Do Intercept: “Antes de morrer, gostaria de comer uma maçã ou um pedaço de carne”

Texto no site The Intercept Brasil:

Esse é o último desejo de Hanan, que neste momento está com outros 1,4 milhões de refugiados palestinos famintos encurralados no sul de Gaza.

A área será bombardeada por Israel em pleno Ramadã caso o mundo fique de braços cruzados.

Enquanto isso, os jornais mainstream insistem em pintar Israel, uma das maiores potências militares do mundo, como os grandes coitados dessa história.

Do lado de lá nossa mídia corporativa apoia o genocídio do povo palestino; e do lado de cá abre caminho para o Estado brasileiro assassinar sistematicamente a população negra, indígena e pobre do nosso país.

Seja “Guerra contra o Hamas” ou “Guerra contra as drogas”, no final das contas é tudo a mesma coisa; a mesma desculpa para matar inocentes.

Guerra é quando há exércitos lutando entre si, o que está acontecendo em Gaza e nas periferias do Brasil tem outro nome: carnificina.

*** ***

As consequências serão catastróficas para os palestinos caso Israel não seja impedida de continuar com essa ofensiva em Rafah. Especialistas e ativistas no mundo todo estão juntando forças para impedir que isso aconteça; enquanto a grande mídia segue na contramão.

Assim Israel vai conseguir o que sempre quis, que é varrer o povo palestino para fora de seu próprio país; em pleno Ramadã, mês sagrado para os islâmicos.

“Eu amo meu país, mas Israel destruiu minha casa e matou meus amigos”

Disse Hala, de apenas 13 anos, filha Hanan em entrevista ao Intercept Brasil (já disponível no site).

Seria uma tragédia histórica para o povo palestino. Também teria  repercussões internacionais que chegam ao Brasil. Se isso acontecer, comunicará para a grande mídia que ela tem passe livre para continuar manipulando o resto do mundo ao custo do interesse comum.

Como fez no Brasil na Ditadura militar, com o golpe na Ex-Presidente Dilma, e tentou fazer ainda este ano, fomentando o pedido de impeachment do Presidente Lula quando ele ousou demonstrar sua indignação com o massacre em Gaza.

A mobilização internacional é a chave fundamental para impedir a aceleração desse genocídio e mais do que nunca,  nós do Intercept escolhemos assumir o papel de lutar pela verdade, quando as vidas de milhões estão sob ameaça.

Somos um dos únicos jornais do Brasil denunciando essa invasão massiva da região de Rafah por Israel.

Só podemos fazer isso com independência e com o apoio dos nossos leitores. Precisamos arrecadar 300 doadores mensais até o final de março para seguir com nossas matérias fazendo pressão contra os crimes de guerra de Israel.

Depois da nossa matéria, a família de Hanan e Hala foi colocada na lista de pessoas a serem retiradas da zona de conflito pelo Ministério de Relações Exteriores brasileiro.

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