Por Roberto Maciel, editor do portal InvestNE:
O trechinho abaixo é de matéria publicada pelo portal UOL:
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse na segunda-feira (31.4) que a direita brasileira está organizada, e articulações para que ela assuma o protagonismo nas próximas eleições já começaram no Congresso Nacional. Em encontro com investidores promovido pela Legend Invest no auditório do BTG Pactual, ele afirmou que “o eleitor está pronto para migrar” e que “o governo [Lula] já deu o que tinha que dar”.
O palco de Ciro Nogueira, ex-ministro na gestão de Jair Bolsonaro, sobrinho do inefável Etevaldo Nogueira Lima, que foi deputado federal pelo Ceará e de quem pouco ou nada se sabe de projetos ou discursos, foi a Brigadeiro Faria Lima -, ou só “Faria Lima”, avenida que serve de centro financeiro do País, em São Paulo.
Mais do senador Ciro, conforme o UOL: “Ao falar sobre as decisões econômicas do governo federal, o senador comparou o atual cenário com o que antecedeu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e negou que existam condições para o impedimento de Lula”.
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Depois de Ciro, um enfático deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG, abaixo), cria do bolsonarismo em forma e conteúdo, invadiu as redes sociais na Internet em campanha contra o Pix. De roupa preta e à frente de um pano de fundo preto, Nikolas destilou uma mentira cabeluda: o governo Lula queria taxar o Pix. Como tudo o que a extrema-direita afirma, era uma fake news deslavada. Terrorismo puro. Mas teve tanta repercussão que obrigou o Ministério da Fazenda e o Banco Central a desistirem de aprimoramentos nas regras do serviço, tornando-o frágil e vulnerável a vigaristas e lavadores de dinheiro. Ponto para Nikolas, os bolsonaristas e as organizações criminosas.
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Explica-se, com apenas esses excertos e mais outro, sobre o qual discorreremos a seguir, o que porquê do ódio dos “farialimers” a Lula e acolhida tão entusiasmada a falas enviesadas tóxicas de personagens como Ciro Nogueira e o também ex-ministro Paulo Guedes (Economia).
O outro fator da repulsa ao “ex-presidiário, nove dedos, luladrão” foi bem exposto nesta semana pelo noticiário, embora nem sempre fazendo as conexões devidas: a operação vastíssima da Polícia Federal que prendeu criminosos engravatados ligados à organização de delinquentes Primeiro Comando da Capital (PCC) que dominava a cadeia produtiva dos combustíveis em São Paulo, controlando cerca de 2,5 mil postos. O dinheiro da gangue era lavado na Faria Lima.
Confira abaixo, direto do G1:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliou como “a maior resposta do Estado ao crime organizado de nossa história até aqui” a megaoperação realizada nesta quinta-feira (28) que teve como alvo um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis, comandado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
A operação, batizada de Carbono Oculto, envolveu cerca de 1.400 agentes das polícias estaduais e federal e ocorreu em oito estados simultaneamente: São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Mais de 350 pessoas e empresas foram alvos de mandados de prisão e busca e apreensão.
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A ingenuidade de alguns tolos do bolsonarismo não se esvai nem com pedradas certeiras na cabeça, como essa e outras – a exemplo da que Bolsonaro movimentou R$ 44 milhões em contas bancárias em dois anos só. Continuarão berrando “mito, mito” e orando para Silas Malafaia e para os “canonizados” Olavo de Carvalho e Adriano da Nóbrega.
Enquanto a caravana segue, vale lembrar: setembro começa amanhã.
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