Ana Márcia Diógenes lança “Caso porque te amo, mato porque me amo” no Gallery Center Day, em 5.7

Amor, sedução, abuso e morte traçam a trajetória da personagem nos 30 poemas ilustrados que formam o livro Caso porque te amo, mato porque me amo, de Ana Márcia Diógenes (na foto acima, por Alcides Freire). O lançamento será sábado, 5 de julho, às 10h30min, durante o II Gallery Center Day – um espaço multicultural, que reúne arte, música, literatura, moda e gastronomia. A história é uma analogia à aranha viúva negra, espécie que se alimenta do parceiro. O macho morre após o acasalamento e na crendice popular é como se ela o matasse. A obra foi lançada inicialmente em abril, na XV Bienal Internacional do Livro do Ceará e a ideia da autora é seguir levando o livro aos diferentes espaços, para democratizar o acesso aos leitores.

A personagem foi elaborada a partir de casos de várias mulheres apelidadas de “Viúvas negras do Sertão”, por terem matado companheiros com quem se relacionaram. Reportagens sobre os episódios serviram de base para a construção de situações e desfechos, como as vividas por Maria Nazaré, do Rio Grande do Norte, que teria matado pelo menos quatro maridos. Ela virou lenda, tendo sido documentada inclusive no exterior.

A sugestão para que esta temática se transformasse em livro no formato de poema narrativo foi dada pela escritora mineira Mell Renault a Ana Márcia que, a partir daí, começou uma longa pesquisa sobre reportagens em que mulheres matavam, em série, seus companheiros. Segundo a autora, “o livro é uma ficção em oito poemas-capítulos, resultado da variedade de situações observadas nas reportagens”.

A poeta cordelista Julie Oliveira revela no prefácio que “a protagonista deste poema não se permite à submissão. Ela vive na intensidade do querer, no fio da faca de sua própria existência”. Já a poeta Mika Andrade, na apresentação, destaca que “para além do erotismo, percebemos substancialmente os sinais de abusos presentes nas relações, que desencadeiam numa teia de agressões”.

O visual do livro contempla a mulher-aranha e a teia que envolve relações abusivas e matança. O projeto gráfico e edição de arte são do premiado jornalista e designer editorial Gil Dicelli. Para ele, esta criação foi “uma experiência única no universo complexo dessa mulher que sempre buscou o amor, apesar de todas as tragédias que lhe alcançaram”. A escritora e ilustradora Valdir Marte assina as ilustrações. O livro tem 92 páginas e é uma realização da Quichaitá Editorial, marca criada em 2024 pela autora.

Esta é a nona publicação de Ana Márcia Diógenes, que escreveu também: De esfulepante a felicitante, uma questão de gentileza (juvenil), Pérfuro-Matante e Reze que meus pés não
apontem para você (contos), Poesia e contos pequetitos, Rosa dos ventos (poesia), Tabuleiro de poemas, Entrou injeção, saiu o quê? (infantil) e Buraco de dentro (romance).

A autora escreve em revistas literárias e participa de coletivos de escritoras. Tem o perfil @namarcia no Instagram.

Serviço:
– Lançamento do poema narrativo “Caso porque te amo, mato porque me amo”
– Dia 5 de julho, sábado, às 10h30min, no II Gallery Center Day – Acesso por duas entradas: avenida Antônio Sales, 2371 (quase em frente à Praça da Impresa) e pela
rua Dom Expedido Lopes, 2540

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