Do jornal Opinião CE, com texto do jornalista Felipe Barreto:
O prefeito eleito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), concedeu entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (27.12) em que denunciou dívidas da Prefeitura de Fortaleza neste final da gestão do prefeito José Sarto (PDT). Conforme o petista, que assume o Palácio do Bispo no dia 1º de janeiro do próximo ano, a gestão possui pelo menos R$ 400 milhões em dívidas com fornecedores – valores que, segundo Evandro, serão maiores – e de R$ 100 milhões com o Instituto Dr. José Frota (IJF), o maior hospital de emergência da gestão municipal.
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Evandro estava acompanhado da vice-prefeita eleita e coordenadora da equipe de transição e de integrantes do secretariado que vai nomear, como o advogado Hélio Leitão e o vereador Eudes Bringel. O deputado Guilherme Sampaio (PT), que coordenou a campanha eleitoral de Evandro, também compareceu.
A seguir, mais do texto de Felipe Barreto:
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Sobre o déficit com os fornecedores, o petista destacou que o valor será maior, pois os R$ 400 milhões já empenhados como saldo de dívida foi o que deu para ser detectado pela sua equipe de transição, já que a equipe de transição de Sarto não estaria divulgando todas as informações. “Estão chegando informações por parte de fornecedores de dívidas que não foram empenhadas, ou foram empenhadas e já foram canceladas”, detalhou Evandro. O futuro gestor ressaltou que é “provável que as dívidas cheguem ao dobro do valor”.
Como exemplo, ele citou a organização social (OS) SPDM, prestadora de serviço que administra, na capital cearense, o Hospital Distrital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) e o Hospital Infantil Dra. Lúcia de Fátima Ribeiro Guimarães Sá (HIF). Segundo Evandro, a OS tem cinco meses de serviços prestados que não foram empenhados e, consequentemente, liquidados pela gestão Sarto, ocasionando no atraso salarial dos profissionais.
“A falta de empenho de um serviço como esse dificulta a clareza total da dívida de Fortaleza na área da saúde”, detalhou, ressaltando que uma outra cooperativa, dos médicos emergencistas, está há mais de seis meses sem o pagamento empenhado pela Prefeitura.