Para universalizar o acesso aos serviços de esgotamento sanitário no Ceará, a Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Ceará) e a Ambiental Ceará firmaram Parceria Público-Privada (PPP) que prevê investimentos de R\$ 6,2 bilhões em obras, contemplando 24 municípios das regiões metropolitanas de Fortaleza e do Cariri, incluindo a capital. O accordo foi feito em 2023.
Segundo o diretor-presidente da Ambiental Ceará, André Bicca, a PPP tem gerado bons resultados.
“A companhia foi muito competente em unir a capacidade de planejamento e de fiscalização do Estado à experiência e à agilidade da iniciativa privada na entrega de grandes obras”, disse o executivo em entrevista ao Diário do Nordeste, publicada no final de julho.
Dentro do prazo estabelecido pelo Novo Marco Legal do Saneamento (2033), a empresa beneficiará cerca de 4,3 milhões de cearenses com serviços de coleta e tratamento de esgoto. Após esse período, continuará ampliando as obras para atingir 95% de cobertura nos municípios atendidos até 2040.
Com todos esses investimentos em saneamento básico prevê-se um impacto direto na saúde da população atendida. De acordo com estudo divulgado pelo Instituto Trata Brasil, entre 2023 e 2040, a universalização do acesso à coleta e ao tratamento de esgoto e à distribuição de água tratada, no Ceará, deve reduzir em R$ 1,2 bilhão os custos com saúde.
“Esses dados nos ajudam a dimensionar o tamanho da nossa responsabilidade. Quando falamos de ampliar a cobertura da rede de esgoto, estamos falando também de prevenir um conjunto de doenças que sobrecarregam o sistema público de saúde e que são completamente evitáveis”, conclui o diretor-presidente da Ambiental Ceará.
Conforme André Bicca, a conscientização dos moradores para realizarem a conexão à rede de esgoto já disponível é uma das questões que estão sendo enfrentadas pela empresa. Somente Fortaleza conta atualmente com 153 mil imóveis sem conexão à rede de esgoto disponível.
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