Por Eudes Baima, professor universitário, mestre e doutor em Educação Brasileira:
Há 200 anos, em 30 de abril de 1825, eram assassinados por fuzilamento no Campo da Pólvora (atual Passeio Público, na foto acima), em Fortaleza, os revolucionários Republicanos Padre Mororó e Pessoa Anta (ou D’Anta, como também se grafa seu nome.
O fuzilamento foi a sentença ditada pelo autocrata Pedro I aos militantes Republicanos que ousaram se juntar ao levantamento de 1824, movimento que reclamava, entre outras coisas, a República e o fim do regime escravocrata. A região que ia de Pernambuco ao Ceará se proclamou independente e decretou a fundação da Confederação do Equador.

Por seu envolvimento na “traição”, o Padre Mororó foi acusado de três crimes: proclamar a República de Quixeramobim; ser secretário do governo revolucionário de Tristão Gonçalves, e redigir o “Diário do Governo do Ceará”, primeiro jornal impresso do Estado. Foi executado a tiros de arcabuz – um tipo de espingarda – no dia 30 de abril de 1825, no Passeio Público, em Fortaleza.

Anta foi o nome de guerra adotado por João de Andrade Pessoa, ao se juntar ao movimento republicano. Foi executado em Fortaleza, como já dito, no “Campo da Pólvora” junto com Padre Mororó, acusado de trair o Império ao chefiar forças republicanas no Norte do Ceará.
O local hoje é chamado de Praça dos Mártires ou Passeio Público. Próximo dali ficaram presos os revolucionários do Crato, entre eles a heroína cearense Dona Bárbara de Alencar.