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Cagece estuda rotas de aproveitamento sustentável de resíduo da dessalinização

Encontro internacional promovido pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), analisou rotas para o aproveitamento sustentável da salmoura gerada por plantas de dessalinização. A iniciativa ganha relevância frente ao avanço do projeto da Dessal do Ceará, que irá ampliar a oferta de água para a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

O evento realizado na quarta-feira (10), na sede da FIEC, fez parte das ações do projeto colaborativo SmartBrine, que conta com a parceria entre a Cagece e instituições holandesas como a NHL Stenden | University of Applied Sciences e a Haskoning.

De acordo com Silvano Porto, especialista da Cagece em dessalinização, o objetivo é avaliar tecnicamente e economicamente soluções que permitam transformar o concentrado salino gerado pela dessalinização da água marinha em um insumo de alto valor, como produtos químicos, minerais e até fonte de energia.

Além da Dessal do Ceará, a proposta também visa avaliar possibilidades de comercializar a salmoura da planta de dessalinização que está sendo construída no município de Caucaia e também de rejeitos gerados pelo Complexo Industrial do Porto do Pecém (CIPP).

A articulação do Governo do Ceará com a Holanda busca não só soluções tecnológicas, mas também modelos de negócio que tornem a valorização da salmoura economicamente viável para o Ceará. “Esse projeto nasceu de uma ideia que tivemos há alguns anos. O governo holandês fez uma chamada específica para alguns países, entre eles o Brasil, e a Cagece apresentou uma proposta no ano passado que foi aprovada em janeiro deste ano”, explica.

Todo o projeto está sendo desenvolvido com recurso holandês de 150 mil euros e caminha para que seja finalizado no primeiro semestre de 2026 já com algumas alternativas de novos produtos, trazendo além da tecnologia, também possíveis interessados que possam participar na produção e uso do material reaproveitado.

Para Ronner Gondim, superintendente de Sustentabilidade da Cagece, o SmartBrine é um projeto que exige uma conexão forte entre diversos atores interessados em comprar possíveis produtos provenientes da salmoura da dessalinização e também de parceiros tecnológicos que possam apoiar essa transformação e produção de novos produtos. “A gente acredita que isso vai gerar produtos interessantes para a indústria”, destaca.

Além da Cagece e de instituições holandesas, o trabalho colaborativo conta ainda com o apoio da FIEC, do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) , DA Utilitas, NL Netherlands e Da Secretaria das Relações Internacionais do Governo do Ceará.

Com esta iniciativa, a expectativa dos organizadores é fortalecer a ponte entre pesquisa, indústria e políticas públicas que possam fortalecer a adoção de práticas sustentáveis no Ceará, abrindo novas frentes de negócio para o desenvolvimento do estado.

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