive para a vida eterna
Mas a morte do Papa, ontem, pode não ter encerrado um ciclo de abertura, acolhimento de diferenças e tolerância no seio católico. É possível, até, que reforce o avanço de um pensamento mais social na Igreja. A isso se chama de “legado”. Francisco aproximou mais os fiéis do catolicismo, valorizou o amor e o respeito, agregou e não dividiu.
Cirão da Massa
Mas o sempre presidenciável Ciro Gomes, que passou o super-hiper-mega feriadão no Uruguai, usufruindo das generosas parrillas, do vinho saboroso e da divertida jogatina em Punta Del Este, não deixou de expressar tristeza pela partida de Francisco. “Deixa um exemplo de verdadeira caridade e genuína compaixão cristã pelos mais pobres”, escreveu na rede X.
Questão de educação
Brasília fez ontem 65 anos de fundação. Para celebrar o aniversário, o Senado organizou agenda de atividades. É bom que seja assim: a última vez em que a casa “recebeu” visitantes em massa foi em 8 de janeiro de 2023: velhinhas com bíblias nas mãos e moças com batons deram um golpe na Democracia e destruíram quase tudo – emporcalharam banheiros e quebraram vidraças e móveis.
Cada um no seu canto
A propósito, os fascistas estão tomando seus devidos lugares nos presídios da Papuda e da Colmeia e num chique hospital do Distrito Federal.
De volta
Após cinco dias do mais completo ócio criativo, o Brasil retoma hoje a rotina de trabalho e estudo. Sim, há empregos sendo gerados e há escolas sendo criadas.
Mãos à obra
A propósito de feriados e lazer, vale notar: a Polícia do Ceará precisa cuidar urgentemente da segurança pública nas belas e disputadas areias da Praia do Futuro. Assaltantes arrepiaram por lá no feriadão. Trabalharam como nunca. Turistas e locais ficaram, na beira da praia, a ver navios.