Por Roberto Maciel, jornalista:
É sério: falta o que fazer na extrema-direita. E isso, que bom!, não é nada grave – aliás, é radicalmente bom para o País.
Escrevo aqui recebendo de instante em instante notícias sobre a amalucada pregação de boicote às sandálias havaianas, que pagaram (caro, suponho) à atriz Fernanda Torres para propagandear o produto. A progressista Fernanda, ganhadora de Oscar, diz lá que deseja que as pessoas usem os dois pés para entrar bem em 2026. É mais uma brincadeira com a tradição da sorte com o pé direito do que uma provocação à burrice alheia.
Gente como Eduardo Bolsonaro, desempregado que vive de conspirar contra o Brasil nos Estados Unidos, e um certo “inspetor Alberto”, vereador de baixo clero em Fortaleza, além de Nikolas Ferreira, semi-deputado mascote do fascismo tabajara, já se mexeram contra a marca que é reconhecida mundialmente.
São pessoas que não merecem atenção, mas vou derrapar dessa vez. Vou lembrar a esses e a quaisquer outros bestalhões desocupados que chinelos com a cara do duce Bolsonaro foram vendidos nos mercados eleitorais de 2018 e de 2022, em sites chineses, para fazer publicidade do radicalismo.
Veja aí o tamanho do ridículo:


Mas, a bem da verdade, não estou reclamando não. Estou até achando boa a movimentação da legião ignara. É “jóia” que achem o que fazer.
Três anos atrás, essas tropas do intimorato exército imbecilista, sem coisa melhor com o que se entreter, deu um golpe de estado que foi reprimido e frustrado. Muitos, a começar pelo chefe, passarão o Natal no xilindró.
Tomar que, agora, esses pés-de-chinelo se limitem a divulgar de graça uma marca já mais do que conhecida e pra lá de bem-sucedida.


Fique por dentro do mundo financeiro das notícias que rolam no Ceará, Nordeste e Brasil.